Avaliação da qualidade da casca dessecada e da casca pulverizada de barbatimão

Ensaios de identificação

Avaliação macroscópica

As cascas secas apresentam fragmentos arqueados, com dimensões e formatos variados.

Em média, quando secas, apresentam em secção transversal 6 mm de espessura e região floemática com coloração marrom mais clara, se comparada a região do súber de intensa coloração marrom-avermelhada.

A fratura da casca é do tipo granulosa em relação à região do súber e fibrosa, estriada longitudinalmente na região floemática.

Avaliação microscópica

A porção externa da casca apresenta súber com estratos de células tabulares enfileirados radialmente, com conteúdo marrom; estratos de células parenquimáticas de formato isodiamétrico com conteúdo marrom-avermelhado.

Ocorrência de células pétreas e macroesclereídes, posicionadas em grupo de vários elementos ou isolados, com paredes espessas de lignina, com pontoações simples, por vezes ramificadas.

Na região do floema apresenta conjuntos de poucos elementos de fibras gelatinosas com idioblastos cristalíferos adjuntos e parênquima com células pétreas isoladas e grãos de amido esféricos.

Reações com cloreto férrico SR podem auxiliar na identificação microscópica, em especial da casca pulverizada, uma vez que as células parenquimáticas do súber não altera a coloração marrom-avermelhado na presença deste componente, ao contrário das células parenquimáticas do floema que adquirem coloração verde-escura ao reagir positivamente com o cloreto.

Perfil químico

Avaliado a partir da cromatografia em camada delgada, utilizando como fase estacionária sílica-gel GF254 e como fase móvel o acetato de etila, ácido fórmico e água (75:5:5) e procedendo conforme descrito na Farmacopeia.

Ensaios de pureza

Pesquisa de material estranho, sendo que de acordo com a monografia desta espécie o perfil de contaminantes comuns é de no máximo 2% de material estranho.

Determinação do teor de umidade, sendo que o permitido é de no máximo 14%.

Indicação do teor de cinzas totais e sulfatadas, sendo que os teores de cinzas totais é de no máximo 2%, enquanto os de cinzas sulfatadas é de 3%.

Observação do diâmetro médio do pó das cascas, necessitando este estar entre 150 e 440 mm.

Ensaios de quantificação

A droga vegetal seca deve conter no mínimo 8% de taninos totais, sendo expressos em pirogalol, dos quais no mínimo 0,2 mg/g equivalem a ácido gálico e 0,3 mg/g correspondem a galocatequina.

O teor de fenóis totais em extratos e frações obtidos de cascas do barbatimão pode variar entre 1,5 e 80%, sendo os teores mais elevados observados para extratos hidroalcoólicos e hidroacetônicos: teor de 75,09% com etanol 50%, de 68,96% com etanol 70% e de 72,89% com acetona 70%.

Galocatequina, epigalocatequina, 4'-O-metil-galocatequina e 4'-O-metil-galocatequina-(4α→8)-4'-O-metil-galocatequina são constituintes químicos descritos para cascas de barbatimão.

APROVADA

REPROVADA

Uso permitido

Uso proibido

A casca pulverizada é mais complexa de ser analisada, desse modo exige a análise de estruturas microscópicas características, diferenciais e complementadas pelas reações químicas.