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Mulher, 49 anos - Coggle Diagram
Mulher, 49 anos
Exames laboratoriais alterados:
Na: 129 mEq/L
Hiponatremia
Albumina: 2,8 g/dL
Hipoalbuminemia
Bilirrubina total: 4 mg/dL
Elevada
Tempo de protrombina: 15 segundos
Prolongamento do tempo de protrombina
Comprometimento da função hepática
Hb: 12 g/dL
VCM: 102 fL
Anemia macrocítica e normocrômica - Comum em Hepatopatias
Plaquetas: 78.000/mm3
Plaquetopenia
Provavelmente por aumento da destruição
Solicitação de exames
Dosagem de bilirrubina indireta
Dosagem de bilirrubina direta
U.S. de fígado
Avaliar o aspecto morfológico do fígado
Procurar possível neoplasia hepática
TGO
TGP
Anti-HBV
HBsAg
Marcador de exposição
HBcAg
Não costuma ser detectado
HBeAg
Marcador de replicação
Anti-HCV
Negativo na fase aguda, fica positivo após 8 semanas, depois permanece mesmo após a cura
Anti-HBs
Surge 1 a 2 meses do início dos sintomas, após algumas semanas que o HBsAg negativou (Janela imunológica). É o anticorpo encontrado na
vacina
Anti-HBc IgM
Indica fase aguda, 1 a 2 semanas após aparecer o HBsAg, dura por 4 a 5 meses
Anti-HBc IgG
Aparece após o IgM e fica positivo por tempo indeterminado, pode no futuro indicar exposição prévia ao HBV.
Para avaliar se indica cura ou cronificação, procura se ainda há HBsAg
Sinais e sintomas
inchaço e desconforto progressivo no abdome
escleras ictéricas
temperatura: 37,9ºC
abdome distendido e com dor difusa à palpação
ruídos hidroaéreos hipoativos
macicez móvel à percusão e onda de fluido
Hipóteses diagnósticas
Hepatites
B
A principal via de transmissão é a sexual, seguida da vertical (de mãe para filho); dá-se pelo contato com sangue, pelas vias parenteral e percutânea, e fluidos corporais.
Aguda
Os sintomas são febre, anorexia, náuseas,
vômitos, diarreia, mialgia e mal-estar.
As infecções são habitualmente anictéricas - apenas 30% apresentam a forma ictérica.
Crônica
Tende a evoluir para cirrose
O maior determinante do curso da infecção é a idade do indivíduo ao adquiri-la: cerca de 90% dos bebês e 30% das crianças infectados por transmissão vertical evoluirão para a forma crônica da doença, ao passo que apenas 5% a 10% dos adultos infectados terão essa evolução.
Geralmente é assintomática, pois as manifestações clínicas surgem na fase avançada da doença e decorrem da cirrose hepática ou de um hepatocarcinoma.
Há oscilação de transaminases e alteração progressiva de coagulograma e albumina à medida que evolui a disfunção hepática após o estabelecimento da cirrose.
O diagnóstico específico de hepatite B baseia-se na detecção sérica dos antígenos e anticorpos relacionados ao HBV.
O período de transmissibilidade inicia-se de 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, e dura enquanto está presente o HBsAg (permanente nos portadores crônicos). O período de incubação é de 30 dias, mas pode chegar a até 180 dias.
C
A transmissão se dá por meio do sangue infectado, principalmente pela via parenteral, sendo a transmissão sexual e vertical pouco frequente
Tende a evoluir para hepatocarcinoma
A evolução depende de características como uso de álcool, coinfecção com HIV ou vírus da hepatite B. Sem esses fatores, leva cerca de 30 anos para chegar ao estágio de cirrose ou hepatocarcinoma.
A maioria das infecções agudas é assintomática, e mais de 70% evoluem para cronicidade.
Fatores de risco
grande quantidade de partículas virais no inóculo da transmissão
genótipo viral 1
coinfecção com HBV
modo de transmissão transfusional ou vertical
extremos de idade
estado de saúde debilitado
A imunidade humoral contra o HCV é detectável no soro entre 7 e 31 semanas após a infecção.
A atividade inflamatória persistente gera lesão tecidual contínua, que desencadeia mecanismos de reparação com base na fibrose.
A expansão da fibrose hepática, principalmente nos espaços-porta, determina a morbidade da doença - disfunção hepática progressiva e estabelecimento de hipertensão portal.
Cirrose
Fibrose hepática difusa, com substituição da arquitetura normal do parênquima hepático por nódulos regenerativos.
Diversas etiologias, entre elas as hepatites virais (B e C)
Lesão hepática
Ativação das
células de Ito
Produção de fatores
estimulantes
Deposição de matriz
extracelular
Morte dos hepatócitos
Reorganização vascular e
hepatocitária
Compensada
Ocorre na fase inicial da doença. Geralmente o paciente encontra-se assintomático ou apresenta sintomas inespecíficos como fadiga, perda de peso, fraqueza e anorexia.
Descompensada
Paciente pode apresentar icterícia, prurido, ascite (manifestação mais comum de descompensação), edema de membros inferiores, diarreia, sangramento gastrointestinal (hematêmese, hematoquezia, melena), confusão mental, entre outros.
Diagnóstico padrão ouro - Biópsia hepática
Neoplásicas
Carcinoma Hepatocelular
fatores de risco:
infecções pelos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV), cirrose relacionada ao consumo excessivo de álcool e
esteatose hepática não alcoólica
silencioso e agressivo
resultado de uma multiplicação excessiva das células
hepáticas na tentativa de reparar lesões no órgão
sintomas
dor abdominal, perda ponderal, saciedade precoce e massa papável no andar superior
do abdome
diagnóstico
biópsia em casos duvidosos
Nódulo hepático em um paciente sabidamente portador do vírus da hepatite B ou de
cirrose por qualquer outra etiologia é CHC
lesões maiores que 1 cm em pacientes portadores do VHB e/ou cirróticos devem ser avaliadas por ressonância nuclear magnética
(RNM) ou tomografia computadorizada com contraste
Exames laboratoriais devem incluir provas de função hepática, contagem de plaquetas, caso o diagnóstico não tenha sido realizado
(sorologia para vírus das hepatites B e C), e alfafetoproteína (AFP) - marcador tumoral
Os principais sítios de metástase são os pulmões, os linfonodos abdominais e os ossos.
Portanto, TC de tórax e cintilografia óssea podem ser utilizadas para o estadiamento
Para completar o estadiamento, utilizam-se diferentes ferramentas de análise prognóstica, entre elas a classificação de Child-Pugh
tratamento
transplante hepático, procedimentos cirúrgicos, ablação por radiofrequência (ARF), quimioembolização, quimioterapia e terapias-alvo
tratamento vai depender do volume da doença, do grau de disfunção hepática avaliado pela escala de Child-Pugh, do performance status e da preferência do médico e do paciente
ressecção cirúrgica apresenta excelentes resultados em pacientes em estádio inicial
doenças localmente avançadas e irressecáveis, algumas estratégias estão disponíveis como a quimioembolização e a radioembolização (RE)
pacientes com doença metastática, o tratamento sistêmico é a principal abordagem e pode envolver terapia-alvo e quimioterapia
Hemangioma
O hemangioma é o tumor hepático mais comum
Incide entre a 3ª e 5ª décadas da vida e nas mulheres e pode aumentar de tamanho na gravidez e com a administração de estrogênios
sendo identificado entre 5% a 7% das necropsias
Etiologia
A causa desta neoplasia ainda não está esclarecida
Especula-se o papel de hormônios sexuais
Sintomas
A grande maioria dos hemangiomas é assintomática
lesões grandes podem causar desconforto ou dor abdominal.
Inflamação, coagulopatia, sangramento, compressão das estruturas vizinhas.
Diagnóstico
geralmente estabelecido com segurança com os exames de imagem
tomografia computadorizada e a ressonância magnética
Cintilografia raramente é necessária, apenas para >2cm
Tratamento
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Colangiocarcinoma
representam em torno de 10-20% dos tumores primários do fígado
mais comuns após os 65 anos, com um leve predomínio no sexo masculino
podem ser classificados como intra-hepático (CCAi, 10%), perihilar (CCAp, > 70% - tumor de Klatskin) ou
distal (CCAd, 25%)
fatores de risco
diagnóstico
podendo se manifestar apenas
como alterações leves nos testes séricos da função hepática
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USG: o CCAi aparece como uma massa
hipoecoica e pode estar associado à dilatação biliar periférica.
Na tomografia computadorizada de abdômen (TC) a aparência típica é de massa hepática hipodensa na fase
sem contraste, com margens irregulares
tratamento
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colangite esclerosante primária, cistos hepatobiliares, hepatolitíase, toxinas e infestações parasitárias
cirrose,
hepatite crônica B e C, obesidade, diabetes e alcoolismo
CCAi podem ocorrer em um fígado normal ou com doença de base
mix hepatocelular-colangiocarcinoma pode ocorrer, principalmente em fígados cirróticos.
tumores originados do epitélio dos ductos biliares intra ou extra-hepáticos
sintomas
apresentação clínica do CCA não é específica
Nos estágios iniciais usualmente os pacientes são assintomáticos.
Nos estágios mais avançados os pacientes podem apresentar sintomas como perda de
peso, mal-estar, desconforto abdominal,icterícia, hepatomegalia e até massa abdominal
palpável.
Metastático
Os principais locais primários de tumores que serão metastáticos para o fígado são:
Intestino grosso (cólon e reto, tumores colorretais)
Pâncreas
Estômago
Esófago
Próstata
Mama
Ovário
Pulmões
Útero
Bexiga
Rins
Pele
Sintomas
40% são assintomáticos
Dor abdominal, sensação de distensão e de peso na barriga são os mais comuns
Perda de peso inexplicada, perda de apetite, mal-estar, cansaço, icterícia e ascite são os mais incomuns
Diagnóstico
Exames de rotina por sintomas inespecíficos ou outras doenças muitas vezes não relacionadas ao tumor primário
O estadiamento de um tumor primário
O seguimento de portadores de tumores que foram tratados
Mais raramente, porque causam sintomas de doença hepática
Tratamento
achados de exames de sangue, imagem e patologia do tumor primário serão as principais informações que definirão como melhor tratar as metástase hepáticas quando houver
A condição principal para a indicação de uma ressecção cirúrgica de uma metástase hepática é a eliminação completa do tumor primário e dos gânglios afetados
pacientes com metástase em fígado do câncer colorretal são os que possuem maior opções de tratamento que possibilitem cura
Metástases hepáticas de tumores primários carcinoides ou neuroendócrinos podem ser tratados através de cirurgia ou em casos selecionados de transplante hepático
Angiomiolipoma
Tumor mesenquimal beniguino
Representa apenas 5 a 10% localizados no fígado
É composto por vasos sanguíneos, tecido adiposo e músculo liso
Em 60% dos pacientes, a lesão é assintomática, sendo comumente um achado ocasional em exames de imagem
A maioria das lesões diagnosticadas é > 5 cm de diâmetro
Quando o diagnóstico é estabelecido com segurança, o tratamento é geralmente expectante. A ressecção hepática está indicada nos casos de manifestações clínicas significantes, crescimento da lesão e dúvida diagnóstico.
Ocorre predominantemente em mulheres de qualquer idade entre 26 a 86 anos de idade
Classificação de Child-Pugh
Classe C (12 pontos)
Ascite (2 pontos)
Facilmente controlada
Distúrbio neurológico (1 ponto)
Nenhum
Albumina sérica (3 ponto)
(<3)
Tempo de protrombina (3 pontos)
(>6)
Bilirrubina (3 ponto)
(>3)
Classificado como portador de hepatopatia grave
Preenche critérios mínimos para inclusão em lista
de transplante hepático no Brasi
Indicação de transplante hepático