Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Ruptura prematura das membranas (RPM) - Coggle Diagram
Ruptura prematura das membranas (RPM)
Introdução.
Conceito: Amniorrexe espontânea antes do início do parto.
Classificação: À termo (8% das gestações) X Pré-termo (3%, causando 25% dos partos pré-termo; RPMP). / Latência.
Morbimortalidade: Materna (coriamnionite e DPP). / Perinatal (sepse neonatal; sofrimento fetal - comprimento do cordão, oligoidrâmnio, DPP, prematuridade, SAR, enterocolite necrosante e hemorragia intraventricular.
Etiologia.
Estiramento: Polidrâmnio; gemelaridade e contrações uterinas sintomáticas.
Bioquímica: Ehlers-Danlos.
Recorrência: 15%-30%.
Infecciosa: Corioamnionite (50%).
Outros fatores de risco: sangramento vaginal no 2° e 3° trimestres; tabagismo; drogas ilícitas; baixo nível socioeconômico; conização; cerclagem; colo curto no 2° trimestre(<25mm) e amniocentese.
História natural
RPM a termo: Parto em 5 h (50%); parto em 28 h (95%); risco de infecção intrauterina (> 18 h).
RPMP: Parto em até 1 semana (50%); tratamento expectante (3%-13% restaura o LA); corioamnionite (1%-5% em RPM x 15%-25% em RPMP); RPP (2%-5% em RPM); bacteremia materna (<10%); choque séptico, CID, SARA e morte materna (raras); prematurida é a complicação neonatal mais importante.
RPM periviável (< 24 semanas): < 1%; parto na 1° semana (40%-50%); parto em 2-5 semanas (70%-80%); mínimo de 12 h de latência com trtamento expectante (> 50% sobrevive, sendo 50% sem comorbidades); < 16 semanas (todos falecem); hipoplasia pulmonar (10%-20%, sendo raramente letal entre 23-24 semanas); síndrome de Potter: fácies de potter (implantação baixa das orelhas e pregas nos epicantos) + contratura de membros + hipoplasia pulmonar.
Vazamento após amniocentese: 1%; perda fetal < 0,5%; resselagem e restauração em 70% dos casos dentro de 1 mês.
Diagnóstico.
História e exame clínico: Diagnóstico clínico em 90% e toque vaginal deve ser evitado (contaminação; exceto em pleno trabalho de parto).
Testes laboratoriais: Papel de nirtrazina; cristalização e AmniSure.
USG: Confirma oligoidramnia (maior bolsão < ou = 2cm); afasta malformações urinárias fetais e insuficiência placentária.
Dificuldades: Fissura alta das membranas; instilação transabdominal guiada pelo USG do corante índigo-carmim.
Tratamento.
Medidas gerais: Hospitalização; monitoramento eletrônico (desaceleração umbilical); cultura de estreptococo do grupo B; monitoramento da infecção (> ou = 38°C; dor à palpação uterina; taquicardia materna; taquicardia fetal; leucocitose; PCR > ou = 5 mg/l após 34 semanas); coriamnionite (parto + ampicilina 2g IV de 6/6h + gentamicina 1,5mg/kg IV de 8/8 h + Clindamicina 900mg IV de 8/8h ou metronidazol 500mg IV de 8/8h se cesárea ou febre por mais de 24h; sendo o tratamento até estágio afebril 48 horas pós-parto/ caso persista febre: pesquisar tromboflebite pélvica, infecção de parede, retenção de restos ovulares e infecção do sistema urinário); cerclagem (sem recomendações estabelecidas); HSV (conduta expectante se recorrente; menos claro quando 1°; cesárea quando ativa no momento do parto); HIV (incerto); parto (> ou = 34 semanas; sofrimento fetal; coriamnionite clínica e DPP).
RPM > ou = 37 semanas (termo-precoce e termo): Monitoramento eletrônico (vitabilidade fetal); indução do parto (ocitocina/misoprostol) e profilaxia intraparto se cultura positiva ou indicação.
RPM > ou = 34 semanas (pré-termo-tardio: parto imediato).
RPMP entre 24-33 semanas (pré-termo): Repouso relativo no leito (evitar atividade física) e pélvico (proibido coito e toque vaginal); avaliação fetal (monitoramento eletrônico dos batimentos + PBF simplificado: cardiotocografia +volume do LA diariamente ou 2x/semana); antibiótico profilático (ampicilina 2g IV de 6/6h por 48h + azitromicina 1g VO dose única seguidas de amoxicilina 500mg VO de 8/8h por 5 dias.); corticoide; tocólise (sem indicação); neuroproteção fetal (sulfato de magnésio).
RPMP < 24 semanas: Sugerir interrupção da gravidez (expectante x interrupção: riscos x benefícios); home care; USG seriada para avaliar oligoidramnia (normalização em 8%); corticoide; antibioticoprofilaxia; oclusão fetoscópica da traqueia (divergencias sobre isso)
Vazamento de LA após amniocentese: Tratamento expectante ambulatorial + USGs seriados.
Próxima gravidez: Progesterona vaginal entre 16 e 24 semanas; se ruptura em < 34 semanas + colo curto (<25 mm) antes de 24 semanas, é candidata à cerclagem.