Semiologia da dor - Dor

Introdução

Observar se é de localização precisa, intensidade e características específicas.

Sofrimento com necessidade de alívio imediato.

Dor é uma experiência sensorial, única e desagradável.

Dor é considerada o 5º sinal vital.

Quem tem dor, é uma pessoa digna de pena.

Dor é sintoma, não enfermidade.

Epidemiologia

46% - dor crônica constante

21% - com depressão

34% - dor grave

40% - dor tratada inadequadamente

20% - dor crônica

Dor é fator limitante para atividades laborais e do cotidiano, afeta relacionamentos interpessoais e leva a quadros depressivos, perda de função e cognição.

Bom diagnóstico

Anamnese

Instrumentos adequados

Início, intensidade, localização, irradiação...

QP, HMP, HMF, outros.

Empatia com dor crônica.

Esteto, martelo, etc

Mãos (o melhor é o toque; demonstrar respeito e profissionalismo)

Tipos de dor

Dor crônica

Neuropática

Dor aguda

Nociceptiva

Intensidade depende do estímulo.

Função de alerta ou proteção.

Sinal dirigido ao cérebro sobre estímulo nocivo ou que está produzindo dano tecidual.

Claramente localizada.

Não tem localização precisa e pode ter irradiações.

Impacto na qualidade de vida.

Perda da função de alerta o proteção.

Aspectos psicológicos (ganho secundário - sabe que recebe ajuda quando sente dor)

Sem relação com estímulo desencadeante, mesmo a intensidade.

Resposta a estímulos nocivos ou danos ao organismo.

Somática

Bem localizada, constante, dolorosa e pulsátil.

Visceral

SUPERFICIAL: Uma dor pulsante que evolui para surda.

PROFUNDA: Dor surda.

Episódica, mal localizada e que apresenta reações nervosas autônomas.

Periférica

Central

Não tem função útil, é anormal e difícil de diagnosticar e tratar.

Percebida como queimação, formigamento ou choque.

Resulta de uma lesão primária no SNC.

Dor intensa, acompanhada por comorbidade grave e má qualidade de vida.

Termos

HIPOALGESIA: Resposta dolorosa diminuída.

NEURALGIA: Dor no território de um ou vários nervos.

HIPERESTESIA: Sensibilidade aumentada aos estímulos, exceto audição, gustação etc.

DOR NEUROPÁTICA: Causada por lesão das vias periféricas ou centrais do sistema nervoso.

HIPERALGESIA: Resposta aumentada a estímulo doloroso.

HIPERPATIA: Sensação dolorosa com limiar de resposta variável entre estímulos semelhantes.

DISESTESIA: Sensação anormal e desconfortável de origem espontânea ou evocadda.

DOR REGIONAL COMPLEXA TIPO I: Síndrome pós lesão tissular, não limitada a um nervo, desproporcional ao evento desencadeante.

ANESTESIA DOLOROSA: Dor espontânea em área anestesiada.

DOR REGIONAL COMPLEXA TIPO II: Síndrome pós lesão traumática de nervo periférico.

ALODÍNEA: Dor causada por estímulo que não a produz.

Características da dor

Fatores de alívio ou agravo, circunstâncias desencadeantes, história da dor, condutas já realizadas.

Duração da dor

Periodicidade

Intensidade

Qualidade

Localização

REFERIDA: Origem em estruturas somáticas e viscerai profundas.

DOR IRRADIADA: Originária de tecidos nervosos que obedecem a um dermátomo.

LOCALIZADA: Como artrites e bursites.

DOR ASSOCIADA A FATORES PSICOGÊNICOS: Ausência de padrão neuroanatômico e fisopatológico.

DOR REFLEXA: Hiperestesia, hiperalgesia e sinais de alterações vasomotoastróficas.

Busca definir sua origem.

Profuna, superficial, bem ou mal localizada, queimação, agulhada, contínua etc.

Escala numérica ou rostinhos.

Minutos, horas, aguda, crônica, etc.

Contínua, pulsátil, intermitente, progressiva, etc.

Consulta

Anamnese

Exame físico

Investigar as características da dor, deixar o paciente falar e tomar tudo o que ele disser como verdade. Anotar tudo em prontuário.

Exame muscular esquelético.

Exame neurológico: força muscular, reflexo miotático e sensibilidade.

Da região acometida: inspeção, ausculta, percussão, palpação.

Geral