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Complicações crônicas do diabetes - Coggle Diagram
Complicações crônicas do diabetes
São decorrentes principalmente do controle inadequado, do tempo de evolução e de fatores genéticos da doença.
Existem 2 tipos de complicações crônicas
Complicações microvasculares
Englobam
Nefropatia Diabética
É uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins, que leva à perda de proteína por meio da urina.
O comprometimento renal decorrente do diabetes mellitus dá-se no glomérulo.
Nessa complicação, o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém, de forma progressiva, até a paralisação total.
Quadro clínico
Fase 3
Corresponde ao aparecimento de microalbuminúria,; começa a aparecer nesta fase uma ligeira subida da pressão arterial; há também progressão das alterações histológicas com aumento da espessura da membrana basal glomerular e aumento ainda maior da matriz mesangial
Fase 4
Aparece proteinúria franca, evoluindo para síndrome nefrótico.
Este síndrome, além da proteinúria, caracteriza-se pela presença de hipoproteinemia (baixa de proteínas no sangue); edemas (inchaço) de predomínio matinal e orbitário; dislipidemia (alteração da concentração das gorduras - colesterol e triglicerídeos - do sangue).
Fase 2
Ainda clinicamente silenciosa, a taxa de filtração glomerular mantém-se aumentada, histologicamente manifesta-se por um espessamento inespecífico da membrana basal e aparece uma expansão mesangial.
Fase 5
Desenvolve-se insuficiência renal crónica, que progride para a necessidade de substituição da função renal.
Fase 1
Há uma hipertrofia e hiperfiltração glomerular
Ou seja, aumento do tamanho renal e hiperfunção do órgão
Fase 6
Síndrome urêmica
Rins em fase terminal
Fatores de riscos
Hipertensão Arterial Sistêmica
Doenças do aparelho circulatório
Duração e grau da hiperglicemia
Quanto mais cedo, mais grave
Tabagismo
História familiar de nefropatia diabética
Etnicidade
Tribos índias americanas
Afro-americana
Asiáticos
Dislipidemia
Sexo masculino
Fisiopatologia
Está envolvida a deposição em excesso de proteínas da matriz extracelular nos glomérulos.
Neuropatia
É comprometimento do sistema nervoso periférico
Patôgenese
Uma combinação de um efeito metabólico dependente do acúmulo de sorbitol nos axônios, associado ao comprometimento isquêmico endoneural, devido à lesão microvascular.
Classificação clínica das neuropatias
Polineuropatias simétricas generalizadas
Sensitiva aguda
Tem início agudo ou subagudo, diante de um controle metabólico ruim, descompensação metabólica aguda, como a cetoacidose diabética, ou após melhora brusca no controle glicêmico
Este tipo de neuropatia ocorre independente de outras complicações, não se apresenta geralmente com sinais neurológicos e tende a melhorar com o controle metabólico adequado.
Autonômica
Ocorre quando os nervos que controlam as funções involuntárias do corpo ficam danificadas
Subdivide-se
Cardiovascular
Periférico
Gastrointestinal
Geniturinário.
Quadro clínico
Disfunção sexual
Tontura postural
Vômitos
Náuseas
Sudorece profunda da face e tronco superior
Diarreia diabética
Constipação
Polineuropatia simétrica distal
É a lesão das fibras axonais grossas mielinizadas ou fibras A (que conduzem a sensibilidade vibratória e proprio- ceptiva) e de fibras finas não mielinizadas ou fibras C (que conduzem a sensibilidade térmica, dolorosa e tátil).
A lesão, por iniciar-se distalmente, acomete primeiro os nervos periféricos dos membros inferiores.
Quadro clínico
Pode ser brandos ou extremamente limitante.
Inicialmente nos pés, na região plantar
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Dor
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Os sintomas podem progredir a panturrilha ("bota") e posteriormente para a mão ("luva")
As fibras motoras são menos afetadas no início do quadro, mas, com o avançar da doença, a disfunção é comum, podendo cursar com deformidades
Neuropatias focais e multifocais
Truncal – toracoabdominal
Proximal motora
De membros
Coexistente neuropatia desmielinizante infla-
matória crônica.
Cranianas
Mononeuropatia
É a lesão de um único nervo periférico.
Nervo mediano é o mais comum.
Radiculoneuropatia
É a lesão dos nervos que passam pela coluna
Mononeuropatia Múltipla
Quando há o comprometimento sintomático assimétrico de mais de um nervo periférico.
Retinopatia Diabética (RD)
É uma das principais causas de cegueira nos adultos, devida às alterações estruturais que ocorrem nos vasos sanguíneos da retina.
É classificada em
RD proliferativa
Este é o tipo mais grave e ameaçador de retinopatia diabética
Devido à isquemia retinia- na difusa e acentuada, são produzidos fatores locais de crescimento vascular, promovendo uma angiogênese descontrolada.
Os neovasos acompanham a trajetória das artérias ou veias retinianas.
Estes neovasos podem se estender para o corpo vítreo e fibrosar, promovendo um fenômeno de ancoramento.
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Maculopatia diabética
Caracteriza-se pelo edema macular reversível, múltiplos exsudatos duros em volta da fóvea ou ainda pela maculopatia isquêmica
As maculopatias são a principais causas de perda da visão central em diabéticos.
RD não proliferativa
Dividida
Leve
Microaneurismas ± exsudatos duros ± pequenas e esparsas he- morragias intrarretinianas em chama de vela.
Moderada
Mais que a RD leve e menos que a RD grave (ex.: exsudatos algodonosos, hemorragias intrarretinianas numerosas, veias em rosário em um quadrante).
Muito leve
Grave ( RD pré- proliferativa)
Marcada por múltiplas lesões isquêmicas na retina.
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O aparecimento de alterações venosas marcantes, agrupamentos de hemorragias, exsudatos moles ou algodonosos e extensas áreas de má perfusão capilar, vistas apenas por angiografia.
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Esta é a forma mais frequente de RD, sendo encontrada em 90% dos casos.
A lesão inicial ocorre no endotélio da microvasculatura retiniana.
Na microcirculação da retina, a hiperglicemia pode contribuir para a perda de pericitos
A perda dessas células , associada á perda de adesão entre as células endoteliais contribui para formação de microaneurisma.
A parede vascular torna-se frágil, levando a formação de
microaneurisma
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A visão do paciente costuma ser poupada nesta fase, a não ser que as lesões ocupem a mácula (maculopatia diabética).
Pé diabético
Envolve infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos, associadas com anor- malidades neurológicas e graus variados de doença arterial periférica.
Os agentes infecciosos penetram nas feridas e infectam o tecido cutâneo e subcutâneo, provocando celulite.
Grangrena
É a morte de um tecido do corpo devido à insuficiência de irrigação sanguínea em uma determinada região ou à uma infecção bacteriana.
É multifatorial, (tem na neuropatia diabética, na vasculopatia diabética e na disfunção leucocitária as suas principais causas.
Se conseguimos palpar o pulso pedioso do membro acometido, provavelmente a principal causa desencadeante da lesão não foi vascular, mas, sim, neurológica.
Classificação
Grau 3
Úlcera profunda sem abscesso e
sem osteomielite.
Grau 4
Úlcera profunda com celulite, abscesso, possivelmente com focos de osteomielite e gangrena do subcutâneo.
Grau 2
Úlcera superficial
Grau 5
Gangrena úmida localizada em pododáctilo
Amputação
Grau 1
Sinais de neuropatia e/ou isquemia, sem ulceração.
Grau 6
Gangrena úmida de todo o pé.
Prevenção do pé diabético
Não usar calçados apertados, de bico fino, com sola dura ou tira entre os dedos.
Não usar remédios para os calos, nem cortá-los. Os calos devem ser avaliados pelos profissionais de saúde.
Cortar as unhas de forma reta.
Enxugar bem os pés, inclusive entre os de- dos, após o banho.
Não colocar os pés de molho em água quente ou usar compressas quentes.
Inspecionar o interior dos calçados antes de usá-los.
Não andar descalço.
Só usar sapatos com meias, trocando-as diariamente. Usar as meias com costura para fora, ou sem costura.
Examinar os pés diariamente e procurar aten- dimento na presença de lesões (bolhas, feri- das, mudança de cor etc.).
Exame regular dos pés por profissional de saúde.
O diabetes mellitus é a principal causa de amputação de membro inferior não traumá- tica em nosso país
O pé diabético infectado e a gangrena úmida, pé ou perna, são motivos mais comuns de internação de pacientes diabéticos.
Mecanismo patogênicos
Durante o estado hiperglicêmico de longa duração no DM, a glicose forma pontes covalentes com as proteínas plasmáticas através de um processo não enzimático, conhecido como glicação.
A glicação proteica e a formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs) desempenham um papel importante na patogênese das complica- ções diabéticas
A glicação das proteínas interfere nas funções normais pela modificação das conformações moleculares, alterando a atividade enzimática e interferindo no funcionamento dos receptores.
Os AGEs ligam-se não apenas às proteínas, mas tam- bém aos lipídios e ácidos nucleicos, favore- cendo as complicações diabéticas.
Complicações macrovasculares
Englobam
Doença cerebrovascular
Arteriopatia periférica
Doença coronariana e cardíaca
São resultantes de alterações nos grandes vasos