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DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL, DIARREIA - Coggle Diagram
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Distúrbios inflamatórios crônicos que acometem qualquer porção do TGI
DOENÇA DE CROHN (DC)
QUADRO CLÍNICO:
diarreia volumosa e com pouca frequência, raramente havendo eliminação de sangue, pus ou muco;
pode cursar com dor abdominal contínua em QID;
astenia, nauseas, anorexia, emagrecimento, carência nutricional, acometimento perianal
ENDOSCOPIA:
pode atingir todo o TGI, mas os locais mais acometidos são o íleo terminal e o ceco proximal;
lesões salteadas alternando com áreas de mucosa preservada;
úlceras profundas e irregulares com infiltração de mucosa e submucosa
ANATOMOPATOLÓGICO:
arquitetura das criptas preservada;
infiltrado inflamatório com predomínio linfocitário;
presença de granulomas não caseados;
MACROSCOPICAMENTE:
Lesões salteadas, alternadas com áreas de mucosa preservada;
Pode haver ulcerações aftoides e úlceras profundas e irregulares;
Pode haver coexistência de edema;
A infiltração da mucosa e submucosa com úlceras lineares podem dar o aspecto cobblestone = “em paralelepípedo”
TRATAMENTO
Doença leve
Doença colônica: Aminossalicilato (em especial a sulfassalazina);
Doença intestino delgado: Corticoide;
Obs: Sem resposta em 6 semanas, houver contraindicação ou intolerância: tratar como doença moderada-grave.
Doença Moderada-Grave
Corticoide (prednisona) até redução de sintomas e cessação da perda de peso;
Azatioprina (demora muito para obter resposta clínica) OU Azatioprina + alopurinol (pctes não respondem bem a Azatioprina >> Marcaptopurina é uma opção!);
Pacientes corticodependentes (doença volta após a retirada do cortidoide): associar corticoide + Azatioprina;
Sem resposta: associar alopurinol; Impossibilidade de usar Azatioprina: metotrexato é uma opção;
Sem resposta com esses esquemas: uso de imunobiológicos (anti-TNF): infliximabe, adalimimabe ou certolizumabepegol;
Pacientes com infecções ou abcessos: ATB + drenagem cirúrgica ou percutânea;
A cirurgia é necessária em 50% a 80% dos pacientes em algum momento no curso da doença.
Doença Grave-Fulminante
Tratamento em hospitais terciários: hidratação, transfusão, suporte nutricional a critério clínico;
Hidrocortisona IV, e após melhora clínica substituir por corticoide VO.
MANIFESTAÇÕES EXTRA INTESTINAIS
Prevalentes em 20,1% dos casos de DC e 10,4% dos casos de RCU
IMUNOMEDIADAS
Artropatias (podem ou não estar associadas à atividade da doença
Lesões cutâneas (eritema nodoso como principal lesão cutânea)
Lesões oculares (cerca de 6% dos pacientes desenvolvem quando doença em atividade. Ex: espiclerite e esclerite)
NÃO IMUNOMEDIADAS
Relacionadas a alterações metabólicas ou processos secundários
Colelitíase (risco aumentado em até 1,8 comparado à população geral)
Nefrolitíase
Anemia
Trombose venosa profunda
TEMPORÁRIAS OU RELACIONADAS À ATIV DA DOENÇA
Artrite periférica
Eritema nodoso
Aftas orais
Episclerite
DE CURSO INDEPENDENTE
Pioderma gangrenoso
Uveíte
Artropatia axial
Colangite esclerosante primária
RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU)
ANATOMOPATOLÓGICO:
perda da arquitetura das criptas;
depleção das células caliceformes;
infiltrado inflamatório;
ENDOSCOPIA:
inflamação na mucosa do intestino grosso;
quase sempre com envolvimento retal;
extensão homogênea e contínua;
edema, hiperemia, friabilidade, muco e erosões superficiais;
QUADRO CLÍNICO:
diarreia frequente, pouco volumosa e com prevalência de sangue;
anemia ferropriva, astenia, febre, anorexia;
tenesmo, urgência fecal, cólicas;
se pancolite, presença de pus e muco nas fezes
SOROLOGIA:
p-ANCA (RCU);
ASCA (DC);
RADIOGRAFIA:
enterotomografia;
enterorressonância;
cápsula endoscópica;
EXAMES LABORATORIAIS:
anemia;
leucocitose;
trombocitose;
prova de atividade inflamatória;
calprotectina;
lactoferrina;
EPIDEMIOLOGIA:
região geográfica;
picos entre 15~40 e 60~80 anos;
homem=mulher;
MACROSCOPICAMENTE:
Edema, hiperemia, friabilidade, exsudato fibrinomucoide e erosões superficiais.
A longo prazo: cólon pode perder haustrações, adquirindo aspecto tubular com mucosa atrófica, pálida e com padrão vascular anormal
TRATAMENTO
DOENÇA LEVE-MODERADA
Limitada ao reto
Aminossalicilato (sulfassalazina) via retal;
Sem remissão em 4 semanas: adicionar aminossalicilato oral;
Ainda sem resposta satisfatória: usar corticoide tópico ou oral.
Se estende até o cólon esquerdo
Aminossalicilato tópico;
Sem remissão em 4 semanas: ou adicionar aminossalicilato em altas doses VO, ou adicionar este e substituir o aminossalicilato tópico por corticoide tópico por tempo limitado;
Se necessário intensificar o tratamento: suspender adm tópica e adicionar aminossalicilato e corticoide VO
Pancolite
Aminossalicilato tópico e oral em alta dose.
DOENÇA GRAVE
Corticoide IV (enquanto avalia-se a necessidade de cirurgia);
Sem melhora em 72h ou piora: Ciclosporina IV + Corticoide IV e considerar cirurgia;
Infliximabe (Anti-TNF) nas doenças agudas e graves com impossibilidade de ciclosporina.
DIARREIA
FUNCIONAL
Trânsito rápido através do cólon
ORGÂNICA
Doença orgânica de base