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P2 Micologia - Coggle Diagram
P2 Micologia
Histoplasmose
Definição
Micose sistêmica pela inalação do fungo seguida de invasão pulmonar primária que pode se disseminar
Agente etiológicos
Homem
Histoplasma capsulatum capsulatum: clássica
Histoplasma capsulatum duboisii: afticana
Equino
Histoplasma farciminosum
Ecologia
Habitat
Solo rico em fezes de aves ou morcegos
Ocorre em 60 países, norte-sul; zonas endêmicas: vae dos rios Mississipi; Brasil: Vale do Paraíba e Jacuí (RS)
Nitrogênio do material orgânico estimula a esporulação do fungo
Epidemiologia
Endêmicamente
Principal micose nos EUA
Microepidemias
USA
Forum de Arkansas
O Carvalho de Nashville
Surto de Indianápolis
Trem do Tenessee
Brasil
Rio de Janeiro
São Paulo
RS
Infecção
Inalação de conídeos -> Alvéolos (conídeos germinam leveduras) -> Fagocitose para macrófagos -> Reprodução no parênquima pulmonar -> Invasão de linfonodos hilo-mediastinais -> Fungemia Assintomática -> Distribuição do fungo por Pulmão, Fígado, Baço e Linfonodos -> - 5% DOS INFECTADOS DESENVOLVEM A DOENÇA
Formas clínicas
Histoplasmose pulmonar aguda
FORMA MAIS DIAGNOSTICADA
Resultado de inalação de grande inóculo
Pode ser confundida com gripe comum
Pode regredir sem tratamento
Histoplasmose pulmonar crônica
Pacientes > 50 anos
Resultado da forma aguda
Tosse, expectoração, dispneia, febre baixa
Frequente: DPOC, Enfiseman, Tabagistas
Histoplasmose disseminada
Forma aguda ou crônica
Lesões extra-pulmonares: ulcerações na orofaringe, laringe, nariz, língua, gânglios linfáticos, SNC, Pele
Frequente: imunocomprometidos
Histoplasmonas: Resulta do excesso de deposição de colágeno na periferia do nódulo
Sintomas: 100% Febre; 70% doença pulmonar, 60% Perda de Peso; 60% hepatoesplenomegalia, 40% envolve SNC
AIDS: 4-5% dos pacientes com a doença faz Histoplasmose
Diagnóstico Diferencial
Tuberculose
Paracoccidioidomicose
Coccidioidomicose
Leishmaniose
Prognóstico
Forma pulmonar aguda
Bom (mesmo sem tratamento)
Crianças, idosos e imunocomprometidos
Com tratamento: bom
Sem tratamento: ruim
SIDA: forma progressiva é refratária ao tratamento devido deficiência imunológica
Diagnóstico
Histopatológico
Elementos fúngicos no interior celular formando "bolsões"
Laboratorial
KOH 20%: Sempre negativo
Giemsa (permite a observação do fungo intracelular), calcofluor e prata rápida: muito útil
CULTURA: IMPORTANTE! Dificuldade de observação do fungo, a cultura assume prova de diagnóstico definitivo!
Cuidado: sepedonium é muito parecido; mas não faz dimorfismo térmico
Coccidioidomicose
Definição
Infecção sistêmica causada pelo fungo dimorfico Coccidioides immitis
Acomete: homens, grande variedade de animais (bovinos, ovinos, gatos, equinos, roedores e cães, sem mostrar predileção por raça, sexo ou idade.
Sinonímia
Micose de Posadas-Wernicke
Ecologia
Regiões secas e desérticas
Endêmico: Suodeste dos EUA, Norte Argentino, Chaco argentinoo
Brasil: Piauí, Maranhão e Ceará
Aspectos clínicos
Semelhante a Histoplasmose e Pbmicose
Aquisição VIA INALATÓRIA
Gestantes apresentam grandes riscos
Fungo pode permanecer quiescente ou disseminar com çesões em vários órgãos
Forma disseminada com lesões
Cutânea, ósseas, articulares, SNC (meningites)
Diagnóstico
Diferencial
Tuberculose, Histolplasmose, Pbmicose, Blastomicose
Laboratorial
Pus das lesões, lavado gástrico, escarro, líquor
Exame direto: KOH 20%
Esférulas grandes, endosporos
Cultivo: Meio de cultura - Mycobiotic
Reversão térmica - utilizada para correta identificação do fungo
Fase filamentosa -> Leveduriforme
Tratamento
Anfotericina B
Zigomicose
Definição
Micoses oportunistas causadas por fungos zigomicetos, da ordem Mucorales
Entomoftorales: Entomoftoromicoses
Mucorales: Zigomicoses
Principais espécies
Rhizopus spp
Absidia spp
Mucor spp
Rhizomucor spp
Syncephalastrum spp
Cunninghamella
Bertholetiae
Saksanaea vasiformes
Cokeromyces Recurvatus
Apophysomyces
Aspectos clínicos
Ubíquos
Porta de entrada: INALAÇÃO
*Invade vasos causando trombos, infarto e necrose tecidual
Fatores predisponentes: diabetes descompensado, queimados
Requer diagnóstico de urgência
Formas clinicas
Rinocerebral
49% dos casos
Inicia nos seios paranasais, face, olho e pode atingir o cérebro
Determina abcesso e necrose no lobo frontal
Sinal patognômico: pus negro que escorre pelo nariz e pelo olho.
É fatal em 1 semana, se não trata
Diagnóstico: LCR (sem particularidades)
Rx: útil para demonstrar destruição óssea
Gastrointestinal
11% dos casos
Condição fuminante com óbito em poucas semanas
Infarto intestinal; sepsis; hemorraigia digestiva
Acontece também em crianças mal nutridas
Cutânea/Subcutânea
16% dos casos
Predomina nos grandes queimados
Fungo promove infarto e necrose nos vasos
Lesões podem ser similares ao ectima
Disseminada
6% dos casos
Consequente a qualquer uma das fórmulas localizadas
Diagnóstico geralmente em necropsias
Outras
Pulmonar
6% dos casos
Consequente à inalação, disseminação hematogênica ou linfática
Maioria dos casos ocorre em leucêmicos
Raramente diagnóstico em vida
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Forma rinocerebral: diferenciar de Aspergilose
Forma pulmonar: diferenciar da aspergilosa e micoses causadas por Pseudallescheria bodii e BGN
Exame direto com KOH 20%
Hifas largas, não-septadas e com ramificações em ÂNGULOS RETOS
FUNDAMENTAL OBSERVAÇÃO DE HIFAS PARA ESTABELECER O DIAGNÓSTICO
Cultura
Biópsias são o melhor material
Isolamento a partir de materiais contaminados deve ser interpretado com cautela
Em diabéticos deve ser valorizado
Tratamento
Condição de base deve ser controlada
Ressecação do material necrótico
Tratamento a base de anfotericina B
Obrigatória a diferenciação com Aspergilose, Pseudallescheria e Zigomicetos
Aspergilose
Características
Etiologia
A. ochraceus
A. candidus
A niger
A flavus
A ustus
Aspergillus fumigatus
Morfologia
Cabeça aspergilar
Fiálides
Conídeos
A. fumigatus MENORES CONÍDIOS
Atinge os espaços alveolares
Ecologia
Ubíquos na natureza
Saprófitas em restos vegetais
Conídios se dispersam no ar
Ambiente hospitalar e domiciliar
Celulose dos móveis, papel de parede, ornamentos em geral, pó domestico, plantas ornamentais interiores, dispensass e cozinhas e filtros de ar condicionado
Patogenia
Hipersensibilidade (formas alérgicas)
Colonização (bola fúngica; bronquite tráqueo-brônquica)
Invasão ( na aspergilose invasiva)
ACESSO: INALAÇÃO DE CONÍDIOS
Formas clínicas
1) Aspergilose Imunoalérgica
Aspergilose bronco-pulmonar alérgica
Pacientes atópicos
Há formação de tampões de muco contendo hifas de Aspergillus nos brônquios
Presença de infiltrado eosinofílico migratório
Alveolite alérgica extrinseca
Indivíduos não atópicos submetidos a pesada inalação de conídios
Trabalhadores do feno ou material mofado
Gera: broncopneumonia de repetição
Formas
Aguda: 6-8h após a inalação
Crônica: fibrose pulmonar devido a exposição crônica
2) Colonização aspergilar
Fator predisponente: DPOC com cavitação (como tuberculose ou fibrose cística)
Nas zonas cicatriciais os mecanismos de defesa estão reduzidos
Aspergiloma = sequela de Tuberculose
Colonização de cavidades pulmonares
Fricção mecânica + endotoxinas hemolíticas = hemoptises (50-80%)
25% dos sangramentos há risco de morte
Sinais radiológicos típicos: bola fúngica intracavitária, sinal do crescente/galo aéreo
3) Aspergilose pulmonar necrotizante crônica
Consequente ao aspergiloma
O fungo invade lentamente o pulmão de imunocompetentes
Sinonímia
Aspergilose pulmonar semi-invasiva
Aspergilose invasiva crônica
4) Aspergilose invasiva
O fungo invade áreas saudáveis do pulmão
Forte tropismo vascular, gerando trombose e necrose isquêmica
Quadro clínico: pneumonia bacteriana
Agentes: A. fumigatus (90%) devido aos conídios pequenos
Taxa de mortalidade 90-100%
Sintomas: Febre > 38ºC refratária a antimicrobianos;
Dor pleutírica e tosse
Outras formas
Ocular: Ceratite ou endoftalmite
Endocarite: pós cirurgias cardíacas
Osteomielite: crianças com DGC
Otomicose: conduto auditivo externo
Cutânea
Exógena: sítio de inserção de catéteres
Endógena: devido a aspergilose disseminada
Diagnóstico
Dificuldade
Clínica inespecífica
Fungo raramene isolado a partir do sangue
Biópsias são contra-indicadas
Testes sorológicos falham em imunocomprometidos
Requer pesquisa de antígenos
Laboratorial
Exame direto com KOH 20%
No escarro: útil somente na aspergilose alérgica
LBA: valor diagnóstico somente na aspergilose invasiva
Lavado seios face: permite diagnóstico da sinusite aspergilar
Lesões cutâneas: achado de hifas
BIÓPSIA: O MELHOR MATERIAL BIOLÓGICOS
Hifas hialinas septadas com ramificações dicotômicas em ÂNGULOS DE 45ª
Cultura do escarro
Aspergilose alérgica: cresce fácil
Demais formas clínicas: dificilmente cresce
Cultura do Lavado bronco-alveolar
Útil em imunocomprometidos
Positivo em 60% dos casos
Pouco útil em lesões focais
Cultura na aspergilose invasiva
Escarro: útil na identificação de pacientes de alto risco; Não permite diagnóstico
Swab nasal: útil nos surtos e inúteis na rotina
Condições para cultivos na aspergilose
Ciclohexemide inibe Aspergillus
Incubação de 7-10 dias
Imunodiagnóstico
GM-EIA (Platellia)
Galactomanas são componentes da arede celular de fungos, podendo ser detectados no sangue
Preditivo de aspergilose invasiva antes de qualquer teste
Falso positivo: uso de beta-lactâmicos
Diagnóstico molecular
Polimerase chain reaction (PCR)
Reação de Pcr pode detectar o DNA de Aspergillus no sangue circulante
GM-EIA é mais sensível que PCR
PCR é mais específica
Feohifomicose
Definição
Micoses oportunistas causadas por fungos demáceos, que em parasitismo apresentam hifas
Etiologia
Fungos saprófitas e cosmopolitas
Pigmento castanho: Melanina
Fungos demáceos: cromoblastomicose, feohifomicose, micetoma eumicótico
Principais agentes: Alternaria alternata, Curvularia lunata, Exophiala dermatidis, Cladophialophora bantiana, Fonsecaea pedrosi
Fatores de risco
Transplante de medula óssea, câncer, cirurgia cardiaca, diálise peritoneal ambulatorial crônica, corticoesteroides, diabetes, HIV, Neutropenia, Transplante de órgãos sólidos, Trauma de pele ou tecidos moles, tuberculose.
Manifestações clínicas
Feohifomicose Superficial
Pele e unhas
Alternaria spp. é o mais comum
Implantação traumática
Leucemicos e transplantados
Ceratite micótica
Feohifomicose Subcutânea
Processo crônico, implantação traumática
Forma mais comum
Nódulos: consistência mole, flutuantes, cápsula bem desenvolvid
Alternaria spp; Curvalaria spp; Exophiala
Infecção dos seios paranasais
Condição progressiva e lenta
Indivíduos com história de rinite alérgica
Resposta alérgica
Feohifomicose sistêmica
Forma clínica mais rara
Imunocomprometidos
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Lesões Subcutâneas
Esporotricose e Cromomicose
Sinusites
Aspergilose
Cerebral
Abcesso bacteriano
Criptocoma
Histoplasmose cerebral
Aspergilose cerebral
Laboratorial
Escamas epidérmicas, secreções diversas, pus de lesões, biópsias
KOH
Hifas acastanhadas, septadas com aspecto turulide
Cultura
Colônias Negras ou Oliváceas
Hialohifomicoses
Definição
Micoses oportunistas causadas por fungos filamentosos hialinos, septados, exceto Aspergillus spp.
Etiologia
Saprófitas do solo, parasita de vegetais, decompositores de materiais orgânicos, oportunistas com limitada virulência
Agentes: Acremonium, Paecilomyces, Chrysosporium, Penicillium, Fusarium, Scopulariopsis
Manifestações Clínicas
hialohifomicoses Superficiais
Lesões cutâneas (dermatomicoses), Ungueais (Onicomicoses), Oculares (oftalmomicoses) e Otológicas (otomicoses)
Não são fungos patógenos primários
Hialomicoses Subcutânea
Trayma mecânico, Tecido subcutâneo de imunocomprometidos
Hialohifomicoses Sistêmicas
Via respiratória: quadro pulmonar primário, disseminação via hematogênica
Diagnóstico
Laboratorial
Amostras de escamas de pele, secreções, biópsias, fragmento de unha, ssangue
KOH
Hifas hialinas septada, com ou sem clamidoconídeos, artroconídios
Ramificação irregular
Hifas mai delgada que dos zigomicetos
Cultura
Nunca negras as colônias
PENICILIOSE NÃO TEM NADA A VER COM HIALOHIFOMICOSE - SÓ ACONTECE NO SUDESTE ASIÁTICO, MESMO QUE PAREÇA - PARECE O FUNGO PENICILIUM
Casos Especiais
Pseudallescheríase
Fusariose