agamben pensa o gesto como o que expõe o "meio em si" : leitura problemática, porque o meio é justamente o que não pode ser "em si"; não há meio absoluto, já dissera Hegel com o diagnóstico do fim da arte. Rancière, por sua vez, aponta o meio para o contexto, o que ao mesmo tempo torna o "em si" não "para si", mas com Kant, em "como se", ponto de inflexão da física com a metafísica, esta pensada como problema, e não como questão, isto é, como um "dizer de obra" que ao mesmo tempo opera e não se esgota, que diz e que torna opaco, catapultando a arte não ao templo no qual se mantém o culto e a separação entre homens e deuses, tampouco à imagem que torna esse culto e essa separação em comunicação, tampouco, como se poderia pensar, como uma comunicação que põe ao lado a exposição dos meios em si, suposta horizontalidade kafkaniana das portas, mas para a diagonal debaixo, confusao entre os eixos cartesianos na direção enviesada, nem reta nem curva, mas descolada da flecha gótica. é neste (dis)sentido que