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DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO, GRUPO 4 - Coggle Diagram
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
REVISÃO
ESÔFAGO
ANATOMIA
De forma bem simplificada, o esôfago é um tubo fibromuscular de 25 cm que se estende da faringe (ao nível de C6) até o estômago (ao nível de T11)
O esôfago é dividido em 3 partes
Cervical, que cursa através do pescoço.
Torácica, que é localizada no tórax, mais especificamente no mediastino.
Abdominal, que atravessa o diafragma e chega ao abdome, onde alcança o estômago.
Esfíncter/junções
A junção faringoesofágica é cercada pelo esfíncter esofágico superior, também conhecido como músculo cricofaríngeo.
Por sua vez, a junção gastroesofágica é envolvida pelo esfíncter esofágico inferior, também conhecido como cárdia.
Inervação
Plexo nervoso esofágico (X)
Irrigação
Ramos esofágicos da aorta torácica
Drenagem
Veias ázigos, hemiázigos, hemiázigos acessórias
EMBRIOLOGIA
O esôfago desenvolve-se a partir do intestino anterior imediatamente caudal á faringe (5ª semana)
O esôfago alcança seu comprimento final relativo por volta da 7ª semana.
O epitélio e glândulas são derivados do endoderma, recobre a luz do esôfago
O músculo estriado que forma a muscular externa do terço superior do esôfago é derivado do mesênquima do quarto e do sexto arcos faríngeos.
O músculo liso, principalmente no terço inferior do esôfago, desenvolve-se a partir do mesênquima esplâncnico circundante.
FISIOLOGIA
Lubrificação do bolo alimentar
Peristáltismo
HISTOLOGIA
Mucosa: epitélio escamoso estratificado não queratinizado, lâmina própria, camadas musculares lisas.
Submucosa: glândulas esofágicas e papilas
Muscularis externa: músculo estriado no terço superior, músculos lisos e estriados no terço médio, músculo liso no terço inferior
Adventícia: adventitia fibroareolar
ESTÔMAGO
EMBRIOLOGIA
Inicialmente, a parte distal do intestino anterior é uma estrutura tubular.
Durante a quarta semana, uma ligeira dilatação indica o local do estômago primitivo.
A dilatação aparece primeiramente como um alargamento fusiforme da parte caudal (distal) do intestino anterior e inicialmente encontra-se orientada no plano mediano.
Logo, o estômago primitivo aumenta e se alarga ventrodorsalmente.
Durante as duas semanas seguintes, a margem dorsal do estômago cresce mais rapidamente do que a sua margem ventral; isto demarca a curvatura maior do estômago em desenvolvimento
ANATOMIA
O estômago é a parte mais dilatada do aparelho digestivo e se localiza entre o esôfago e o duodeno.
O estômago é formado por partes anatômicas importantes.
Cárdia
Fundo
Corpo
Antro
Piloro
Irrigação
Artérias gástricas, artérias gastro-omentais, artérias gástricas curtas, artérias gástricas posteriores, artéria gastroduodenal
Drenagem
Veias correspondentes
Inervação
Parassimpática: nervo vago (NC X)
Simpática: plexo celíaco (T5-T12)
HISTOLOGIA
Camadas
Mucosa
epitélio colunar simples
contém numerosas invaginações,
“criptas gástricas”
se estendem mais profundamente em estruturas denominadas “glândulas gástricas”
Céls. Parietais
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Céls. principais
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Céls. Neuroendocrinas
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Céls. Caliciformes
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Sugmucosa
Tecido conjuntivo frouxo
contém vasos sanguíneos e nervos.
Muscular externa
formada por três subcamadas
de interno para externo
Oblíqua interna
Circular Média
Longitudinal externa
Serosa
Peritônio Viceral
FISIOLOGIA
Digestão mecânica
Digestão quimica
DEFINIÇÃO
O refluxo gastroesofágico (RGE) é caracterizado pelo retorno de conteúdo gástrico para o esôfago, atingindo, algumas vezes, a faringe, a boca e as vias aéreas superiores. O RGE é, em geral, um processo fisiológico normal que ocorre várias vezes por dia em todas as pessoas saudáveis, independentemente da idade.
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é caracterizada quando o RGE causa manifestações clínicas de gravidade variável associadas ou não a complicações, tais como a esofagite.
No lactente, é muito frequente, o RGE fisiológico acompanhar-se de regurgitações ou “golfadas” que não se associam a redução no ganho de peso ou outras manifestações clínicas. A DRGE por outro lado, ocasiona, nos lactentes, manifestações além das regurgitações, como vômitos intensos, dificuldades durante as mamadas, déficit de ganho ponderal, choro, irritabilidade e alteração na posição cervical. Podendo ocorrer, também, manifestações extra-gastrintestinais.
COMPLICAÇÕES
Esofagite (inflamação do esôfago)
Dificuldades para engolir
Estreitamento do esôfago
Engasgos frequentes e noturnos
*Inflamação das cordas vocais
Úlcera do esôfago e até sangramento
Alteração das células da porção final do esôfago, o que causa a doença chamada esôfago de Barrett, que pode evoluir para um câncer de esôfago se não tratado
ETIOLOGIA
Ocorre refluxo quando há um funcionamento inadequado do músculo anelar que normalmente impede que o conteúdo gástrico retorne ao esôfago (denominado esfíncter esofágico inferior).
Com isso, o refluxo do ácido e da bile para dentro do esôfago piora quando a pessoa afetada está deitada. Também é mais provável que o refluxo ocorra logo após as refeições, quando o volume e a acidez do conteúdo do estômago estão mais elevados e o esfíncter é menos propenso a funcionar adequadamente. Com isso, a gravidade ajuda a prevenir o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago.
EPIDEMIOLOGIA
A DRGE é uma condição comum, que afeta 21% dos brasileiros todos os meses.
Pessoas de todas as idades podem ser afetadas pela DRGE, incluindo crianças – às vezes a partir do nascimento.
A DRGE ocorre em 10 a 20% dos adultos.
A DRGE tem uma prevalência de 10 – 20% no mundo Ocidental e de 5% na Ásia.
DRGE tem uma maior incidência na América do Norte do que na Europa.
A prevalência é maior no norte europeu do que no sul.
É mais comum em pacientes com histórico familiar positivo e com gêmeos monozigóticos do que dizigóticos.
FATORES DE RISCO
comprometimento neurológico
atresia esofágica corrigida
história de prematuridade
hérnia diafragmática corrigida
lentidão digestiva
doenças respiratórias crônicas
medicamentos que têm efeito anticolinérgico
Ingestão de alguns alimentos
Ingestão de bebidas cafeinadas e gasosas
Aumento da pressão intra-abdominal
Ganho de peso
Refeições volumosas antes de deitar
Tabagismo
Obesidade
RECOMENDAÇÕES
Evite alimentos e bebidas, especialmente as alcoólicas
Procure perder peso
Não use cintos ou roupas apertadas na região do abdômen
Não fumar
Não se deite logo após as refeições
Não se automedique se tiver episódios repetidos de azia ou queimação
FISIOPATOLOGIA
Refluxo biliar do duodeno pode agravar a lesão. Condições que diminuem o tônus de EEi ou aumentam a pressão abdominal contribuem para DRGE
Esofagite Eosinofílica
A característica histológica cardinal é a infil- tração epitelial por grande número de eosinófilos, em particular superficialmente
A maioria das pessoas com esofagite eosinofílica é atópica, e muitas têm dermatite atópica, rinite alérgica, asma ou eosinofilia periférica modesta.
Esôfago de Barrett
Complicação de DRGE crônica caracterizada por metaplasia intestinal dentro da mucosa escamosa esofágica.
A maior preocupação no esôfago de Barrett é que ele confere risco aumentado de adenocarcinoma de esôfago.
O epitélio de Barrett pode ser mais semelhante ao adenocarcinoma do que ao epitélio esofágico normal, compatível com a visão de que o esôfago de Barrett é uma condição pré-maligna
A região esofagogástrica apresenta várias estruturas que contribuem para a barreira anti-refluxo:
diafragma crural e roseta gástrica
É pregas concêntricas da mucosa gástrica, na transição entre o esôfago e o estômago, ajuda na contenção do conteúdo gástrico, evitando sua passagem para o esôfago.
ângulo de His
No adulto ele é agudo
No neonato é obtuso
ligamento frenoesofágico
É constituído pela fáscia subdiafragmática e sua função é impedir que o esfíncter esofágico inferior seja submetido à pressão intratorácica negativa.
o esfíncter esofágico inferior (EEI)
Contração autônoma
Evita o refluxo por oclusão
Hiato diafragmático
Durante a inspiração, o HD se contrai ⬆️ a pressão intraluminal da junção esofagogástrica, impedindo o refluxo.
A doença do refluxo, ou refluxo patológico, é multifa- torial e envolve a função do esfíncter esofágico inferior, o peristaltismo esofágico e o esvaziamento gástrico.
Relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior (RTEEI)
redução abrupta da pressão do esfíncter esofágico inferior, de curta duração.
São, mediados pela ação dos peptídeos vasoativos inibitórios (VIP) e/ou do óxido nítrico1.
Relachamentos com mais de 60 segundos pode causar esofagite
Aumento do volume do estômago
Uma função motora anormal do fundo gástrico e retardo de seu esvaziamento estão envolvidos na etiopatogênese do refluxo.
A distensão gástrica gasosa é importante desencadeante do RTEEI, provavelmente após estímulo vagal.
O retardo do esvaziamento do esôfago
associado à ineficácia da salivação e do peristaltismo, tem importância no desenvolvimento da esofagite de refluxo.
Hérnias hiatais
Aumento da pressão intra-abdominal permanente (obesidade) ou transitória (inspiração profunda, tosse, exercício físico, manobra de Valsalva, constipação e outros) e postura predominante em decúbito são fatores que predispõem ao refluxo.
O RGE pode causar doença respiratória crônica através de três mecanismos:
aspiração de quantidades significativas do conteúdo gástrico (macroaspiração) para as vias aéreas superiores e pulmões
causando pneumonias de aspiração, mais comum em crianças que apresentam distúrbios de deglutição;
aspiração de pequenas quantidades do conteúdo gástrico (microaspiração), ocasionando reação inflamatória secundária;
acidificação intratraqueal que, por estímulo de terminações nervosas, pode desencadear broncoespasmo
O RGE pode ser fisiológico ou patológico, primário ou secundário e, ainda, oculto
Fisiologica
Em crianças pequenas, por imaturidade de alguns dos componentes da barreira anti-refluxo, são comuns vômitos e regurgitações, que tendem a melhorar com a idade. (4 a 6 meses)
Patologica
RGE patológico quando os vômitos e regurgitações não melhoram após 6 meses de vida, não respondem às medidas posturais e dietéticas, e quando estão presentes repercussões clínicas como parada do crescimento ou sintomas e sinais sugestivos de esofagite.
Primário
resulta de disfunção da junção esofagogástrica.
Secundário
associa-se a condições como estenose congênita do esôfago, atresia de esôfago, distúrbios da deglutição, estenose hipertrófica do piloro, alterações do sistema nervoso central e etc.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
LACTENTE
Dois ou mais episódios diários de regurgitação por pelo menos três semanas.
Ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apneia, déficit de ganho ponderal, dificuldade para alimentação ou deglutição e postura anormal;
Recusa alimentar
Vômitos propulsivos
irritabilidade, choro intenso
baixo ganho ponderal
sintomas disfágicos
alteração de sono
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Dor abdominal, epigástrica, azia e pirose
retroesternal
Náuseas, sensação de plenitude pós
prandial
MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS
(EXTRAESOFÁGIGCAS)
Tosse Crônica;
Traqueíte; Asma;
Pneumonia;
Disfonia;
Afta;
Síndrome da morte súbita;
DIAGNÓSTICO
Clinico + terapeutico
exames complementares
Phmetria esofágica
Cateter gástrico via nasal com sensor de pH;
Ausência de alterações sugestivas na EDA;
Confirmar diagnóstico em quadros atípicos;
manometria esofágica
Avalia neuromotricidade
Peristalse esofágica;
Tônus do EEI
Quadro clínico atípico, sem alterações na DRGE
EDA
Alterações microscópicas frequentes, pouco específicas;
Apenas 30% apresentarão alterações macroscópicas de esofagite erosiva;
DRGE > 5 anos e fatores de risco para esôfago de Barrett;
Classificação Esofagite erosiva (Los Angeles).
Classificação (Los Angeles)
A – Uma ou mais rupturas ≤ 5mm;
B – ≥1 ruptura > 5mm. Não abrange toda extensão entre 2 dobras de mucosa;
C – ≥1 ruptura que abrange toda extensão entre 2 dobras de mucosa;
D – Lesão que abrange ao menos 3⁄4 da circunferência da mucosa esofágica.
diagnóstico diferencial
• Relação postural;
• Relação com alimentação;
• Dor/desconforto abdominal;
• História negativa de atopia familiar;
• Ausência de estridor;
• Melhora com teste terapêutico;
queixas de dor retroesternal em queimação que apresentam alto risco cardiovascular e dor associada ao esforço, devem realizar exames como eletrocardiograma e teste ergométrico (caso se suspeite de doença coronariana crônica) para excluir dor de origem isquêmica.
doenças esofágicas como esofagite infecciosa ou esofagite eosinofílica.
estenoses esofágicas, tumores com ou sem alterações da motilidade do esôfago
queixa típica de conforto retroesternal em queimação que ocorre mais de duas vezes por semana, ocorre mais no período pós-prandial e é associado a regurgitação de conteúdo ácido
iniciar tratamento
pacientes com fato res de risco para esôfago de Barrett, sinais de alarme, queixas atípicas (como queimação retroesternal não relacionada com a alimentação e sem regurgitação) ou com falha do tratamento,
exames complementares
TRATAMENTO
Controle de sintomas, cicatrizar as lesões e prevenir complicações
Pode ser clínico ou cirúrgico
Orientações
Perder peso ou impedir ganho adicional
Moderação na ingestão dos seguintes alimentos: ricos em gorduras, condimentados, cítricos, café, chá, chocolate, bebidas alcoólicas e que possuem gás.
Evitar refeições volumosas
Evitar deitar por duas horas após as refeições
Evitar roupas apertadas
Evitar medicamentos que causam boca seca
Não comer antes das atividades físicas
Elevação da cabeceira da cama
Medicações
O tratamento visa a melhora dos sintomas e cicatrização da esofagite
Inibidores da bomba de prótons
Antiácidos e sucralfato
Alginato
Bloqueadores dos receptores H2 da histamina (cimetidina, ranitidina)
Procinéticos (metoclopramida, domperidona)
Somente o médico é capaz de prescrever qual melhor medicamento, baseado na apresentação clínica e na gravidade dos sintomas.
GRUPO 4
FERNANDA VENDRAMINI ROSAL
Cleuma Pontes
MARIA ISABELA BARBOSA
MAILLANY AMORIM GOMES
Wennder Telles
Mateus Correa
Isadora Melo
Karlay Queiroz