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A Ontologia de Parmênides - Coggle Diagram
A Ontologia de Parmênides
Parmênides de Eleia:
De acordo com Parmênides, os sentidos nos iludem: não é com eles que atingimos a verdade, mas exclusivamente com a razão;
Esse filósofo considera inadmissível, do ponto de vista racional, a existência de seres;
Com base na crença de Parmênides: o ser existe, e o não-ser não existe;
Segundo Parmênides: o ser é imutável, nunca se modifica, é sempre idêntico a si mesmo. E a mudança levaria o ser a se tornar outro;
Com esse pensamento, inicia-se uma corrente específica da reflexão filosófica, a ontologia, definida como o estudo do ser enquanto ser;
Essa recusa da mudança reforça um aspecto acerca da ontologia de Parmênides: a rejeição do devir. Para esse filósofo o devir pertence apenas ao plano dos sentidos, não tem valor de verdade e nada se diz a respeito do ser;
Ele despreza as aparentes mudanças da realidade, as modificações que percebemos com nossos sentidos, e concentra-se em apenas um tema, que considera digno da reflexão filosófica: o ser;
A filosofia de Parmênides foi vista com descrédito por muitos intelectuais gregos, para os quais as evidências do mundo das experiências são significativas demais para serem simplesmente desconsideradas;
Mas, por outro lado, alguns pensadores expressaram sincera admiração pelas teses filosóficas de Parmênides e se dispuseram a defendê-las publicamente. Entre esses admiradores, está Zenão de Eleia;
Para Parmênides, o ser é uno, o que significa que existe o ser, e não seres;
Esse filósofo se dedica a pensar o ser com rigor racional, ou seja, atento às exigências da razão. Assim, quando afirma que o ser é e que o não-ser não é, ele pretende ressaltar que não é possível haver nenhuma mistura entre o ser e o não-ser, pois isso consistiria em uma contradição;
Zenão de Eleia:
Na realidade sua intenção é demonstrar, para aqueles que insistem em afirmar que o movimento é um dado incontestável da experiência, que a noção de mobilidade não é compatível com um raciocínio coerente;
Para tanto, recorre à situação em que um arqueiro dispara uma flecha. Acompanhando a cena, observamos que, entre a ação, o arqueiro e seu resultado, a flecha movimenta-se até seu destino;
Um dos argumentos de Zenão é conhecido como paradoxo do arqueiro e da flecha, que foi criado quando esse filósofo procura reafirmar a tese de Parmênides, segundo a qual o ser não está em devir e, portanto, é imóvel;
Zenão desenvolveu seus argumentos com a intenção de expor o paradoxo das teses que defendiam a realidade do devir;
Diante disso, Zenão argumenta que o suposto movimento da flecha pode ser dividido em partes. Assim o movimento é decomposto, passo a passo, em seus sucessivos instantes;
Ele examinou as posições contrárias às da escola eleática para, refutá-las e revelar suas contradições, com base no pensamento racional;
Para esse filósofo, o movimento não existe, é ilusão;