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GEOGRAFIA: PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA (cap 6 ao 8 ), homem-aranha-apontando…
GEOGRAFIA: PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA (cap 6 ao 8 )
Capítulo 6: VIDAL DE LA BLACHE e a Geografia Humana
ORIGENS DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO FRANCÊS
Revolução Francesa: a mais pura das revoluções burguesas. O pensamento burguês institui
uma tradição de pensamento liberal no país
Acirramento da luta de classes no século XIX:
FIM DA FASE HERÓICA DA BURGUESIA
Segunda metade do século XIX:
GUERRA FRANCO-PRUSSIANA
. Prússia ganha.
Disputa pela hegemonia continental da Europa
França perde os territórios de Alsácia e Lorena - VITAIS PARA A INDUSTRIALIZAÇÃO (reservas de carvão)
DERROTA COLOCA A NECESSIDADE DE SE PENSAR O ESPAÇO.
- "A guerra foi ganha pelos instrutores alemães"
COMEÇA O APOIO DO ESTADO FRANCÊS AO DESENVOLVIMENTO DE UMA ESCOLA GEOGRÁFICA
OBJETIVO: DESLEGITIMAR A REFLEXÃO GEOGRÁFICA ALEMÃ E FUNDAMENTAR O EXPANSIONISMO FRANCÊS
.
IDEÁRIO LIBERAL DA SOCIEDADE = TOM LIBERAL DA GEOGRAFIA
ESCOLA FRANCESA: oposição à visão ratzeliana
VIDAL DE LA BLACHE
- funda a escola francesa de geografia.
Debate com Ratzel.
Tom liberal: sua análise parte do homem abstrato do liberalismo
PENSAMENTO VIDALINO
Progresso = fruto de relações entre sociedades com padrões de vida diferentes, num processo enriquecedor
As fronteiras seriam fruto de um longo processo de civilização. Não respeitá-las é agressão (crítica à Ratzel)
Antigas sociedades da Ásia e da África - estagnadas, sem perspectiva de desenvolvimento. O contato seria necessário - LEGITIMAÇÃO DA AÇÃO DE COLONIZAÇÃO FRANCESA
"Missão civilizadora do Europeu na África" > CRITICADA POR SAID EM ORIENTALISMO
Metodologia = não rompe com as formulações de Ratzel, apesar de ser mais relativista.
Positivista
, metodologia baseada nas ciências naturais.
Observação de campo, comparação das áreas estudadas, classificação das áreas e dos padrões de vida...
Todos os estudos geográficos estão vinculados à Geografia Humana.
DISCUTE A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA, NUNCA HOMEM-HOMEM
CRÍTICAS À RATZEL
Teses ratzelianas querem defender interesses políticos imediatos.
O DISCURSO CIENTÍFICO DEVE SER NEUTRO
Mas o pensamento vidalino legitima, sutilmente, a expansão colonial francesa.
Teses ratzelianas são excessivamente naturalistas e minimizam o elemento humano (quase passivo diante as imposições naturais).
DEFENDE A LIBERDADE COMO COMPONENTE CRIATIVO, VALORIZA A HISTÓRIA
Mas não rompe completamente com o naturalismo. "Geografia é a ciência dos lugares, não dos homens"
Critica ao determinismo naturalista.
PROPÕE A RELATIVIZAÇÃO.
Objeto geográfico: as relações homem-natureza. Como esta influencia o homem e como ele atua sobre ela, transformando-a.
CAPÍTULO 7: Os desdobramentos da proposta lablachiana
Vidal funda a escola francesa de Geografia e a corrente majoritária do pensamento geográfico.
Traz para a França o eixo do pensamento geográfico até o primeiro quarto do século XX
Inúmeros discípulos, que enfatizarão temas como a Geografia Histórica, o Comércio e as Relações Internacionais
Discípulos adequam o conceito de REGIÃO ao pensamento geográfico.
GRAÇAS A VIDAL, NASCE A GEOGRAFIA REGIONAL!!!
REGIÃO - UNIDADE DE ANÁLISE GEOGRÁFICA
. Unidade espacial dotada de individualidade.
La Blache - chamou atenção para a divisão e organização do território por grupos humanos ao longo da história - PAI DA GEOGRAFIA REGIONAL
Para a geografia,
REGIÃO = PRODUTO HISTÓRICO QUE EXPRESSA A RELAÇÃO DO HOMEM COM A NATUREZA
Processo de análise de uma região:
introdução - bases físicas - povoamento - estrutura agrária - estrutura urbana - estrutura industrial - conclusão
Geografia Regional propicia especializações > geografia agrária, geografia urbana, das indústrias, da população...
Em uma escala mais globalizada, nasce a
GEOGRAFIA ECONÔMICA
Objeto: vida econômica de uma região (fluxos, trabalho, produção)...
Sua origem remonta à geografia regional, na medida em que a disciplina inicia-se estudando elementos que são regionais, mas também globais
INFLUÊNCIA NOS PENSMENTO HISTÓRICO
(Geografia Histórica)
Lucien Febvre
(discípulo) - CRIADOR DOS TERMOS
DETERMINISMO
E
POSSIBILISMO
Determinismo: meio natural determina o homem.
(*atribuído à escola alemã)
Possibilismo:
influências recíprocas entre o meio e o homem
. O homem se adapta ao meio e pode modificá-lo. (ESCOLA FRANCESA)
MAX SORRE
(discípulo)
Publica suas obras na década de 1940.
Maior avanço nas formulações de La Blache
Cria o conceito de
HABITAT
Uma porção do planeta organizada por uma comunidade
Construção humana, humanização do meio,
expressa as relações entre o homem e o ambiente à sua volta
Análise geográfica:
sobreposição dos dados de observação, analisando historicamente os ELEMENTOS NATURAIS (solo, vegetação...) e os SOCIAIS (hábitos alimentares, religião...)
Espaço geográfico: ESPAÇOS SOBREPOSTOS (físico, econômico, social, cultural etc) EM INTER-RELAÇÃO
A escola francesa trata de uma Geografia Humana, com estudos fcados em fenômenos humanos (humanização do meio, organização humana do espaço...), MAS NÃO É UMA CIÊNCIA SOCIAL (não trata dos processos sociais que engendram a ação humana)
CAPÍTULO 8
- Além do Determinismo e do Possibilismo: a proposta de
HARTSHORNE
Geografia "Racionalista"
- menor carga empirista, mais raciocínio dedutivo.
Escola Americana de Geografia
Se desenvolve a partir dos anos 1930.
Aumento do peso dos EUA, dominação cultural do Ocidente pós-1ª Guerra
Principal expoente: Hartshorne.
Antes de 1930, era apenas uma réplica das proposições europeias, com poucos avanços.
Duas escolas principais: geografia cultural e escola do meio-oeste
(estudo da organização interna das cidades)
RICHARD HARTSHORNE
Retomará e desenvolverá as teses do alemão Alfred Hettner
Terceiro caminho para análise geográfica (para além do determinismo e do possibilismo)
Suas teses não encontraram penetração em sua época (1890-1910) (isolamento cultural alemão, época áurea do possibilismo)
PENSAMENTO
Caráter amplo (busca de uma geografia geral) e metodológico
Ciências se definem por métodos próprios
> geografia tem sua individualidade e autoridade vindas de sua própria forma de analisar a realidade. Deixa de buscar um objeto.
Geografia
= estudo das inter-relações entre fenômenos heterogêneos. As inter-relações desvendam A VARIAÇÃO DAS DIFERENTES ÁREAS DA SUPERFÍCIE DA TERRA
2 CONCEITOS PRINCIPAIS
ÁREA = parcela da superfície terrestre delimitada pelo observador
Delimitada através de fenômenos enfocados (dependendo do fenômeno, a área será diferente). O ponto de mudança de área é quando muda o padrão observado daquele fenômeno
INTEGRAÇÃO
= dá o caráter da área. Integração de fenômenos inter-relacionados. A análise deve buscar a integração do maior número possível de fenômenos inter-relacionados
2 GEOGRAFIAS
Geografia Idiográfica
= análise singular (de um só lugar) e unitária (tentando apreender vários elementos)
O pesquisador seleciona uma área e os fenômenos, relaciona-os. Seleciona mais fenômenos, relaciona-os. Integra as relações. Seleciona mais fenômenos, relaciona-os....
Geografia Nomotética
= análise generalista, comparando os fenômenos inter-relacionados em diferentes áreas do planeta
LEMBRAR DO ENORME TEOREMA DE VENN
O pesquisador seleciona uma área e os fenômenos, relaciona-os. Seleciona mais fenômenos, relaciona-os. Integra as relações. E PARTE PARA OUTRO LUGAR.
HARTSHORNE, CHOLLEY E LE LANNOU (2 últimos sendo discípulos de La Blache) ENCERRAM AS TENTATIVAS DE GEOGRAFIA TRADICIONAL
Máximas da GT: ideia de ciência de síntese, empirismo, contato...)
HERANÇA POSITIVA DA GT:
conhecimento sistematizado
acervo empírco
conceitos elaborados
território, habitat, região, ambiente... A SEREM MAIS DESENVOLVIDOS.