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Normal, RELATÓRIO FLEXNER, Clínica, AS DUAS DIMENSÕES DO NORMAL,…
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RELATÓRIO FLEXNER
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Introdução do ensino laboratorial; Estímulo à docência em tempo integral; Expansão do ensino clínico, especialmente em hospitais; Vinculação das escolas Médicas às Universidades
Ênfase à pesquisa biológica como forma de superar o empirismo; Vinculação da pesquisa ao ensino; Estímulo à especialização; o Controle do exercício profissional.
Clínica
Campo onde a demarcação entre saúde e doença é o ponto de partida e a bússola que orienta a terapêutica e a referência em relação à qual os resultados terapêuticos são avaliados.
Na ausência de discussão do limite entre saúde e doença, os profissionais de saúde refletem o imaginário social vigente e transformam-se em agentes de medicalização da existência e patologização do normal.
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Exemplifiquem
1) Posicionamento dos orgãos no corpo; 2) No ambiente escolar: Dislexia, TDH; 3)
Sociedade de Risco
O crescente cálculo do risco de adoecimento individual e coletivo traz consigo a ideologia da saúde perfeita (performance física e mental x disfunção, transtorno, déficit).
A MEDICINA NÃO É CIÊNCIA
A medicina é uma práxis: "uma arte situada na confluência de várias ciências". Na Física, Biologia, Química, Matemática..
Conjunto de técnicas e práticas (clínica e terapêutica) cujo alvo é o alívio ou eliminação do sofrimento.
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Pathos: "Sentimento direto de sofrimento e de impotência, sentimento de vida contrariada" (Canguilhem, 1982)
"A doença não é uma variação da dimensão da saúde; ela é uma nova dimensão da vida". É um teste para a normatividade do organismo e uma norma de vida em si, porém uma norma inferior.
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Canguilhem, portanto, contribui com uma Revolução no Olhar e na clínica de quem o assume:
Contra o objetivismo reinante na medicina e na cultura, ele não nos deixa esquecer que, em matéria de sofrimento, é o indivíduo quem deve ter a última palavra.
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Biologismo: natureza exclusivamente biológica das doenças, suas causas e conseqüências;
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Especialização compartimentalização, hierarquização e expropriação das possibilidades de criatividade;
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Ênfase na medicina curativa: incorpora a tecnologia, prestígio da doença em detrimento à saúde;
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O que define a fronteira entre anomalias que resultam em variações do fato vital e desvios que consideramos anormalidades não é um dado objetivo, mas a implicação que esse desvio tem: o valor positivo ou negativo que se impõe sobre a preservação ou reprodução da vida.
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BEZERRA JR, Benito. O normal e o patológico: uma discussão atual. In: SOUZA, A. N.; PITANGUY, J. Saúde, corpo e sociedade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006.
O que caracteriza a saúde não é o estado de equilíbrio bem-sucedido após a doença, mas a capacidade de ultrapassar este equilíbrio e produzir novas normas para dar conta da situação emergente.