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7.2 PEB da Era Vargas - Coggle Diagram
7.2 PEB da Era Vargas
Revolução
de 1930
Itamaraty
Primeira postura do ministério é desmentir a Revolução nos postos internacionais após o assassinato de João Pessoa
Quando dos conflitos no nordeste brasileiro, recomenda aos representantes estrangeiros deslocarem-se a um local neutro
Reforma Melo Franco
: reorganiza o Itamaraty a fim de facilitar sua articulação com os propósitos desenvolvimentistas
Contexto
Washington Luís
: responsável por resgatar o pan-americanismo, renuncia às pretensões de exercer papel protagônico em nível sistêmico, não emprega ações de pompa para atenuar a crise interna
Crise de 1929
: gera postura mais protecionista nos EUA (
New Deal
), Brasil sente com a queda das exportações
EUA
Embaixador em Washington busca angariar apoio ao governo Washington Luis (EUA concorda, o que gera clima tenso com Vargas no início)
Chega a deslocar um navio de guerra para o litoral baiano para
intervir se necessário
(
interesse nos cidadãos norte-americanos que estavam na região
)
Revolucionários
: com a falta de apoio norte-americano, buscam apoio dos países do entorno (
Lindolfo Collor viaja a Buenos Aires
)
Pós-revolução
Incidente Baden
: encouraçado alemão transportando imigrantes para o Brasil, foi bombardeado pelo Brasil, gera tensões bilaterais com europeus
Reconhecimento
internacional
Peru, que acabara de instaurar uma ditadura militar, prontamente reconhece Vargas
Inglaterra também reconhece prontamente, a fim de tentar manter as relações econômicas
EUA hesitam em reconhecer Vargas
Não existe caça às bruxas no Itamaraty uma vez que a Revolução se consolida
Política comercial passa do paradigma primário-exportador ao paradigma do desenvolvimentismo, recuperando a estabilização do café mas investimento em diversificação da pauta de exportação
VII Conferência Interamericana
: contexto de ascensão de Roosevelt, desconfiança dos latino-americanos em relação aos EUA, recessão da crise de 1929, Guerra do Chaco. Marca o compromisso com a renúncia à guerra e a assinatura da
Convenção sobre Asilo Político e da Convenção sobre Direitos e Deveres dos Estados
(Bertha Lutz participa defendendo direitos das mulheres)
Não promove grandes alterações (mantém protagonismo regional e proximidade com EUA)
Equidistância
Pragmática
(Gerson Moura)
Alemanha
Contexto de resgate da
Weltpolitik
, da
Grossdeutchsland
, Brasil com interesse de criar sua indústria de base e importar sem gastar divisas
Hitler estavam interessado em se armar, logo busca acordos comerciais com outros países
Comércio compensado
(1936): negociado por Sousa Costa, países trocam por compensação café, açúcar, cacau, fumo, couro, peles e
algodão
(nesse ano,
Alemanha foi o maior exportador
para o Brasil)
Brasil importava: material bélico, carvão mineral
Espaço que a Alemanha ganhou no comércio bilateral contrasta com a decadência da participação britânica na pauta brasileira (
Alemanha foi o maior parceiro
em 1939)
Legação brasileira em Berlin é elevada à condição de embaixada em 1936, Vargas e Hitler cooperam na repressão contra movimentos de esquerda
Advento da 2ª Guerra muda a relação: Vargas passa a perseguir nazistas no Sul (proibição de símbolos nazistas, da ação do Partido nazista no Brasil e nacionalização do ensino)
Embaixador alemão no Rio chega a incitar uma cisão entre o RS e o restante do Brasil (é declarado
persona non grata
)
Proximidade ideológica
: Vargas, Lauro Müller, Dutra e Góis Monteiro são afeitos ao nazifascismo, policial brasileiro é treinado pela Gestapo, repressão aos comunistas aos moldes do III Reich
Brasil recebe inteligência sobre Ewert, espião comunista (seria preso e ficaria louco com torturas) e deporta Olga e a mulher de Ewert
Não é pendular, no sentido de "errática", mas sim construída de forma que os relacionamentos bilaterais tenham por fim maximizar os ganhos do país. Coordenada pelo
Conselho Federal de Comércio Exterior
criado em 1934
EUA
Contexto de aproximação gradual entre os países desde a crise de 1929 e fomento de acordos comerciais pelos EUA,
política da boa vizinhança
Esquema Aranha
: possibilita uma nova chance de pagamento da dívida com os EUA
Missão Williams
: visa a tratar dos problemas do câmbio e da dívida externa do Brasil com os EUA (Brasil se compromete a liberar o controle cambial)
Café
: EUA se mantém como maior comprador mesmo durante a crise de 1929
Missão
Aranha
(1939)
Consegue empréstimos e assina acordos junto aos EUA
Concertação em defesa, seja em âmbito nacional, seja em âmbito internacional (troca de visitas dos ministros de Estado-Maior)
Interesses brasileiros
: manutenção do preço do café e construção da indústria de base
Acordo Comercial (1935)
: manutenção do preço do café, corte tarifário sobre bens de consumo durável, protestos de industriais (Simonsen e Lodi)
Distanciamento ideológico
: só Aranha era afeito aos EUA, Vargas era fascistóide mesmo
Acordo Interamericano do Café
: manutenção dos preços
Equilíbrio possível
(1935-7): Alemanha supera EUA como maior origem de produtos para o Brasil
Equilíbrio difícil
(1938-9): pressão dos EUA, divisão interna, iminência da guerra, atritos diplomáticos (
Caso Ritter
, contexto de
Estado Novo
, embaixador alemão declarado
persona non grata
por ser contra às restrições a alemães no Brasil)
Equilíbrio rompido
(alinhamento negociado):
Missão Aranha
, pressão dos EUA, co-beligerância, indústria de base,
bloqueio atlântico por UK
Guerra e o
pan-americanismo
Conferência de Buenos Aires
(1936): EUA busca tornar obrigatória a consulta entre os países (espécie de TIAR), mas Argentina é contra, Brasil media um processo de consulta facultativa
VIII Conferência Interamericana
(Peru, 1938): trata também da necessidade de consulta, países deveriam decidir conjuntamente em caso de crise, rechaça ingerências externas (
Declaração de Lima
)
I Reunião de Consulta
(Panamá, 1939): formaliza a neutralidade do continente, ênfase na defesa do litoral (países estendem mar territorial para 300 milhas)
II Reunião de Consulta
(Havana, 1940): ênfase na defesa do continente, condenação de qualquer ataque extra-hemisférico (espécie de TIAR de novo)
III Reunião de Consulta
(Rio, 1942): propósito de apoiar a causa dos Aliados, mas não necessariamente engajar ativamente os países (busca-se só a ruptura com o eixo)
Brasil
Ainda sob o prisma da equidistância pragmática, Brasil busca barganhar com EUA para incrementar seus ganhos
Primeira tentativa de parceira com empresa americana para implantação da siderúrgica brasileira falha em 1940
Operação Pot of Gold
(1940): supostamente seria um plano para invadir o litoral brasileiro a fim de utilizá-lo à força como base para o teatro de guerra na Europa
Discurso no Encouraçado Minas Gerais
(1940): Vargas externaliza a admiração aos países fortes da Europa, defende que Brasil deve emulá-los, considera realizar parceria com a empresa alemã para implantar a siderúrgica
Alinhamento
negociado
(Gerson Moura)
Missão brasileira vai à NY em 1940 buscando auxílio técnico-financeiro e subvenções
EUA oferece auxílio na implantação da CSN e Brasil concorda em ceder bases em Natal
Em 1941 são autorizadas as construções das bases americanas
Segunda Guerra
Missão Cooke
(1942): vem para oferecer apoio técnico para os brasileiros
Missão Sousa Costa
(1942): institucionalização da cooperação técnica, serviria de quadro para as cooperações seguintes (
Lend & Lease
, cooperações militar, estratégica e econômica)
Cúpula de Natal
(1943): encontro entre Vargas e Roosevelt, Brasil assina sua adesão às Nações Unidas contra o Eixo
Política da Boa Vizinhança
foca no Brasil (
Alô Amigos
, 1942), aumento da compra de insumos para a Guerra (espec.
borracha
)
Formalização da
beligerância
(1942)
Brasil diz aceitar participar da Guerra por ser representante do americanismo, aliado natural dos EUA (na prática rendeu alguns frutos, como a siderúrgica e a participação no Lend & Lease)
Há constantes torpedeamentos alemães contra navios mercantes brasileiros (Brasil visa a contar com proteção da frota de navios americanos)
Força Expedicionária Brasileira (
FEB
): É como a participação brasileira toma forma, 25 mil homens, combatem na Itália a partir de 1944 junto ao 5º Exército Americano
Força Aérea Brasileira (
FAB
): alguns aviões lutam ao lado da RAF britânica
Batalha de Monte Castelo
(1944-45): Brasil dá sua contribuição, tomando algumas posição dos italianos fascistas
Brasil declara guerra ao Japão (1945): maneira de seguir desfrutando do Lend & Lease
Pós-Guerra
Resultados da aliança com EUA
: Brasil foi o maior beneficiário do
Lend & Lease
na LATAM, sai do conflito com as melhores FFAA da LATAM, participa nas conversações de paz, renegocia sua dívida (1943)
Brasil reata relações com URSS (por pedido dos EUA, contexto de formação da ONU com os policiais no CSNU, Guerra Fria ainda não tinha estourado)
Ata de Chapultepec
(1945): solidariedade econômica continental,
Carta Econômica da América
, preâmbulo para a OEA
Participação na Conferência de São Francisco
(1945): Brasil é bem ativo no nascedouro da OI
Relações com
vizinhos
Argentina
Tratado de Não Agressão e Conciliação (
Pacto Saavedra Lamas
, 1933)
Relação marcada pela cordialidade (Brasil queria se mostrar um país confiável, conciliador), países exercem mediação conjunta na
Guerra do Chaco
Visita de Augustín Justo ao Rio em 1933 e de Vargas a Buenos Aires em 1935
Oswaldo Aranha
(ministro de 1938-44): é afeito à cordialidade, visa a formar uma entente defensiva (malogra), busca o
alinhamento entre as duas maiores potências da LATAM
, firma o 1º acordo comercial desde 1856
Contexto: Argentina passava por um processo revolucionário também, que instaurou um governo que Washington Luís demorou algum tempo para reconhecer (já que aqui os tenentes também estavam se insurgindo)
Guerra
do Chaco
(1932-35)
Bolívia :red_cross: Paraguai
, motivada por disputado sobre a região do Chaco Boreal, onde esperava-se encontrar petróleo
Brasil se mantém neutro a princípio, mediação da Liga das Nações falha
Comissão de mediação:
Zé Carlos de Macedo Soares
(ministro de 1934-36), Saavedra Lamas (ARG, assumiu a liderança da mediação após Brasil recuar), chanceleres do Chile e do Peru
Em 1935 alcança-se um entendimento e é assinado o Protocolo de Paz, Tratado definitivo é assinado em 1938
Questão
de Letícia
(1932-34)
Peru :red_cross:Colômbia
, ocorre após a invasão de civis peruanos ao porto de Letícia em 1932, cidade que havia sido cedida pelo Peru à Colômbia
Interesse brasileiro
: manter a linha Apapóris-Tabatinga, país tenta, ainda no início dos conflitos, propor uma mediação, mas Colômbia defende que trata-se de um assunto interno
Afrânio de Melo Franco
(1930-33): presidente da comissão responsável por mediar as negociações, indicado ao Nobel em 1935