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Sífilis - Coggle Diagram
Sífilis
Caraterísticas gerais
Sífilis congênita
Manifestações comuns - Lesões dermatológicas, rinite sero-sanguinolenta, tíbia em sabre e
dentes de Hutchinson
Assintomática ou diagnóstico diferencial com TORCHS (Toxoplasmose, Outras doenças, Rubéola, CMV e Herpes) :pencil2:
Complicações --> Morte intra-uterina, neonatal, prematuridade,
História Natural da doença
Sífilis secundária
(após 3-12 semanas) --> disseminação da bactéria pelo corpo, lesões dermatológicas são comuns.
Regressão espontânea
Sífilis latente inicial
--> Após 4 a 12 semanas sem manifestação clínica
Sífilis primária
(após 10-90 dias) --> lesão indolor, ulcerada, bordas irregulares e dura
(cranco duro)
, com fundo limpo, geralmente no local de inoculação da bactéria.
Regressão Espontânea
Sífilis latente tardia
--> mais de 1 anos após o contato sem manifestações clínicas
Sífilis terciária
--> Acontece em 1/3 dos paciente. A
neurossífilis
é a apresentação mais comum
Transmissão
Transmissível nas fases primária, secundária e latente
Nas gestantes, é transmissível em todas as fases (primária, secundária, latente inicial, latente tardia e terciária)
Etiologia: T. pallidum principalmente --> Não cultivável e o homem é o único hospedeiro natural
IST curável --> Penicilina ou outro antibiótico
Infecção sistêmica crônica com períodos ativo interrompidos por períodos de latência
Controle e tratamento
Diminuição de 4x nos títulos em 6 meses após tratamento = cura
Diminuição de 8x nos títulos em 12 meses após tratamento = cura
Para acompanhamento, utiliza-se o VDLR
Rastreamento nas gestantes
Outro VDRL ou RPR no início do terceiro trimestre (entre 28º e 30º semana)
VDRL ou RPR ou Teste rápido no momento do parto
VDRL ou RPR na primeiro trimestre ou na primeira consulta pré-natal
Na ausência de testes confirmatórios (sorologia treponêmica) considerar para o diagnóstico as gestantes com VDRL (RPR) reagentes, com qualquer titulação, desde que não tratadas anteriormente
Testes diagnósticos
Teste bacteriológico (direto)
Teste negativo não exclui a doença, mas o positivo confirma
Pode ser feito nas lesões primárias, secundárias e na sífilis congênita
Positividade depende de vários fatores - coleta, transporte, examinador e fase da doença
Fase da doença - deve haver bactérias na lesão
Não é possível fazer cultura
Método - Microscopia de campo escuro (mostra a espiroqueta na lâmina e seu movimento específico)
Pesquisa do treponema na lesão
Teste sorológico não treponêmico
Teste
O título cai após cura, falha terapêutica e reinfecção
Por que quantificar o título?
Resultados maiores que 1:16 tem alto VPP para sífilis
Falsos-positivos ocorrem em titulações baixas (<1:8)
Quanto maior o título, maior a quantidade de AA na amostra
Se a amostra for reagente, fazer a diluição até que não ocorra mais floculação --> A última diluição em que ocorreu floculação é o
título
do paciente.
Amostra de soro + Ag de cardiolipina --> Se houver VLDR ocorre floculação (avaliação no microscópio)
Ao contrário dos anticorpos específicos, o VDRL cai com a progressão da doença (na fase de latência e terciária) e com o tratamento e cura.
A concentração cai com o tratamento até a sua negativação -->
ótimo para controle de cura
VDRL falso positivo
Causas infecciosas
- Pneumonia pneumocócica, endocardite bacteriana, malária, leptospirose, cancro mole, tuberculose, doença de chagas, HIV, mononucleose e hepatites virais.
Causa não-infecciosas
- Gravidez, hepatopatia crônica, câncer avançado, uso de drogas injetáveis, idade avançada, LES, múltiplas transfusões sanguíneas, erro técnico
Sensível, mas pouco específico
VDRL falso negativo
Resposta humoral com excesso de anticorpos (alguns pacientes)
A diluição da amostra reduz a concentração de anticorpos
Fenômeno de Prozona
- principalmente na sífilis secundária :pencil2: --> Por isso, em todos os testes não treponêmicos qualitativos deve-se utilizar a amostra pura e a mesma diluída em 1/8
Sífilis terciária - neurosífilis
Infecção muito no início da fase primária
Detecta anticorpos contra os antígenos não específicos do treponema (
cardiolipina
) --> Anticorpos anti-cardiolipina (
VDRL
) - Não são específicos contra o T.pallidum
Pode ser usado também o teste RPR --> Funciona como o VRDL. Contudo, pode-se ver a olho nu, visto que se faz uso de carvão ativado.
Testes Confirmatórios
Teste sorológico treponêmico
São testes confirmatórios em casos de VDRL positivos
Uma vez positivos, esses anticorpos específicos são detectáveis para o resto da vida, mesmo após o tratamento e cura
Tipos
Quimioluminescência
O método é muito similar ao ELISA, contudo, a conversão do substrato pela enzima acarreta na liberação de luz.
O produto final da reação é luz quimioluminescente obtida através de substrato específico
Reação sorológica mais sensível para o diagnóstico da sífilis
Hemaglutinação
ELISA
Teste: Fase sólida (Ag T.pallidum) + anticorpos antitreponema na amostra do paciente (se tiver) + anticorpos anti-imunoglobulina humana ligado à enzima + substrato (após a lavagem) --> mudança de cor = resultado positivo
A intensidade da cor é proporcional a quantidade de anticorpos presentes na amostra -->
Semi-quantitativo
Tem mais especificidade por usar antígenos recombinantes na fase sólida
Teste rápido
Amostra - Sangue total, soro e plasma
Teste imunocromatrográfico
Pode-se usar o DPP e o de fluxo lateral, por exemplo
Imunofluorescência indireta
Reação qualitativa
Lâmina - T.pallidum fixado + anticorpo antitreponema na amostra do paciente (se tiver) + anti-imunoglobulina humana conjugada com fluoresceína --> emissão de luz = resultado positivo
Uso de microscópico óptico com luz ultravioleta
FTA ABS (Fluorescent Treponemal Antibodies) -
Padrão ouro
Detecta anticorpos contra antígenos específicos do T. pallidum
Falso-positivo - os mesmo do VDRL
Não são utilizados para controle de tratamento
(antígenos específicos persistem por toda a vida)
Sensibilidade e especificidade elevados
Falso negativo - Início da doença
Sífilis congênita (diagnóstico)
Presença de treponemas nas lesões
Pesquisa de IgM --> Falso positivo (Ex.: fator reumatóide) e falso negativo (Ex.: competição com IgG)
Teste treponêmico positivo após 18 meses de idade --> IgG anti T.pallidum materno já desapareceu. :pencil2:
VDRL reativo após 6 meses de vida --> Anticorpos maternos já foram clareados :pencil2:
Acompanhamento do recém nascido com VDRL quantitativo --> Se títulos ascendentes --> doença
VDRL reativo do recém-nascido maior ou igual a 4x o título da mãe
Diagnóstico Sorológico
Fluxograma tradicional
VDRL positivo + T. treponêmico positivo = Alto VPP
VDRL pode estar não reagente (janela sorológica) na sífilis primária e terciária
Triagem
--> VDRL ;
Confirmatório
--> teste treponêmico
Fluxograma invertido
Se teste treponêmico negativo
--> Ausência de infecção
Se teste treponêmico positivo
--> O paciente tem ou teve sífilis --> dosar VLDR
VLDR positivo --> Paciente com sífilis
VLDR negativo --> paciente curada (ver história), sífilis terciária assintomática ou teste treponêmico falso-positivo
Triagem
--> T. treponêmico (teste rápido, elisa, FTA ABS...)