TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

DEFINIÇÃO

QUADRO CLÍNICO

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Tem como comorbidade frequente

DIAGNÓSTICO

QUADRO CLÍNICO

EPIDEMIOLOGIA

FATORES DE RISCO

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO

TIPOS

FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

DEFINIÇÃO

EPIDEMIOLOGIA

FATORES DE RISCO

FISIOPATOLOGIA

TRATAMENTO

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

Anteriormente, no DSM-IV, havia cinco transtornos incluídos nos transtornos globais do desenvolvimento: autismo, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação.


No DSM-5, esses transtornos não são mais considerados diagnósticos distintos e foram incluídos na categoria dos transtornos do espectro autista, com exceção da síndrome de Rett, que, por mais se assemelhar a uma doença neurológica, foi excluída do grupo.


O TEA refere-se a um grupo de transtornos caracterizados por um espectro compartilhado de prejuízos qualitativos na interação social, associados a comportamentos repetitivos e estereotipados, além de restrição pronunciada dos interesses.



O transtorno do espectro autista caracteriza-se por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.


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8 casos em cada 10 mil crianças (0,08%).
--Frequência quatro vezes maior em meninos do que em meninas.
-As garotas revelam incapacidade intelectual com muito mais frequência do que os garotos. Provavelmente devido a uma probabilidade bem menor de identificar, encaminhar clinicamente e diagnosticar meninas com esse transtorno sem incapacidade intelectual.
Estudos atuais apontam para 11,3 casos para cada 1.000 crianças, o que torna o TEA o terceiro distúrbio do desenvolvimento mais frequente. Sua prevalência ultrapassa, hoje, as malformações congênitas, a síndrome de Down e o câncer infantil.

Estudos realizados com famílias e gêmeos indicam que o transtorno do espectro autista tem uma contribuição hereditária significativa; entretanto, não parece ser completamente penetrante. Estudos de famílias revelaram que houve um aumento nas taxas de incidência do transtorno do espectro autista nos irmãos de uma criança – indíce de até 50% em algumas famílias com duas ou mais crianças com transtorno do espectro autista.

Etiopatogenia:
-->Influência Genética: gêmeos monozigóticos (60-90%)

  • Alterações no cromossomo 7 e 15, podendo se relacionar que outras síndromes que também afetam esses cromossomos
    Influência ambiental
    Idade parietal avançada
    Baixo peso fetal ao nascer
    Exposição fetal ao ácido valpróico
    Há aumento do perímetro cefálico dos 6-14 meses de vida
    Crescimento anormal das áreas responsáveis pelas funções cognitivas superiores, responsáveis pela linguagem e emoção
    Aumento do volume do cerebelo
    Aumento do volume do telencéfalo
    Aumento do corpo amigdalóide

Os pacientes devem apresentar os seguintes déficits na interação e comunicação social:

  • Problemas de interação com falta de reciprocidade social e emocional, como, por exemplo, dificuldade em estabelecer ou manter uma conversa sobre variados assuntos, além de falta de empatia.
  • Problemas na comunicação verbal e não verbal, como dificuldade em entender e utilizar gestos para se comunicar, anormalidades no contato do olhar e na expressividade corporal.
  • Incapacidade de fazer e manter relações de amizade adequadas para seu nível de desenvolvimento e de dividir interesses com seus pares.

Os critérios diagnósticos atuais abrangem duas áreas principais: déficit na interação e
comunicação social e alterações de comportamento, como padrões repetitivos ou fixos. Os atrasos na linguagem não estão mais incluídos, uma vez que podem ou não estar associados. Os pacientes devem apresentar os seguintes déficits na interação e comunicação social:


  • Problemas de interação com falta de reciprocidade social e emocional, como, por exemplo, dificuldade em estabelecer ou manter uma conversa sobre variados assuntos, além de falta de empatia.


  • Problemas na comunicação verbal e não verbal, como dificuldade em entender e utilizar gestos para se comunicar, anormalidades no contato do olhar e na expressividade corporal.


  • Problemas de interação com falta de reciprocidade social e emocional, como, por exemplo, dificuldade em estabelecer ou manter uma conversa sobre variados assuntos, além de falta de empatia.


  • Problemas na comunicação verbal e não verbal, como dificuldade em entender e utilizar gestos para se comunicar, anormalidades no contato do olhar e na expressividade corporal.


  • Incapacidade de fazer e manter relações de amizade adequadas para seu nível de desenvolvimento e de dividir interesses com seus pares.



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Ainda não há um tratamento que promova a cura do autismo. Uma intervenção precoce e adaptada nos planos comportamentais, educativos e psicológicos aumenta consideravelmente as possibilidades de aquisição de linguagem e de outros meios de comunicação não verbal, de interação social e de autonomia.

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) consiste em um quadro crônico e de início precoce, subdiagnosticado e subtratado (52% dos pacientes levavam mais de 16 anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico.)


É representado por um grupo diverso de sintomas que incluem pensamentos intrusivos, rituais, preocupações e compulsões. O paciente pode ter compulsão, obsessão ou ambos.

Estima-se que seja o quarto transtorno psiquiátrico mais frequente, superado pelas fobias, depressão e dependências químicas.


A prevalência é internacionalmente similar, com prevalência vitalícia na população em geral estimada em 2 a 3%.


A idade média de início é por volta dos 20 anos, apesar de os homens apresentarem uma idade um pouco menor de início (média de 19 anos, aproximadamente) do que as mulheres (média de 22 anos, aproximadamente).


Em geral, os sintomas de cerca de dois terços das pessoas afetadas têm início antes dos 25 anos, e os sintomas de menos de 15% têm início após os 35 anos.


Entre adultos, homens e mulheres são igualmente afetados.


Entre adolescentes, os meninos costumam ser mais afetados do que as garotas.


O transtorno é encontrado em até 10% dos pacientes ambulatoriais de clínicas psiquiátricas.


Muitas pessoas com TOC também têm outros transtornos de saúde mental. Aproximadamente 75% das pessoas com TOC também têm um diagnóstico vitalício de transtorno de ansiedade, aproximadamente 50% a 60% têm um diagnóstico vitalício de transtorno depressivo maior e 23% a 32% têm transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo.


Pessoas solteiras costumam ser mais afetadas por TOC do que as casadas, apesar de esse achado provavelmente refletir a dificuldade de pessoas com o transtorno de manter um relacionamento.


A incidência de transtorno de Tourette em pacientes com TOC é de 5 a 7%, e de 20 a 30% dos pacientes com TOC têm história de tiques.

Genética (hereditariedade): Ter pais ou outros membros da família com o distúrbio pode aumentar o risco de desenvolver o TOC;


Eventos de vida estressantes: Eventos traumáticos e estressantes podem desencadear os pensamentos intrusivos, rituais e aflição emocional característicos do TOC;


Temperamentais
Genética: gêmeos e família de primeiro grau
Resultados discordantes, taxas de TOC entre membros familiares de primeiro grau varia de 0 a 28,1%
Gêmeos apresentam 53% a 87% para monozigóticos e 22% a 47% para dizigóticos
Estrutura e funcionamento do cérebro, investigação em curso
Ambientais: abusos, traumas, estresses
Alterações imunológicos

No DSM-5, para o diagnóstico de TOC é necessária a presença de obsessões, compulsões ou de ambas.


Obsessões são definidas por:
(1) pensamentos, impulsos ou imagens persistentes e recorrentes que são experimentados em algum momento durante o transtorno como intrusivos e indesejados,


(2) a pessoa tenta ignorar ou suprimir esses pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação.


As compulsões, por sua vez, podem ser definidas como:
(1) comportamentos repetitivos (por exemplo, lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (rezar, contar, repetir palavras em silêncio) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras que devem ser rigidamente aplicadas;
(2) os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou prevenir algum evento ou situação temidos; entretanto, não têm conexão realística.


Os critérios diagnósticos são os mesmos tanto para as crianças como para os adolescentes e/ou adultos, com exceção da crítica em relação aos sintomas.


O DSM-5 enfatiza ainda que para o diagnóstico é necessário que as obsessões ou compulsões tomem tempo (mais de 1 hora por dia) e causem sofrimento ou prejuízo no funcionamento social, profissional e em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Foram acrescentados os especificadores relacionado com insight (bom ou razoável/pobre/ausente/crenças delirantes) e relacionado com tique.

Deve-se notar, também, que o TOC se desenvolve frequentemente antes dos 30 anos, e TOC com novo início em indivíduos mais velhos deve levantar perguntas quanto às possíveis contribuições neurológicas para o transtorno.

A terapia cognitivo-comportamental é o tratamento de escolha, associada ou não ao uso de psicofármacos. Embora a TCC e a psicofarmacoterapia se mostrem semelhantes em termos de resultados, recomenda-se apenas TCC para casos leves ou moderados, para pacientes motivados e em locais onde estejam disponíveis terapeutas treinados.


As principais abordagens comportamentais no TOC são a exposição e a prevenção de resposta. Dessensibilização, prevenção de pensamentos, inundação, terapia implosiva e condicionamento aversivo também foram usados em pacientes com TOC. Na terapia comportamental, os pacientes devem estar realmente comprometidos com sua melhora. Recomenda-se a exposição sistemática aos estímulos temidos com a prevenção de rituais compulsivos, associados a abordagem cognitiva, que consiste na modificação de crenças errôneas relacionadas com os sintomas.


Obsessão: evento mental, um pensamento, um sentimento, uma ideia ou uma sensação recorrentes ou intrusivos.


Compulsão: comportamento consciente, padronizado e recorrente, como contar, verificar ou evitar.

Um indivíduo com TOC geralmente percebe a irracionalidade da obsessão (exceto quando ele tem baixo insight) e sente que tanto ela quanto a compulsão são egodistônicas (i.e., comportamentos indesejados).


O fenômeno obsessivo-compulsivo pode ser normal ou patológico, sendo considerado normal quando não interfere na fluência existencial e no livre arbítrio do indivíduo. Exemplos dessa condição são os rituais de colecionismo na infância e algumas superstições. O transtorno é identificado quando o indivíduo passa a se comportar a partir das exigências internas disfuncionais, ou seja, passa a ser comandado pelas obsessões.

MULTICAUSALIDADE

Genéticos e fisiológicos: Etiologias pré-natais incluem síndromes genéticas (p. ex., variações na sequência ou variações no número de cópias envolvendo um ou mais genes; problemas cromossômicos), erros inatos do metabolismo, malformações encefálicas, doença materna (inclusive doença placentária) e influências ambientais (p. ex., álcool, outras drogas, toxinas, teratógenos).

Causas perinatais incluem uma gama de eventos no trabalho de parto e no nascimento que levam a encefalopatia neonatal

Genética (hereditariedade): Ter pais ou outros membros da família com o distúrbio pode aumentar o risco de desenvolver o TOC;

Eventos de vida estressantes: Eventos traumáticos e estressantes podem desencadear os pensamentos intrusivos, rituais e aflição emocional característicos do TOC;

Outros transtornos mentais – O TOC pode estar relacionado a outros transtornos mentais, como transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias ou transtornos de tiques.

A fisiopatologia do TOC está relacionada aos gânglios da base, estruturas de localização subcortical profunda representadas pelo estriado (caudado e putâmen), globo pálido, substância negra e núcleo subtalâmico.

Ainda não foram elucidados os motivos que levam um indivíduo a desenvolver TOC, e outros, não. As causas deste transtorno são complexas e multifatoriais, tornando difícil a identificação de fatores predisponentes precisos. Entende-se o TOC como um transtorno heterogêneo, produto da interação de genes de vulnerabilidade com eventos que ocorrem ao longo da vida (ambiente). Portanto, acredita-se que vários elementos precisam atuar em conjunto (interação gene-ambiente) para que os SOC s

Um modelo teórico interessante propõe a existência de uma disfunção na circuitaria fronto-córtico-estriato-tálamo-cortical


De acordo com esse modelo, o núcleo caudado (a porção estriatal da alça) não filtraria adequadamente os impulsos corticais, acarretando uma certa liberação na atividade talâmica, por ausência de inibição das estruturas estriatais.


Assim, os impulsos excitatórios originados no tálamo atingiriam o córtex orbito-frontal, criando um "reforço" que impediria o sujeito de retirar do foco de sua atenção certas preocupações que normalmente seriam consideradas irrelevantes.

CONTAMINAÇÃO
O padrão mais comum é uma obsessão de contaminação, seguida de lavagem ou acompanhada de evitação compulsiva do objeto que se presume contaminado. O objeto temido costuma ser difícil de evitar (p. ex., fezes, urina, pó ou germes). Os pacientes podem literalmente arrancar a pele das mãos se lavando demais ou não conseguir sair de casa por medo dos germes. Apesar de a ansiedade ser a resposta emocional mais comum ao objeto temido, vergonha e nojo obsessivos também são frequentes. Indivíduos com obsessão por contaminação costumam acreditar que ela se espalha de objeto para objeto ou de pessoa para pessoa com mínimo contato.

DÚVIDA PATOLÓGICA.
O segundo padrão mais comum é uma obsessão de dúvida, seguida de uma compulsão por ficar verificando. A obsessão costuma implicar algum perigo de violência (p. ex., esquecer de desligar o fogão ou de trancar uma porta). A verificação pode envolver múltiplas viagens de volta para casa para verificar o fogão, por exemplo. Esses indivíduos têm dúvidas obsessivas sobre si mesmos e sempre se sentem culpados achando que esqueceram ou cometeram algo.

PENSAMENTOS INTRUSIVOS
No terceiro padrão mais comum, há pensamentos obsessivos intrusivos sem uma compulsão. Tais obsessões costumam ser pensamentos repetitivos de um ato agressivo ou sexual repreensível para o paciente. Os pacientes obcecados com pensamentos de atos sexuais ou agressivos podem se reportar à polícia ou se confessar a um padre. As ideias suicidas também podem ser obsessivas, mas uma avaliação cuidadosa sobre os riscos de suicídio deve sempre ser feita.

SIMETRIA
O quarto padrão mais comum é a necessidade de simetria ou precisão, que pode levar a uma compulsão de lentidão. Os pacientes podem literalmente levar horas para terminar uma refeição ou fazer a barba.


OUTROS PADRÕES DE SINTOMAS
Obsessões religiosas e acúmulo compulsivo são comuns em pacientes com TOC. Puxar o cabelo e roer as unhas de maneira compulsiva são padrões comportamentais relacionados ao TOC. A masturbação também pode ser compulsiva.

Obsessões: alterações do pensamento
Dúvidas e a necessidade de ter certeza.


Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação.


Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios relacionados a sexo;


Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento;


Pensamentos supersticiosos com números especiais, cores de roupa, datas e horários que podem causar desgraças.


Compulsões: alterações do comportamento
Rituais e repetições;


Rituais e repetições;


Indecisão


Lentidão para realizar tarefas


Aflição


Medo


Culpa

Muitos têm insight bom ou razoável (p. ex., o indivíduo acredita que a casa definitivamente não irá, provavelmente não irá ou pode ou não incendiar se o fogão não for verificado 30 vezes).


Alguns têm insight pobre (p. ex., o indivíduo acredita que a casa provavelmente irá incendiar se o fogão não for verificado 30 vezes),


Poucos (menos de 4%) têm insight ausente/crenças delirantes (p. ex., o indivíduo está convencido de que a casa irá incendiar se o fogão não for verificado 30 vezes)


Diversas condições médicas primárias podem produzir síndromes muito semelhantes ao TOC. O conceito do TOC como transtorno dos gânglios da base é derivado da semelhança fenomenológica entre TOC idiopático e transtornos semelhantes ao TOC que se associam a doenças do gânglio da base, tais como coréia de Sydenham e doença de Huntington. Sinais neurológicos dessa patologia dos gânglios da base devem ser avaliados ao se considerar o diagnóstico de TOC em pacientes que se apresentarem para tratamento psiquiátrico.

TRANSTORNO DE TOURETTE
O TOC apresenta forte relação com o transtorno de Tourette, visto que as duas condições com frequência co-ocorrem. Cerca de 90% das pessoas com transtorno de Tourette apresentam sintomas compulsivos, e até dois terços enquadram-se nos critérios diagnósticos para TOC.
Em sua forma clássica, o transtorno de Tourette está associado com um padrão de tiques vocais e motores recorrentes que apresentam apenas uma leve semelhança com o TOC. Entretanto, os ímpetos premonitórios que precedem os tiques costumam se assemelhar enormemente às obsessões, e muitos dos tiques motores mais complicados são muito parecidos com as compulsões.

OUTROS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
O comportamento obsessivo-compulsivo é visto em diversos outros transtornos psiquiátricos; o médico deve sempre excluir essas condições ao diagnosticar TOC.
Um deles é o transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva, que está relacionado com uma preocupação obsessiva com detalhes, perfeccionismo e outros traços de personalidade semelhantes. As condições são facilmente diferenciadas, visto que o TOC está associado com uma verdadeira síndrome de obsessão e de compulsões.

Os sintomas psicóticos costumam levar a pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos que podem ser difíceis de diferenciar do TOC com insight pobre, no qual a obsessão se aproxima da psicose.


As chaves para diferenciar o TOC da psicose são:
(1) pacientes com TOC quase sempre podem reconhecer a natureza insensata de seus sintomas.
(2) doenças psicóticas são, em geral, associadas com diversos outros atributos que não são característicos do TOC.

De modo semelhante, o TOC pode ser difícil de diferenciar da depressão, porque os dois transtornos costumam ocorrer comorbidamente, e a depressão maior costuma estar associada com pensamentos obsessivos que, às vezes, beiram a verdadeiras obsessões, como as que caracterizam o TOC. Os sintomas obsessivos associados com depressão só são encontrados na presença de um episódio depressivo, enquanto o TOC verdadeiro persiste apesar da remissão da depressão.

  1. MONOTERAPIA COM ISRS (ATÉ DOSES MÁXIMAS TOLERADAS E POR TEMPO ADEQUADO)
  2. AUMENTO DA DOSE DO MEDICAMENTO EM USO
  3. TROCA POR OUTRO ISRS
  4. TROCA DO ISRS POR CLOMIPRAMINA
  5. ASSOCIAÇÃO DE CLOMIPRAMINA COM ISRS
  6. POTENCIALIZAÇÃO COM ANTIPSICÓTICOS
    7 OUTRAS ESTRATÉGIAS DE POTENCIALIZAÇÃO
    8 NEUROCIRURGIA

FARMACOLÓGICO

NÃO FARMACOLÓGICO

Os fatores pré-natais mais significativos associados a esse transtorno em descendentes são idade materna e paterna avançada no momento do nascimento do bebê, hemorragia gestacional materna, diabetes gestacional e bebê primogênito.

Os fatores de risco perinatais incluem complicações no cordão umbilical, trauma no nascimento, desconforto fetal, feto pequeno para a idade gestacional, peso baixo ao nascer, baixo índice de Apgar no quinto minuto, malformação congênita, incompatibilidade do grupo sanguíneo ABO ou do fator Rh e hiperbilirrubinemia. Muitas das complicações obstétricas relacionadas ao risco do transtorno também são fatores de risco para hipóxia que, em si mesma, pode ser um fator de risco subjacente

Não há evidências suficientes para implicar isoladamente qualquer dos fatores de risco pré-natais e perinatais na etiologia do transtorno do espectro autista, e alguma predisposição genética para o transtorno pode estar interagindo com fatores perinatais.

Os pacientes também devem apresentar alterações de comportamento, como:


  • Padrão repetitivo e estereotipado dos movimentos (girar sobre o próprio eixo, andar sobre os calcanhares, balanceio), no uso de objetos (alinhar brinquedos, brincar apenas com as rodas do carrinho) e no discurso (ecolalia, uso de frases idiossincráticas).


  • Presença de rotinas inflexíveis e comportamentos ritualizados (fazer sempre o mesmo trajeto, ingerir sempre a mesma comida, dificuldade em lidar com pequenas mudanças).


  • Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (como insensibilidade à dor e intolerância a sons ou necessidade de levar os objetos à boca para sentir seu sabor).

Síndrome de Rett.

Mutismo seletivo.

Transtornos da linguagem e transtorno da comunicação social (pragmática).

Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento transtorno do desenvolvimento intelectual) sem transtorno do espectro autista

Os transtornos a serem considerados no diagnóstico diferencial de transtorno do espectro autista incluem os da comunicação social (pragmática); da comunicação, descrito recentemente no DSM-5; esquizofrenia com início na infância; surdez congênita ou distúrbio auditivo grave; e privação psicossocial.

Os pacientes também devem apresentar alterações de comportamento, como:

  • Padrão repetitivo e estereotipado dos movimentos (girar sobre o próprio eixo, andar sobre os calcanhares, balanceio), no uso de objetos (alinhar brinquedos, brincar apenas com as rodas do carrinho) e no discurso (ecolalia, uso de frases idiossincráticas).
  • Presença de rotinas inflexíveis e comportamentos ritualizados (fazer sempre o mesmo trajeto, ingerir sempre a mesma comida, dificuldade em lidar com pequenas mudanças).
  • Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (como insensibilidade à dor e intolerância a sons ou necessidade de levar os objetos à boca para sentir seu sabor).

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Transtorno do movimento estereotipado.

Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade

Esquizofrenia

O paciente com TEA demanda assistência multidisciplinar com psiquiatras, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais.

Os tratamentos visam tornar os indivíduos mais independentes em todas as áreas de atuação, favorecendo a melhora na qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias.

O psiquiatra pode lançar mão do uso de alguns medicamentos a fim de reduzir sintomas comportamentais.

Os antipsicóticos típicos, como o haloperidol, têm sido usados para controle de agressividade, estereotipias e impulsividade. A dose usada é em torno de 1 a 2mg/ dia, mas deve-se manter atenção quanto aos efeitos colaterais que podem ser provocados por esses medicamentos. Os principais efeitos são os de origem extrapiramidal, como distonia aguda, acatisia e parkinsonismo. Também podem ocorrer alterações endocrinológicas, como aumento da prolactina sérica.

Os antipsicóticos atípicos, como risperidona e aripiprazol, são os mais utilizados, pois causam menos efeitos extrapiramidais quando comparados aos típicos. No entanto, são mais comuns os efeitos metabólicos. Sonolência e ganho de peso podem ser decorrentes do uso da risperidona. Já insônia e inquietação inicial podem estar presentes quando do uso do aripripazol.

A clomipramina, um antidepressivo tricíclico, pode ser usada para reduzir comportamentos ritualísticos e compulsivos. O médico deve estar atento aos efeitos adversos que podem ocorrer, como prolongamento de QT, crises epilépticas, retenção urinária, taquicardia, tremores e constipação.

Alguns anticonvulsivantes com propriedades estabilizadoras do humor têm sido usados para reduzir a instabilidade afetiva e a agressão impulsiva no autismo.

Outras medicações podem ser usadas quando há comorbidades, como o metilfenidato nos autistas com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

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TRATAMENTO:

Terapia Cognitiva Comportamental (TCC);

Equipe interdisciplinar com profissionais da Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicopedagogia, Fisioterapia, Assistência Social e Educação Física.

PROGNÓSTICO

Embora seja heterogêneo, o transtorno do espectro autista é uma condição que costuma durar a vida toda, com um nível variável de gravidade nos prognósticos. Estes são melhores para crianças com transtorno do espectro autista com QI acima de 70 e habilidades adaptativas médias e que desenvolvem linguagem comunicativa nas idades de 5 a 7 anos.


Um estudo longitudinal que fez a comparação entre os sintomas em crianças com esse transtorno e QI elevado na idade de 5 anos aos sintomas no período entre a idade de 13 anos até o início da vida adulta chegou à conclusão de que uma pequena proporção desses indivíduos deixou de preencher os critérios de transtorno do espectro autista. Ao longo do tempo, a maior parte desses jovens apresentou mudanças positivas na comunicação e nos domínios sociais.


Um estudo longitudinal que fez a comparação entre os sintomas em crianças com esse transtorno e QI elevado na idade de 5 anos aos sintomas no período entre a idade de 13 anos até o início da vida adulta chegou à conclusão de que uma pequena proporção desses indivíduos deixou de preencher os critérios de transtorno do espectro autista. Ao longo do tempo, a maior parte desses jovens apresentou mudanças positivas na comunicação e nos domínios sociais.


As áreas sintomáticas do transtorno do espectro autista que parecem não melhorar substancialmente ao longo do tempo com a aplicação imediata de intervenções comportamentais estão associadas a comportamentos ritualísticos e repetitivos. Entretanto, nos dias atuais, as intervenções comportamentais com base em evidências, com foco específico nos comportamentos repetitivos, podem amenizar os sintomas.


O prognóstico de uma determinada criança com o transtorno em geral melhora quando há apoio no ambiente doméstico.