HIPERTENSÃO
- FISIOPATOLOGIA:
- FATORES DE RISCO:
- DIAGNÓSTICO:
- CICLO CARDÍACO:
Conceito: Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e 90 mmHg.(conforme a SBC)
Complicações cardiovasculares associadas à hipertensão
Hipertensivas
- Hipertensão maligna - Acidente vascular cerebral hemorrágico - Insuficiência cardíaca congestiva - Nefroesclerose
- Dissecção aórtica.
Ateroscleróticas
- Doença arterial coronariana - Morte súbita - Acidente vascular cerebral isquêmico
(átero-trombótico) - Doença obstrutiva arterial periférica.
- CLASSIFICAÇÃO:
Anamnese
Aferir PA
Exame físico
Exames complementares
Recomenda-se MRPA( Monitorização Residencial de Pressão Arterial), MAPA(Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) ou MAPA 24h, para estabelecimento do diagnóstico, identificação da Hipertensão Arterial e da Hipertensão mascarada.
Pré-Hipertensão
Hipertensão estágio 1
Hipertensão estágio 2
Hipertensão estágio 3
PAS (mm Hg)
PAD (mm Hg)
121-139
81-89
140 – 159
90 – 99
160 – 179
100 - 109
≥ 180
≥ 110
idade, sexo/gênero e etnia, fatores socioeconômicos, ingestão de sal, excesso de peso e obesidade, ingestão de álcool, genética e sedentarismo, tabagismo e a não adesão ao tratamento.
Com relação ao sexo/gênero, as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão consideram que o masculino é o mais afetado pela doença até os 50 anos de idade e as mulheres, ao produzirem hormônios femininos que são fatores de proteção, tendem a ter a incidência baixa antes da menopausa a qual aumenta a partir da sexta década de vida.
A etnia negra predispõe os indivíduos a apresentarem níveis pressóricos mais elevados que a branca, evidenciando que aqueles têm maior propensão ao desenvolvimento da hipertensão, além de terem mais chances de desenvolver as formas mais graves da doença e as patologias associadas
Os fatores socioeconômicos podem estar associados ao controle dos níveis pressóricos e podem ser entendidos como nível de escolaridade e renda.
O sal contém em sua composição o sódio que é um potente estimulante cardíaco e, além disso, exerce atividades hipertensivas nos vasos sanguíneos periféricos.
A obesidade e o excesso de peso associam-se com maior prevalência de hipertensão desde idades jovens. Na vida adulta o incremento de 2,4 Kg/m2 no índice de massa corpórea (IMC) acarreta maior risco de desenvolver hipertensão, mesmo nos indivíduos fisicamente ativos
O alcoolismo está relacionado à hipertensão devido ao aumento da pressão arterial em 2 mmHg a cada 30ml de álcool etílico ingerido.
A nicotina presente no cigarro provoca o aumento do trabalho cardíaco, a disfunção do endotélio capilar, a liberação de catecolaminas e a hiper-reatividade vascular aumentando, consequentemente, a pressão arterial.
O fator genético está entre os fatores de risco pouco modificáveis para a HAS
O sedentarismo está presente em torno de 80% hipertensos, concluindo que o sedentarismo e a ingestão de gordura são os fatores menos controlados pelos hipertensos
É a expressão referente aos eventos relacionados ao fluxo e pressão sanguínea que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o próximo batimento.
Diástole cardiaca é um período de relaxamento muscular ou recuperação do músculo cardíaco; alterna com o período de contração muscular (sístole). Nesse período, de pressão arterial mínima, a cavidade dilata os ventrículos e permite a entrada de sangue, para que possa ser expelido na contração. Corresponde à onda do electrocardiograma (ECG).Além disso,é a parte do ciclo cardíaco que segue a sístole .
Sístole é o período de contração muscular das câmaras cardíacas que alterna com o período de repouso, diástole. A cada batimento cardíaco, as aurículas contraem-se primeiro, impulsionando o sangue para os ventrículos, o que corresponde à sístole atrial (ou auricular). Os ventrículos contraem-se posteriormente, bombeando o sangue para fora do coração, para as artérias, o que corresponde à sístole ventricular. Sístole é o processo de contração de cada parte do miocárdio. Durante a sístole, o sangue entra nas artérias, pelos leitos capilares, mais depressa do que sai.
É iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinoatrial (NSA), pelas células marcapasso. O impulso elétrico difunde-se pelo miocárdio atrial e, posteriormente, passa para os ventrículos através do feixe atrioventricular, que apresenta velocidade de condução mais baixa, gerando um atraso na transmissão, garantindo que os átrios contraiam-se antes dos ventrículos, favorecendo a função do coração como bomba.
A Hipertensão Arterial é dividida em dois tipos:
Hipertensão Arterial Primária:
Hipertensão Arterial Secundária:
Cerca de 95-97% dos casos.
São os casos idiopáticos em que não se consegue identificar uma causa específica para o aumento dos níveis pressóricos.
Acredita-se que esses casos são decorrentes da interação de vários fatores de risco como: idade, sedentarismo, pele negra, excesso de sal, sexo feminino, fatores genéticos etc
3-5% dos pacientes.
É quando existe uma doença de base responsável por elevar os níveis pressóricos.
Síndrome da apneia
Doença renal crônica
Hipertensão renovascular
Hiperaldosteronismo
Feocromocitoma
Consequências da Hipertensão Arterial
Quando a pessoa apresenta hipertensão arterial, o choque entre o sangue e a parede é mais intenso e mais constante, o que acaba favorecendo a ocorrência de lesões em órgãos-alvo .
Por isso a HAS é associadas com processos patológicos como:
AVC
ICC
IAM
Retinopatia Hipertensiva
Nefropatia hipertensiva
Disfunção sexual
TRATAMENTO
Pacientes em estágio 1 (risco baixo/moderado)- tratamento
com monoterapia + não farmacológico. É indicado também para idosos,
ou com fragilidades, devem receber 1 tipo
de medicamento por questão de segurança,
para que a redução da PA seja lenta e gradual,
e ocorra uma adaptação aos níveis da PA.
Medidas não farmacológicas
Farmacológico
Alimentação saudável, com redução de sal de cozinha nos alimentos, reduzir consumo de álcool, o peso, o estresse, cessar tabagismo. Praticar exercício físico.
4 classes de medicamentos: diuréticos, antagonistas do cálcio, iECA, BRA(bloqueador do receptor AT1) e bloqueadores adrenérgicos.
Pacientes em estágio 2 ou 3- tratamento com 2 fármacos + medida não farmacológica. O tratamento com medicamentos com ações distintas facilita o seu controle, pois eles agem em locais diferentes do organismo e proporcionam resultado melhor na redução da hipertensão.
Indicado para todo e qualquer paciente com HAS ou com pré-hipertensão
Exames laboratoriais:
Avaliação inicial de rotina para o paciente hipertenso;
• Análise de urina;
• Potássio plasmático;
• Creatinina plasmática;
• Glicemia de jejum;
• Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos*;
• Ácido úrico plasmático;
• Eletrocardiograma convencional.
APG: Tutora Danilla, Problema 2
Grupo 4: André Gonçalves, Ana Clara Moura, Geovana Moraes, Patrícia Melo, Priscila Rodrigues e Roberta Azevedo