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Conservação de populações e espécies - Coggle Diagram
Conservação de populações e espécies
Introdução
Os esforços de conservação são freqüentemente dirigidos à proteção de espécies cuja população encontra-se em declínio e ameaçada de extinção.
Espécies carismáticas
Ações de conservação específicas para determinadas espécies são necessárias quando as populações dessas espécies podem estar em declínio mesmo quando mantidas em áreas de proteção.
Os santuários geralmente são criados apenas após a maioria das populações de uma espécie já estar ameaçada.
Indivíduos fora dos limites das unidades de conservação permanecem desprotegidos e em risco.
Pequenas Populações
população viável mínima (PVM):
“Uma população viável mínima para qualquer espécie em um determinado habitat é a menor população isolada que tenha 99% de chances de continuar existindo por 1.000 anos, a despeito dos efeitos previsíveis de estocasticidade genética, ambiental e demográfica e de catástrofes naturais" Shaffer (1981)
Porcentagem de sobrevivência e escala temporal podem ser ajustadas
Considerar as necessidades da espécie em anos excepcionais
Seca
Invernos rigorosos
Tempestades
é necessário um estudo demográfico detalhado da população e uma análise ambiental da área
área dinâmica mínima (ADM)
a extensão de habitat adequado para manter esta PVM
as grandes populações são necessárias para a proteção da maioria das espécies
as espécies com baixa densidade demográfica encontram- se em perigo ainda maior de extinção
As pequenas populações estão sujeitas a um rápido declínio em número e à extinção local, devido a 3 razões principais:
perda de variabilidade genética
flutuações demográficas
flutuações ambientais
Perda de variabilidade genética
A variabilidade genética é importante porque permite que as populações se adaptem a um ambiente em transformação
deriva genética
é um mecanismo de evolução no qual as frequências dos alelos de uma população se alteram ao longo das gerações, devido ao
acaso
A deriva genética ocorre em todas as populações de tamanho não infinito, mas seus efeitos são mais fortes em populações pequenas
perdas significativas de variabilidade genética podem ocorrer em populações pequenas isoladas.
migração de indivíduos entre populações e a mutação regular de genes tendem a aumentar a variabilidade genética em uma população e a equilibrar os efeitos da deriva genética
fluxo genético
Efeito gargalo
Quando uma população é muito reduzida em tamanho, alelos raros se perdem se nenhum dos indivíduos que os possuem sobrevive e
reproduz
Efeito do fundador
ocorre quando alguns indivíduos deixam uma grande população para estabelecer uma nova população. A nova população freqüentemente tem menos variabilidade genética do que a população
original.
Depressão endogâmica
A endogamia ocorre quando há a reprodução entre indivíduos "aparentados" e geneticamente semelhantes
Geralmente as espécies apresentam mecanismos para impedir ou inibir a endogamia
Padrões comportamentais
Mecanismos morfológicos
Mecanismos químicos
Mecanismos genéticos
Fenologia
Em populações pequenas ou com baixa densidade populacional o acasalamento endogâmico pode ser a única opção disponível
presença de alelos nocivos herdados de ambos os pais
Expressão de genes recessivos
Doenças genéticas, menor viabilidade das crias e sementes, menores taxas de reprodução e sobrevivência, etc.
Depressão exogâmica
acasalamento exogâmico - acasalamento entre espécies diferentes
Raramente acontece em situações naturais
Em espécies com poucos indivíduos, o acasalamento exogâmico pode ocorrer em algumas situações
Os indivíduos, incapazes de encontrar parceiros dentro de suas próprias espécies, podem acasalar-se com uma espécie próxima.
Híbridos
A cria resultante é frequentemente fraca ou estéril devido à falta de compatibilidade dos cromossomos e dos sistemas enzimáticos herdados de seus pais diferentes
Esta cria híbrida pode também não ter mais a combinação precisa de genes que permitiria aos indivíduos sobreviverem em determinadas condições locais.
A depressão exogâmica pode também ocorrer como resultado de um acasalamento entre subespécies diferentes, ou até mesmo acasalamentos entre genótipos divergentes ou populações da mesma espécie.
Variação demográfica
Em um ambiente estável ideal, uma população aumentará até que atinja a capacidade de carga do ambiente
Em uma população real, entretanto, os indivíduos geralmente não produzem o número médio de crias, mas podem ou não procriar, procriar abaixo da média, ou acima da média.
Em populações pequenas a variação nas taxas de nascimento e mortalidade começam a fazer com que o tamanho da população flutue aleatoriamente para cima ou para baixo
Quando uma população se reduz a um número crítico, há a possibilidade de um declínio na taxa de nascimento devido a um desvio na proporção de sexos
Rinoceronte-branco-do-norte
Variação ambiental e catástrofes
Flutuações no ambiente físico podem influenciar as populações
Variação nas disponibilidade de alimentos e outros recursos
Variação demográfica de uma população pode influenciar outras populações ao longo das
teias alimentares
Catástrofes naturais em intervalos imprevisíveis podem também causar flutuações drásticas nos níveis de população
Estratégias de conservação
Estudo e monitoramento
Monitorando as populações
Análise da viabilidade de população
Conhecimento da auto-ecologia das espécies
Conservação ex situ
Quando a conservação in situ não funciona
Maioria dos indivíduos está fora das áreas de proteção
Espécies com grandes exigências de espaço
. As estratégias de conservação ex situ e in situ são abordagens complementares
. Indivíduos de populações ex situ podem ser periodicamente soltos na natureza para aumentar os esforços de conservação in situ.
Pesquisas sobre populações em cativeiro podem fornecer idéias para a biologia básica de uma espécie e sugerir novas estratégias de conservação para populações in situ.
Idivíduos criados em cativeiros que estão à mostra podem ajudar a educar o público sobre a necessidade de preservar as espécies, e desta forma, proteger outros membros das espécies que se encontram no mundo selvagem
podem também reduzir a necessidade de se retirar indivíduos do ambiente selvagem para serem colocados à mostra ou para fins de pesquisa.
Exemplos
Aquários
Jardins Botânicos e Arboretos
Bancos de Sementes
Jardins Zoológicos
Estabelecimento de Novas Populações
Estabelecer novas populações silvestres e semi-silvestres de espécies raras e ameaçadas ou aumentar o tamanho das populações existentes
Os programas de estabelecimento não serão eficazes, a menos que os fatores que levam ao declínio das populações silvestres originais sejam claramente entendidos e então eliminados, ou pelo menos controlados
Três abordagens básicas
programa de reintrodução
compreende soltar indivíduos retirados do ambiente selvagem ou criados em cativeiro, dentro de uma área de sua ocorrência histórica onde essa espécie não mais existe ou está em declínio
criar uma nova população no ambiente original
programa de acréscimo
consiste em liberar indivíduos em uma população existente para aumentar o seu tamanho e o seu pool genético
podem ser indivíduos selvagens retirados de algum outro lugar ou indivíduos criados em cativeiro
programa de introdução
transporta animais e plantas para áreas fora da sua extensão histórica, na esperança de estabelecer novas populações
Tal abordagem pode ser adequada quando o ambiente dentro da extensão histórica de uma espécie se deteriorou a ponto da espécie não mais conseguir sobreviver ali, ou quando o fator que causa o declínio original ainda está presente, tornando a reintroduçâo impossível
precisa ser cuidadosamente pensada, para assegurar que a espécie não danifique seu novo ecossistema ou prejudique populações de qualquer espécie ameaçada no local
Ex:
reintrodução de muriquis em Ibitipoca
Cuidados
Monitoramento da sobrevivência dos indivíduos introduzidos
Manutenção da estrutura social, territorialidade, etc
Conservação in situ
Conservação das espécies em seu habitat natural
Referência
PRIMACK, Richard B; RODRIGUES, Efraim. Biologia da conservação. [S.l: s.n.], 2006.