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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL, Leda Maria Paulani - A Nova…

- - - - Mas o produto efetivo é $2520, porque sementes, trigo, farinha de trigo foram insumos (consumo intermediário) utilizados para produzir os pães (bem final) Ao final do processo, só se tem os pães como produto, o resto foi completamente utilizado
        
        Produto agregado = valor bruto da produção - (menos) consumo intermediário
        
        Caso uma das empresas de insumos tivesse optado por vender apenas parcialmente sua produção, aí sim nós teríamos que somar os valores dos pães com os valores dos produtos restantes
        
        O QUE DETERMINA SE UM PRODUTO É INTERMEDIÁRIO OU FINAL É A SUA SITUAÇÃO NO MOMENTO EM QUE SE ESTÁ APURANDO O VALOR DO PRODUTO, e não a sua natureza
      - Valor bruto de produção: valor de tudo que foi produzido, inclusive aquilo que foi usado como insumo. No exemplo, $ 6.620
    - - Setor 1 - Sementes = $500
      - Setor 2 - Trigo = $1500
      - Setor 3 - Farinha de trigo $2100
      - Setor 4 - Pães $2520
    - - Produto do setor 2 = $1000, já que $500 vem das sementes que comprou do setor 1.
      - Fazendo essa operação para todos os setores na economia H, temos que o produto total da economia H é, também, $2520, sob a ótica do produto
        
        Produto (ou valor adicionado) do setor 1:$ 500
        Produto (ou valor adicionado) do setor 2: $ 1.500 - 500 = $ 1.000
        Produto (ou valor adicionado) do setor 3: $ 2.100- $ 1.500 = $ 600
        Produto (ou valor adicionado) do setor 4: $ 2.520 - $ 2.100 = $ 420
        Produto total ou valor adicionado total: $ 2.520
    - - As remunerações dos fatores, conjuntamente consideradas, devem igualar, em valor, o produto obtido pela economia. O PRODUTO GERADO POR UMA ECONOMIA NUM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO É IGUAL À RENDA GERADA NESSE MESMO PERÍODO
        
        Renda = remuneração dos fatores de produção. Considerando apenas os fatores mão-de-obra e capital, temos:
        
        Remuneração do capital: lucro
        
        Remuneração da mão-de-obra: salário
        
        Se considerarmos 80% do produto em salário e 20% em lucro, na Situação 1 da Economia H:
        
        Salários:
        Setor 1 = $400
        Setor 2 = $800
        Setor 3 = $480
        Setor 4 = $336
        Total = $ 2016
        
        Lucros
        Setor 1 = $100
        Setor 2 = $200
        Setor 3 = $120
        Setor 4 = 84
        Total = $504
        
        $2016 + $504 = $2520
- - - - https://charlessouza.com/courses/macroeconomia/produto/fluxo_1.jpg
- - - - Expressão 1, a ser deduzida: Y ≡ C + I
        Fórmula final, deduzida:
        Y = Ca + I / 1 - c
        Onde 1 / 1 - c é o multiplicador keynesiano
        
        C = Consumo
        
        O principal fator para determinar o nível de C é, justamente, a renda (Y) (o consumo das famílias varia com o nível de renda)
        
        Mas.... propensão a consumir = dado um aumento na renda, o aumento no consumo é menos do que proporcional. Num determinado nível de renda, as famílias consomem boa parte dela, mas também poupam uma parte
        
        propensão a consumir é muito maior nas famílias de baixa renda (já que não sobra nada pra poupar). É proporcionalmente menor nas famílias de renda mais elevada.
        
        propensão ao consumo: c (0 < c < 1)
        
        Mas2... consumo autônomo = parcela do consumo que não varia de acordo com o nível de renda (constitui um mínimo de consumo sem o qual a sociedade pode perecer) -> Ca
        
        Com base nessas duas observações, podemos reescrever a expressão 1. Temos Y ≡ Ca + c.Y + I (expressão 2)
        
        I = Investimento
        
        Depende de variáveis extremamente sujeitas à flutuação.
        
        preferência pela liquidez: preferência pela segurança que o dinheiro traz
        
        eficiência marginal do capital: expectativas quanto ao rendimento futuro esperado dos bens de capital
        
        propensão a poupar: (1 - c) (total da renda menos a propensão ao consumo)
        
        Y = Renda
        
        Renda gerada é resultado da quantidade produzida de bens e serviços, ou seja, da quantidade produzida de bens de consumo somada à quantidade produzida de bens de investimento (estoques inclusos)
        
        REESCREVENDO A EXPRESSÃO 2, fatorando o Y, temos:
        Y(1-c) = Ca + I
        --> Y = Ca + I / 1 - c
        
        Onde
        1 / 1 - c
        é o MULTIPLICADOR KEYNESIANO
        multiplica o gasto autônomo mais o investimento, determinando a renda
        
        Observação importante: A variável Ca, por representar o consumo autônomo, é bastante estável. A atuação positiva do efeito multiplicador sobre o nível de renda fica bastante dependente de I. Quando I decresce, o efeito sobre o nível de renda e produto é magnificado.
        Nesses momentos, mesmo dispondo de fatores de produção para operar num nível mais elevado, a economia permanece operando num nível insuficiente p/ empregar toda a força de trabalho e toda a capacidade instalada
        Lembrar: Produto ≡ Renda
    - - Expressão 3:
        Y ≡ C + I + G + (X - M)
        
        Nesse cenário, o efeito multiplicador também vai atuar sobre os possíveis aumentos nos gastos do governo e nas exportações líquidas
        Um aumento nos gastos do governo eleva o nível de renda, e um aumento nas exportações também. Por sua vez, um aumento nas importações produz efeito contrário. Tudo isso é amplificado pelo multiplicador, para cima ou para baixo.
        
        Y = renda; C = consumo; I = investimentos;
        
        G = gastos do governo
        
        À medida que o governo tributa a renda das famílias, reduz-se a renda disponível para ser consumida ou poupada. Assim, a introdução do governo faz com que o multiplicador sofra alguma redução em sua força magnificadora sobre o nível de renda dos impactos vindos da demanda agregada
        
        Propensão a tributar (t): 0 < t < 1
        
        Se o exercício fornecer a propensão do governo a tributar, o multiplicador será:
        1/ [1 - c (1 - t)]
        
        X = exportações de bens e serviços e não fatores; M = importação de bens e serviços e não fatores;
        (X - M) = exportações líquidas
      - Maneira lógica de pensar sobre isso: estímulos e desestímulos na produção e na renda - Se há um aumento na parcela autônoma de consumo, ou no investimento, ou nos gastos do governo, ou na demanda externa, qualquer um desses aumentos vai estimular a produção e elevar o nível da renda, na magnitude determinada pelo multiplicador.
        
        Simetricamente, um aumento nas importações representa uma transferência, para fora da economia, de uma parcela de sua demanda por bens e serviços.
      - REPARE: Se um aumento no nível de renda e produto pode ser proveniente de uma elevação nos gastos do governo, então cabe a este um importante papel
        
        Em um momento em que os investimentos estão deprimidos e os estímulos de fora são insuficientes para evitar o desemprego, só o governo tem condição de retirar a economia de tal situação.
        
        Aumentando seus gastos, o governo promoverá, consequentemente, uma elevação no nível de renda e produto e poderá, inclusive, reverter expectativas pessimistas quanto ao futuro e, assim, recuperar, num curto espaço de tempo, o próprio nível de investimento.
        
        CONTROLE DA DEMANDA EFETIVA = governo tem que acompanhar a evolução da economia e intervir sempre que necessário para impedir que ela fique deprimida por longos períodos de tempo