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Joseph Schumpeter joseph-schumpeter-ii.jpg - Coggle Diagram

- - - - Mudança relativa aos dados naturais
        
        As mudanças espontâneas e descontinuas no canal do fluxo circular e as correspondentes perturbações do centro de equilíbrio têm efeito na esfera da vida industrial e comercial e não na esfera das necessidades dos consumidores finais. Devemos entender estas mudanças espontâneas e descontinuas no gosto dos consumidores, como uma mudança relativa aos dados naturais. Dessa forma esta não requer nenhum método novo de tratamento, razão pela qual desprezamos qualquer espontaneidade das necessidades que possa existir de facto.
      - Ótica de posição económica
        
        Apesar deste desprezo referido anteriormente, Schumpeter realça que numa ótica de posição económica e na teria do fluxo circular é importante a análise da satisfação das necessidades uma vez que estas são o fim de toda a produção. Ou seja o produtor é que inicia na grande maioria dos casos a mudança económica e consumidores são educados por ele a querer coisas novas (produtos que diferem dos que anteriormente usavam).
    - - Criticas a teorias / introdução de um novo produto
        
        De seguida Schumpeter explicita as consequências da introdução de um novo produto: -Para uma sociedade socialista estas as consequências estão ausentes ao nível económico e são inexistentes ao nível social. -Para uma sociedade baseada na concorrência a introdução de um novo produto tem uma importância estrema visto que é devido a este processo que as famílias ascendem e decaem economicamente (concorrência entre empresas). Este acontecimento também pode estar na origem da formação de fortunas privadas, mais concretamente, monopólios
      - Crescimento e desenvolvimento
        
        Para explicar a diferença entre crescimento e desenvolvimento Schumpeter começa por dar o exemplo da produção de um produto: produzir significa combinar materiais e forças que estão ao nosso alcance de forma diferente à do produto anterior, na medida em que estas novas combinações possam diferenciar-se, do produto anterior. Portanto quando falamos de desenvolvimento, referimo-nos à perturbação do equilíbrio caracterizada pela inovação.
        Cinco exemplos de desenvolvimento explicitados por Schumpeter:
        
        Introdução de um novo bem - bem com que os consumidores não estão familiarizados
        
        Introdução de um novo método de produção, que não tenha sido testado pela experiência no ramo da industria de transformação correspondente
        
        Abertura de um mercado que não existia antes
        
        Conquista de uma nova fonte de matérias primas ou de bens semimanufaturados
        
        Estabelecimento de uma nova organização de qualquer industria, como a criação ou fragmentação de uma posição de monopólio
        
        Por outro lado quando de falamos de crescimento referimo-nos à busca pelo equilíbrio, alterações contínuas, quantitativo e estático.
    - - Outros aspetos do crédito
        
        O credito força o seu caminho dentro do fluxo circular de 2 formas:
        
        Originalmente para a fundação das empresas que hoje são antigas.
        
        O mecanismo do credito uma vez em funcionamento apodera-se também das combinações antigas, através do juro produtivo (abordado neste livro de Schumpter no capitulo V). Quando se fala de credito é sempre uma questão de não transformar o poder de compra que já existe em alguém, mas sim da criação de poder de compra a partir do nada que se adiciona à circulação existente.
        Este poder de compra é de tal forma “criado” do nada, que as garantias do contrato do credito não são elas próprias meio circulante.
        Os destinos do credito são variados sendo alguns exemplos a entrada sobre a forma de dinheiro no comercio, seja para pagar salários, seja para capacitar àqueles a quem compram os serviços produtivos, a obter acesso imediato ao mercado de bens de consumo.
      - Banqueiros
        
        Importância / características
        
        O ultimo tópico mencionado por Schumpeter nesta parte III do capitulo 2, relacionado com o credito, é então o banqueiro. Para ele este não é apenas um intermediário da mercadoria, mas sim um produtor dessa mercadoria. Visto que toda a poupança, fundos de reserva, e demanda do poder livre de compra é lhe confiada, o banqueiro tornou-se o capitalista par excellence. Características do banqueiro: - Fenómeno de desenvolvimento quando nehuma autoridade central dirige o processo social (caso das sociedades socialistas). -Torna possível a formação de combinações novas. -É o éforo da economia de trocas; (Éforo é um termo relativo aos líderes da antiga Espanha que compartilhavam do poder com os reis de Esparta; cinco éforos eram eleitos anualmente, e juravam em nome da cidade)
      - Forma de obtenção de financiamento
        
        O próximo linha do raciocínio de Schumpeter está relacionado com a forma como obtemos os meios de produção necessários para a realização de novas combinações. Como resposta é nos apresentado o credito, que funciona como o alimento para o desenvolvimento económico visto proporcionar a oportunidade de inovação. Para Schumpeter mesmo que estejamos a falar do maior dos cartéis, este deve recorrer ao credito e não ao retornos da produção anterior. Fornecer este credito é a função daquela categoria de indivíduos a que chamamos de capitalistas, ou seja, este deve forçar o sistema económico a seguir por novos canais e a colocar os seus meios ao serviço de novos fins. Para realçar a importância deste meio de financiamento Schumpeter enuncia que sem o credito a estrutura da indústria moderna não seria como é atualmente (nota que este atualmente refere-se à época da vida dele - século XX) . Outro aspeto positivo do crédito é tornar os indivíduos de certa forma independentes dos bens herdados visto que podem obter bens que não possuem, em troca de dividas, mas sempre com o sucesso como objetivo.
- - - - A vida económica
        
        Posição de equilíbrio
        
        Acredita-se haver durante o fluxo económico uma tendência para uma posição de equilíbrio que se adapta aos dados existentes em qualquer momento, alterando o preço e a quantidade dos bens, consequentemente. Essa “luta” para o estado ideal de equilíbrio do sistema económico (considerado inatingível por Schumpeter) muda consoante a mudança dos dados.
        
        Mudança / Desenvolvimento
        
        Contudo pode experienciar também mudanças que surgem dentro da própria esfera económica capazes de mudar o curso tradicional do fluxo. Para Schumpeter se o desenvolvimento ou mudança não surgir desta forma (derivado da própria esfera económica), então o desenvolvimento surge apenas do arrastado das mudanças do mundo à sua volta, não podendo ser caracterizadas por desenvolvimento económico ou explicada pela economia. Esse desenvolvimento surge a partir das condições insustentáveis do ciclo económico anterior. Isto significa que o processo de desenvolvimento cria os pré-requisitos para o desenvolvimento seguinte.
        
        Introdução ao tópico
        
        A vida económica é um fluxo circular correndo essencialmente pelos mesmos “canais” ano após ano, ciclo este que experimenta mudanças continuamente e dentro de um limite, tais como, mudanças não sociais (condições naturais) ou mudanças sociais não económicas (guerra, política).
        
        Teorias económicas
        
        Setor económico
        
        O setor económico está sujeito a uma grande variedade de teorias explicativas. A teoria econômica no sentido tradicional não tem quase nada a contribuir quando se pretende tornar "inteligível" (claro) o desenvolvimento económico ou o seu resultado histórico. Tal deve-se ao facto da conexão histórica ser bastante complicada sendo necessário métodos de interpretação que vão mais além dos poderes analíticos do homem comum.
        
        Metafísica
        
        Schumpeter dá, então, lugar à metafísica (conhecimento do que não é material) criticando outros autores que têm em conta apenas o racionalismo. Desta forma, dando lugar à metafísica, as teorias evolucionistas foram desacreditadas pelo seu alegado “misticismo não-específico e extra científico" e pelo seu "diletantismo" (algo desenvolvido sem cuidado). Schumpeter pretendia, com a sua teoria económica, encontrar respostas para perguntas como: “Como acontecem as mudanças económicas" e “Quais os factores económicos que as ocasionam”.
        
        Introdução ao tópico
        
        O desenvolvimento económico é o objeto da história económica que por sua vez é apenas uma parte da história universal. Por isso, não é possível explicar o desenvolvimento económico considerando apenas condições económicas prévias. É necessário ter em conta a situação total precedente, especialmente ter em atenção os comportamentos não económicos da sociedade, uma vez que estes afetam indiretamente a economia.
- - - - Definição (Schumpeter)
        
        Schumpeter distingue o empresário do capitalista, sendo o último visto como proprietário de dinheiro, de direitos ao dinheiro, ou de bens materiais. Da mesma forma é levantado o termo “acionista”, este em, condições comuns, trata-se de um empresário, podendo-se deduzir assim que empresário não é aquele que corre riscos. Uma vez que o empresário não tem lucro nem prejuízo no fluxo circular este não exerce nenhuma função de tipologia especial no entanto, existem dirigentes de um tipo diferente, e portanto é essencial distinguir estas duas funções.
      - Definição (outros filósofos)
        
        Outros filósofos conceberam definições para empresários que o autor acaba por refutar: para Say a função do empresário é combinar os fatores produtivos, quando estas combinações são realizadas pela primeira vez vão de encontro à definição de empresário que nos é apresentada na obra; para Mataja o empresário é quem recebe lucro, para esta idealização ir de encontro à de Schumpeter é necessário acrescentar que não há nenhum lucro no fluxo circular.
      - Função e conceção
        
        Um empresário pode ocupar varias funções: muitas vezes é o seu próprio agente de vendas, o chefe de seu escritório, diretor de pessoal, e, às vezes, seu próprio consultor legal.
        O empresário é responsável por montar o negócio sendo o dirigente responsável pela gestão/direção do mesmo. Os empresários não são uma classe distinta mas o seu sucesso pode levar a uma ascensão da classe social, que não pode ser herdada. A conceção de empresário pode ser baseada em tres partes:1. Oposição de dois processos reais: o fluxo circular ou a tendência para o equilíbrio, por um lado, uma mudança dos canais da rotina econômica ou uma mudança espontânea nos dados econômicos 2. Oposição de dois aparatos teóricos: o estático e o dinâmico 3. Oposição de dois tipos de conduta: os meros administradores e os empresários.
    - - Método de produção / tarefas
        
        Um negócio não pode nunca ser absolutamente perfeito, pode, no entanto, com o tempo, aproximar-se de uma relativa perfeição. O melhor método de produção é “o mais vantajoso dentre os métodos que foram testados empiricamente”, no entanto pode não ser o “melhor” dos métodos “possíveis”. Seria necessária uma sabedoria imensa se fôssemos obrigados a inventar tudo o que se sabe ou usa. As tarefas que, naturalmente, deveriam ser as mais complexas são na realidade as mais simples. Assim, a função de dirigir outras pessoas, embora ainda necessária, é um mero “trabalho”, desde que se tenha saude mental qualquer um pode executá-la. A existência de uma rotina faz com que a função diretiva do diretor sirva meramente para corrigir as aberrações individuais.
      - Dificuldades de trabalho
        
        Apesar da existência de toda esta automatização, não é suficiente para tornar a rotina leve, criando se elementos novos para reduzir as dificuldades do trabalho. A natureza desta dificuldades reside em três pontos: 1.Há coisas que devem permanecer incertas, outras que devem ser determinadas dentro de limites amplos e outras que talvez possam ser adivinhadas. 2. Psique do próprio homem de negócios: não apenas é objetivamente mais difícil fazer algo novo do que fazer o que é conhecido e testado pela experiência, mas o indivíduo sente se relutante a fazê-lo e assim seria mesmo que as dificuldades objetivas não existissem. 3. Reação/ objeção da sociedade à inovação/mudança de métodos
      - Liderança - motivação do empresário
        
        O problema específico da liderança surge e a figura do líder aparece apenas quando novas possibilidades se apresentam. Não é parte de sua função “descobrir” ou “criar” novas possibilidades “assumir as coisas”, sem o qual as possibilidades estão mortas, que consiste a função do líder.
        A ação do empresário (ação económica) está acompanhada de um desejo- o desejo da satisfação das necessidades. Existência do sonho e do desejo de fundar um “reino privado”, no entanto a sensação de poder e de independência é apenas um ilusão. Posteriormente existe então o “desejo de conquistar” que é baseado em vários impulsos (impulso para lutar, para provar-se superior aos outros, para o próprio sucesso). Refere o resultado financeiro de uma ação como algo secundário que é apenas um “índice de sucesso e sinal de vitória”, pois é mais importante a exibição dos mesmos do que propriamente do desejo. Por último, refere a “alegria de criar, de fazer as coisas” como algo que permite ao empresário exercitar a mente e a energia de que dispõe e das aptidões que tem para criar algo