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Da pré-história do livro até o aparecimento do livro, Amanda Farias…

- - - - Também temos nesse período o pergaminho que veio a ser o principal material usado nos manuscritos da idade média, que vou falar mais á frente. Feiro de pele de carneiro ou de bezerro, as vezes até feito de pele humana, o pergaminho se tornou um dos grandes símbolos desse período.
        
        Com relação aos instrumentos da escrita temos o caniço, chamado comumente calamus, foi o antepassado direto da nossa pena. Os calami eram conservados em estojos apropriados que muitas vezes se carregavam pendurados na cintura, junto aos recipientes de tinta. A pena de ave substitui, entretanto, o calamus, as penas da asa, chamadas remígias, eram preparadas por meio de um mergulho em cinzas quentes. O lápis, por sua vez, seria um pouco mais velho ou um pouco mais novo que a pena metálica: sua invenção data do fim da Idade Média, dos primeiros anos do século XV.
- - - - Com relação às ilustrações dos manuscritos é possível destacar 2 tipos, a iluminura e a miniatura. A miniatura é uma técnica mais simples, enquanto a iluminura é a considerada ilustração de verdade. A história da iluminura é dividida em 2 fases: a fase Hierática e a naturalista, na primeira o ilustrador trabalha para os clérigos, os livros decorados são da igreja, visto que, o clero é a única parcela da sociedade que se entrega à leitura. Já a fase naturalista, que ocorre quando o simbolismo dá lugar ao realismo, abre-se no século XIII e se prolonga até XVI, época em que a miniatura se transforma nas grandes pinturas. essas ilustrações eram muitas vezes usadas nos livros apenas com a intenção de decorar a página não tendo relação com o texto.
        
        Sobre a encadernação dos manuscritos tinha a de ourivesaria e a de couro. A primeira era super elaborada revestida de ouro com pedras preciosas e era uma encadernação que apenas a igreja utilizava, pois era muito pesada e acabava sendo usada como objeto de decoração. Já a de couro, tinha a função de encadernar mesmo era para proteger o livro, tinha algumas encadernações com formas de quadrados, corações, bolas e etc, que eram chamadas de encadernação de couro estampado frio, mas o objetivo sempre foi usual e pouco decorativo.
- - - - Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada.
        
        O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país, J.Borges sendo um dos principais utilizar e popularizar essa técnica.
- - - - Embora os métodos empregados tenha sido primitivos, os primeiros impressos conseguiram produzir obras-primas como a bíblia de 42 linhas a famosa bíblia de Gutenberg. Que provocou ainda a admiração dos especialistas que a analisavam. Gutenberg que mais tarde vem se tornar conhecido como o pai da imprensa. E foi após a invenção da imprensa que imprimir e compor livros deixaram de ser práticas manuais e artesanais e se tornaram práticas mecânicas de grande produção industrial.