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A DEMANDA E A OFERTA AGREGADAS - Coggle Diagram
A DEMANDA E A OFERTA AGREGADAS
Crescimento, recessão e depressão
Recessão - período de queda da renda real e aumento do desemprego
Depressão - uma recessão grave
Mankiw capítulo 33 - Utilização do modelo de demanda agregada e oferta agregada para explicar as
variações econômicas no curto prazo
TRÊS FATOS-CHAVE SOBRE AS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO CURTO PRAZO
1)
São irregulares e imprevisíveis
- as recessões não ocorrem em intervalos regulares.
2)
A maioria das variáveis macroeconômicas flutua conjuntamente
- se uma recessão vier, ela estará expressa em diversas variáveis macroeconômicas.
Se o PIB real cai durante uma recessão, tb caem a renda pessoal, os lucros, o consumo, o investimento etc
Queda no investimento é acentuada quando há recessão. Uma das variáveis mais marcantes. (p. 564 gráfico crise 2009)
3)
Com a queda na produção, o desemprego cresce
- quando o PIB real cai, o desemprego aumenta
Alguns conceitos
"Ciclo de negócios" = flutuações econômicas, mudanças nas condições de negócios.
PIB real = mede o valor de todos os bens e serviços produzidos em um dado período e a renda total corrigida pela inflação
A EXPLICAÇÃO DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS NO CURTO PRAZO
Pressupostos da economia clássica
Dicotomia clássica: variáveis reais x variáveis nominais
Reais - medidas em quantidades ou preços relativos
Variáveis nominais - medidas em termos de moeda
Argumento clássico:
as variáveis nominais, apesar de serem a primeira coisa que vemos ao olhar uma economia, pouco importam
. O que importa são as variáveis reais e as forças econômicas que as determinam.
"Se a quantidade de moeda na economia fosse o dobro, tudo custaria o dobro e a renda de todos tb seria o dobro." - nessa visão, a mudança seria apenas nominal.
A realidade das flutuações no curto prazo
A maioria dos economistas acredita que a visão clássica se aproxima mais do que acontece no longo prazo, mas não no curto prazo.
No curto prazo, as variáveis reais e nominais estão fortemente ligadas. Nesse caso, a teoria de neutralidade monetária não é apropriada
DEMANDA AGREGADA
- curva que mostra a qtd de bens e serviços que as famílias, as empresas, o governo e os clientes estrangeiros desejam comprar a cada nível de preços
ceteris paribus
, uma queda no nível geral de preços da economia tende a aumentar a quantidade demandada de bens e serviços
. Um aumento do nível de preços reduz a quantidade de bens e serviços demandados. Por que?
PIB = CONSUMO + INVESTIMENTOS + GASTOS GOVERNAMENTAIS + EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS
Curva de demanda agregada é construída levando em consideração uma dada qtd constante de moeda
RESUMÃO das 3 razões pelas quais uma queda no nível de preços aumenta a qtd demandada
1.
Consumidores se sentem mais ricos, o que estimula a demanda
Nível de preços e consumo
: efeito riqueza - nível de preços mais baixo aumenta a demanda
A diminuição no nível de preços aumenta o valor real da moeda, tornando os consumidores mais ricos e mais capazes de comprar bens e serviços. Com isso, demanda aumenta
(o inverso tb é verdadeiro)
O valor real do dinheiro não é fixo
, embora seu valor nominal seja. (Ex: 1 doce = US$1 hoje. Amanhã, 1 doce = U$ 0,50. --> Hoje, o dólar vale 1 doce. Amanhã, vale 2 doces)
A taxa de juros cai, o que estimula a demanda por bens de investimento
Nível de preços e investimento: efeito taxa de juros
- nível de preços mais baixo reduz a taxa de juros, fomenta gasto maior com investimento e, com isso,
aumenta a qtd demandada de bens e serviços
->
Quando o nível de preços cai, as famílias podem tentar diminuir a sua retenção de moeda, via investimento
(tá sobrando, posso investir) --> poupança rendendo juros, compra de títulos rendendo juros...
->
À medida que as famílias investem rendendo juros, a taxa de juros é empurrada pra baixo
(melhor análise cap 34)
Consequências taxa de juros baixa
Taxa de juros baixa -> empréstimos mais baratos ->
investimento em produção
Taxa de juros baixa -> pode estimular o consumo, especialmente de bens duráveis, como carro, porque geralmente são financiados.
A TAXA DE JUROS BAIXA AUMENTA A QTD DEMANDADA DE BENS E SERVIÇOS
-> Nível de preços: determinante na qtd demandada de moeda. Qto menor o preço, menos moeda as famílias demandarão para comprar os bens e serviços que desejam.
A moeda se deprecia, o que estimula a demanda por exportações líquidas
NÍVEL DE PREÇOS E EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS: efeito taxa de câmbio
taxa de juros baixa no país -> investidores buscam outros países pra investir -> aumenta a demanda de moeda estrangeira ->
depreciação da moeda nacional
(aumento da taxa de câmbio)
-> estímulo às exportações e contenção das importações ->
aumento das exportações líquidas
->
aumento da demanda por bens e serviços
aumento da demanda de moeda estrangeira: lembrar exemplo tentativa de converter dólares em euros para investir na ALE, por ex.
O INVERSO TB É VDD
. Preços altos:
Diminuem o gasto do consumidor
Aumentam a taxa de juros, diminuindo a despesa de investimento
Apreciação da moeda diminui as exportações líquidas
MODELO DE OFERTA E DEMANDA AGREGADA
Atenção:
o modelo de oferta e demanda agregada não é a mesma coisa que o modelo oferta/demanda simples. Funciona de maneira diferente, pois reflete a oferta/demanda de TODOS os bens e serviços, em TODOS os mercados
Concentra-se no comportamento de 2 variáveis:
1) Produção de bens e serviços na economia (PIB real) - que é uma variável real
2) Nível geral de preços - que é uma variável nominal
OFERTA AGREGADA
Curva de oferta agregada:
qtd de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a um nível de preços dado
No curto prazo: inclinação positiva
No longo prazo: curva VERTICAL (qtd é a mesma, independente do nível de preços)
No longo prazo, aplica-se a teoria da
neutralidade monetária
:
o que define a qtd produzida serão as variáveis reais (trabalho, recursos naturais, tecnologia)
, e não as nominais (nível de preço)
Taxa natural de produção / produto potencial / produto de pleno emprego: produção de bens e serviços que uma economia realiza no longo prazo, quando o desemprego está em sua taxa normal
DESLOCAMENTO DA CURVA NO LONGO PRAZO
: decorrente de mudanças na economia que alterem sua taxa natural de produção - lógica básica:
o aumento de qualquer tipo de capital elevará a capacidade da economia de produzir bens e serviços
Deslocamentos decorrentes de alterações no fator TRABALHO:
Aumento de oferta de trabalhadores na economia (ex: por imigração):
aumenta a qtd de bens e serviços ofertada - desloca a curva para a direita
. Inverso é verdadeiro.
Aumento do desemprego ->
diminuição na qtd de bens e serviços ofertados. Desloca a curva de oferta para a esquerda.
Inverso é verdadeiro
Deslocamentos decorrentes de alterações no fator CAPITAL
mais tecnologia -> mais produtividade -> curva se desloca para a direita no longo prazo. Inverso é verdadeiro.
Deslocamentos decorrentes de altrerações nos recursos naturais (terra, minerais, clima...)
A descoberta de um novo depósito de minerais desloca a curva para a direita
Mudanças climáticas que afetem a capacidade produtiva da agricultura deslocam a curva para esquerda
Importações de recursos naturais (ex: petróleo) tb podem deslocar a curva no longo prazo
Deslocamentos decorrentes de alterações no nível de conhecimento tecnológico
Avanço no conhecimento tecnológico desloca a curva para a direita no longo prazo
POR QUE A CURVA DE OFERTA AGREGADA É POSITIVA NO CURTO PRAZO
? desvios temporários em relação às tendências contínuas de longo prazo de crescimento da produção e inflação. 3 TEORIAS que se baseiam na
EXPECTATIVA
- O NÍVEL DE PREÇOS IMPORTA NO CURTO PRAZO
Teoria dos salários rígidos
(+ importante): salários se ajustam lentamente às flutuações econômicas
Um nível de preços abaixo do esperado eleva o salário real, fazendo com que as empresas empreguem menos trabalhadores e produzam menos bens e serviços
Ex: empresa fecha contrato com um trabalhador por 3 anos, p/ produzir a $20 a hora, esperando que o nível de preços será $100. O nível de preços acaba sendo apenas $80 - empresa está lucrando menos do que esperava, mas o salário permanece a $20.
Empresa reduzirá o número de contratações de trabalhadores e produzirá menos
. Inverso é verdadeiro.
Teoria dos preços rígidos
: o preço de alguns bens e serviços se ajustam lentamente às flutuações econômicas
Por causa dos
custos de menu
, algumas empresas ficam com o preço acima do esperado. Com isso, suas vendas são deprimidas e elas realizam cortes na produção.
Custos de menu: custos adicionais para fazer a mudança de preço - ex: imprimir novos catálogos, trocar etiquetas de preço etc.
Então, a empresa anuncia seus preços, baseados em sua expectativa. O nível de preços cai por alguma flutuação na economia. Por não querer incorrer em custos de menu, a empresa não ajusta seus preços automaticamente. Com isso, seu preço estará elevado demais e ela perderá vendas. Corta em produção.
Inverso é verdadeiro.
Teoria das percepções equivocadas:
um nível de preço baixo pode induzir os produtores a achar que o rendimento daquele mercado (e apenas daquele) está baixo e, com isso, fazê-los diminuir a produção.
Nesse cenário, o produtor pensa que seus preços relativos caíram - ou seja: que o preço de seu produto, comparado a produtos de outros mercados, está mais baixo. Com isso, diminui a produção. Mas é um equívoco: na realidade, todos os produtos baixaram de preço.
Inverso é verdadeiro
POR QUE A CURVA DE OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO SE DESLOCA
Mesmos fatores de longo prazo (trabalho, capital, recursos naturais e conhecimento tecnológico) +
expectativa qto ao nível de preços
Se o nível geral de preços esperado está ALTO, os custos das empresas são maiores, A OFERTA CAI. (curva se desloca para a esquerda)
Se o nível geral de preços está BAIXO, os custos das empresas são menores. CURVA SE DESLOCA PARA A DIREITA.
DUAS CAUSAS DAS FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS
DESLOCAMENTO NA DEMANDA AGREGADA (ler p. 581 e 582)
Pessimismo atinge o mercado por alguma razão (escândalos políticos, crash na bolsa etc). Famílias reduzem suas despesas e adiam grandes compras. Demanda agregada cai.
Demanda agregada cai -> preço cai. Deslocamento do ponto de equilíbrio ao longo da curva de oferta de P1 p/ P2.
A queda nos preços assusta as pessoas por um primeiro momento, mas depois suas expectativas se ajustam ao novo nível de preços, mais baixo. Com isso, salários mais baixos, menos custos. Deslocamento da curva da oferta p/ direita.
No longo prazo,
uma alteração na demnada agregada causará uma alteração no nível de preços, mas não na produção
DESLOCAMENTO NA OFERTA AGREGADA (tipo ideal, considerando apenas desloc. na oferta. Na prática, mto mais complexo pq a demanda tb reage)
Um evento inesperado leva ao aumento dos custos das empresas. (ex: elevação no custo do petróleo)
Custos de produção mais altos -> aumento de preços e diminuição na produção
Economia entra em cenário de
estagflação
: queda na produção e aumento de preços
No longo prazo:
qto maior o desemprego, menor o poder de barganha dos trabalhadores. Os salários nominais voltam a cair e a produção se torna mais lucrativa. Aumento na oferta. Redução nos preços.
Economia retorna ao ponto de origem.
ESPIRAL DE PREÇOS E SALÁRIOS
: com preços mais altos na economia -> salários aumentam. Salários aumentam -> custos aumentam -> queda ainda maior na oferta -> preços ainda mais altos.