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A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA ABORDAGEM DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO…
A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA ABORDAGEM DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO
TCI: método de roda de conversa criado pelo Prof. Dr. Adalberto Barreto (1987 - Fortaleza/CE)
Espaço comunitário de acolhimento: “as pessoas se posicionam de forma horizontal e circular, lado a lado, para uma partilha de seus sofrimentos, experiências de vida, sabedorias, problemas, situações difíceis, vitórias e superações”.
PILARES TEÓRICOS DA TCI
3. Antropologia Cultural
Cada cultura deve ser definida por sua própria história particular
Final do século XX na antropologia se marcou pela observação do insucesso de esquemas globalizantes e pela existência de um novo modelo de discussão entre recursos e ideais no contexto multicultural.
**2. Teoria da Comunicação
AXIOMAS:
Toda a comunicação tem dois fatores: o conteúdo e a relação e, portanto, não significa apenas uma transferência de conteúdo (informação), mas também como se comporta o destinatário com a informação;
Toda comunicação depende da pontuação, que define uma sequência a ser seguida e organiza os conteúdos;
A comunicação pode ser digital (comunicação verbal) ou analógica (comunicação não-verbal) que são complementares ou contraditórias;
A comunicação pode ser:
Simétrica: os interlocutores partilham uma igualdade de relação
Complementar: os interlocutores têm uma relação de diferença, que pode ocorrer por um contexto social ou cultural
ATENÇÃO! O terapeuta deve compreender a importância da clareza e da sinceridade na comunicação, como um instrumento de crescimento e transformação pessoal e coletiva
É impossível não comunicar - isso significa que mesmo que as pessoas não falem, todos os comportamentos e ações têm valor de comunicação;
4. Pedagogia de Paulo Freire
A educação é um diálogo onde educador aprende como educando e vice-versa (na TCI o terapeuta tem características similares a um educador)
que a pessoa não é um ser passivo diante do aprendizado.
1. Pensamento Sistêmico
Movimento científico: os organismos vivos são sistemas abertos, que interagem num fluxo contínuo de matéria e energia provenientes e devolvidas ao meio ambiente;
Conceito de sistema: complexo de elementos em interação/relação e interdependentes (natureza biológica, física e social)
Busca de soluções para os problemas de forma conjunta para os problemas trazidos pelos participantes
5. Resiliência
capacidade de cada participante de transformar as dificuldades experimentadas na vida em superações
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
todos os participantes podem dirigir perguntas a essa pessoa a fim de que fique mais claro qual é a essência do problema, a emoção envolvida. O terapeuta atento vai coletando palavras-chave do relato para construção de um mote
5. ENCERRAMENTO
as pessoas são chamadas para formar uma roda abraçadas num movimento de suave balanço. O terapeuta verbaliza o que foi positivo na história de cada pessoa que contribuiu com falas na roda. O grupo é então solicitado que traga para o grupo o que cada um aprendeu, ou com o que se emocionou, indicando as pessoas que lhe trouxeram tal reflexão. Termina-se com as despedidas e geralmente abraços entre os participantes
6. APRECIAÇÃO
realizada com o grupo que coordenou a roda, para refletir sobre o desempenho da roda, apontar pontos fortes e críticas construtivas para aprendizado
1. ACOLHIMENTO
Seguem-se então celebrações da vida e de conquistas dos participantes
Explica-se nesse momento de maneira breve o objetivo da TCI e as regras da roda: (1) fazer silêncio para poder ouvir quem está falando, (2) falar da própria experiência, usando a primeira pessoa do singular – eu, (3) não dar conselhos, não fazer discursos ou sermões, (4) oferecer ao grupo músicas, piadas, provérbios ou poesias relacionadas ao tema sendo discutido
é realizada uma recepção com boas vindas e músicas para acolher os participantes que chegam
atividade de aquecimento
geralmente feito pelo coterapeuta
coterapeuta apresenta o terapeuta
4. PROBLEMATIZAÇÃO
O participante que teve o trema escolhido é orientado a se recolher e escutar as contribuições do grupo, sem que ninguém se dirija diretamente a ele. O grupo responde ao mote escolhido, que geralmente engloba uma palavra-chave ou emoção percebida na Contextualização. O mote deve ser generalizado, para que mais pessoas se identifiquem e respondam com suas vivências de superação de situações semelhantes
2. ESCOLHA DO TEMA
A pessoa com o tema mais votado é selecionada para falar mais sobre o problema na etapa da Contextualização
o terapeuta convida os participantes a falarem de maneira resumida suas angústias, problemas e inquietações, salientando a importância de falar para não adoecer
Após alguns falarem, é aberta uma votação no grupo para que cada um vote no tema com o qual mais se identificou
O terapeuta se certifica se entendeu o principal do tema trazido pela pessoa e após alguns participantes falarem, pergunta-se ao restante dos presentes quais se identificaram com os temas e por quê