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Escritos de Educação - BOURDIEU - Coggle Diagram
Escritos de Educação - BOURDIEU
Capital Social
Agrupamento de relações interpessoais com base material e simbólica que reúne em si aqueles interessados em beneficiarem-se do capital comumente multiplicado entre os elementos pertencentes a aquele círculo.
Por vezes motiva os indivíduos a buscarem meios de fortalecer as bases dessas relações cada vez mais através de uma seletividade quanto aos seus membros e seus limites, que se moldam constantemente em uma relação dialética de sua utilidade para aqueles que entram ou saem daquele grupo.
Institucionaliza-se com base nas relações materiais já estabelecidas e busca homogeneizar coercitivamente seus membros em busca da concentração progressiva do capital social e para tanto da influência dos partícipes do grupo nas estruturas interpessoais das quais fazem parte, e nas quais podem exercer a força da coesão simbólica ou material de seu grupo.
A divisão da capacidade de manejamento do capital social dentro de um determinado grupo é determinada pelas avaliações individuais de seus partícipes, quanto à aqueles integrantes considerados mais capazes de defender e expandir a influência e a coesão do grupo, gerando assim relações de distribuição desiguais em suas relações internas.
Inseparável das condições materiais que moldam a vida e a sensibilidade dos indivíduos.
Detém em si um viés utilitário no que se refere a produzir uma solidariedade interna do grupo que não apenas os mantenha interligados por seus valores comuns, como também pela intersecção de suas habilidades laborais ou sociais, ou suas capacidade aquisitivas, de modo a proporcionar uma troca de benefício mútuo aos partícipes destas relações.
Estados do Capital Cultural
Estado Incorporado
Requer trabalho subjetivo, individual, processual e introspectivo.
Não se transmite de maneira atávica, ou prontamente material, uma vez que se manifesta também simbolicamente na constituição intelectual consciente do indivíduo conforme suas particularidades.
Passa de um "ter" para um "ser" ao momento em que o sujeito cultiva em si de maneira tão radical os valores e as competências peculiares a detenção daquele determinado capital, que estas concepções ainda que imateriais incorporam-se a sua maneira de existir em meio a sociedade.
Estado Objetivado
Quando o capital cultural mais se aproxima do econômico, sintetizando simbolicamente uma gama de propriedades intelectuais a uma determinada obra.
Pode ser transmitido materialmente ou apropriado através da comercialização, uma vez que representa de forma autônoma e irredutível as forças motrizes do processo histórico que desencadearam sua origem material.
Confere p0or vezes, ao seu detentor, seja ele indivíduo ou grupo, a representação ideal dos valores defendidos pelas circunstâncias de sua origem, podendo ser utilizado para documentar ou até mesmo legitimar um determinado fato ou processo histórico.
Estado Institucionalizado
Vale-se da convenção social coletiva, uma vez que busca superar as limitações biológicas impostas pelo capital incorporado a um determinado indivíduo.
Busca a validação de suas concepções em processos sociais comuns e que convencionem em si a manutenção de um determinado status quo, ou então de uma perspectiva ideológica norteadora de seu grupo.
Dá ao capital cultural um viés de reconhecimento jurídico e laboral direto, embasado nas estruturas de poder estabelecidas nas relações macro sociais de poder, como por exemplo o Estado.