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NEOMARXISMO: TEORIA DA DEPENDÊNCIA E SISTEMA MUNDIAL MODERNO
TEORIA DA DEPENDÊNCIA
(de FHC e Enzo Faletto)
ORIGENS
1950 - crítica à posição hegemonista norte-americana, movimento terceiro-mundista
CEPAL, Prebisch e os Programas de Substituições das Importações >
Solução dentro do próprio capitalismo, com a interferência estatal guiando o desenvolvimento
FOCO: A relação entre os países dominantes e os explorados (centrais e periféricos)
Desenvolvimento: dimensões externa e interna
Interna
- relacionamento das classes sociais dentro de um país e o produto socioeconômico desse relacionamento.
Externa
- padrões de relacionamento estabelecidos pelos grupos dominantes dessa sociedade com o restante do mundo.
Ex: modus operandi econômico de um país é a fazenda cafeeira. Intenamente, as relações sociais se constituirão a partir da atividade cafeeira - centralismo, baixos salários baixo nível de educação.
Externamente, o Estado reproduzirá os interesses da elite cafeeira
SUBDESENVOLVIMENTO
Também tem sua dimensão interna e externa.
Cada país será desenvolvido ou subdesenvolvido ao considerar seu lugar na Divisão Internacional do Trabalho, e quais fatores o levaram a tal posição.
Ex: subdesenvolvimento brasileiro - mais de 3 séculos sendo colônia de exploração (modelo de aristocracias e monoculturas agrícolas...) > posição periférica na economia mundial.
O Estado como PLATAFORMA dos interesses da elite econômica do período. Tomam o Estado.
CENTRO E PERIFERIA
CENTRO: economias que são o epicentro da produção e consumo de produtos e serviços de maior valor agregado.
MAIOR PARTE DO COMÉRCIO MUNDIAL EM VALOR.
PERIFERIA: exportações de commodities.
TEORIA DA DEPENDÊNCIA DE CARDOSO E FALETTO:
A ESTRUTURA NÃO PERMITE QUE HAJA MOBILIDADE ENTRE OS PAÍSES CENTRAIS E PERIFÉRICOS, MAS É POSSÍVEL O DESENVOLVIMENTO DEPENDENTE
DEPENDÊNCIA: relação entre o centro e a periferia que faz com que os países periféricos dependam profundamente do consumo dos países centrais.
Ex: país em desenvolvimento exporta commodities agrícolas e minerais (baixo valor agregado); desenvolvido compra e transforma a matéria-prima em produto de maior VA, subdesenvolvido importa o produto
Ex: produção de alumínio depende da bauxita. Valor de 1ton de bauxita: 22 dólares. Valor de 1ton de alumínio: 1550 dólares. Brasil exporta bauxita para o Canadá fazer alumínio. Importa alumínio - DÉFICIT > DEPENDÊNCIA.
TEORIA DA DEPENDÊNCIA APÓS OS ANOS 90
A partir da década de 80: neoliberalismo. (crises da dívida externa, virada monetarista)
Anos 90: globalização, mudanças tecnológicas, fluxo de capital internacional
SISTEMA MUNDIAL MODERNO
(WALLERSTEIN)
ESTRUTURA INTERNACIONAL QUE PRODUZ A DIT
CENTRO - bens de alto valor agregado
PERIFERIA - baixo valor agregado
SEMIPERIFERIA - intermediário
Dependência entre os Estados periféricos e centrais - padrão de trocas acentua a diferença (assim como na Teoria da Dependência)
A DIT define se o Estado é:
Hard - capazes de resistir às forças externas e canalizá-las para sua própria vantagem. Administra sua economia de forma autônoma.
Soft - economias dependentes, envoltas na rede das forças do mercado e com dificuldade de escapar dela.
SEMIPERIFERIA
- BR, México, Coreia do Sul, Índia etc.
Economias com fortes traços desenvolvidos e tecnologia de ponta em alguns setores, mas também tem miséria e produtos de baixo valor agregado.
FUNCIONAM COMO AMORTECEDOR SOCIAL
- dissipam tensões entre centrais e periféricos por meio de um processo de competição. "Podem virar centro, é só seguir a cartilha"
Aqui, diferentemente da teoria da dependência, os países podem ascender, mas a estrutura sempre será a mesma (periféricos, semiperiféricos e centrais)