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Sindrome do desconforto respiratorio - Coggle Diagram
Sindrome do desconforto respiratorio
Caso Clinico
Recem nascido, prematuro, pesando 950g
Apresentava muito cansaço e com gemencia
Levado para UTI, onde precisou de oferta de O2
Feito surfactante para amadurecimento dos pulmoes
Respirava com ajuda de CPAP
Fisiopatologia
O surfactante alveolar e produzido a partir da 20 semana de gestação pelos pneumocitos tipo 2, tendo sua produção aumentada de forma progressiva no decorrer da gestacao, com pico na 35 semana.
A principal função do surfactante e diminuir a tensão superficial na interface ar-liquido alveolar e nos bronquiolos distais, garantindo adequada expansão pulmonar e evitando colapso pulmonar, alem de ser importante na defesa pulmonar.
Dessa forma, sua deficiencia aumenta a tensao superficial e forca de retacao elastica, acarretando em instabilidade alveolar e atelectasias progressivas. Essas atelectasias causam diminuição da relação ventilação/perfusao, aumentando assim o shunt intrapulmonar, que leva a hipoxemia e acidose.
Outro fator e o aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar que se observa em RN pre-termo, aumentando quantidade de liquido pulmonar. Dessa forma, ocorre uma diminuição da complacência pulmonar e inativação do surfactante presente na superfície alveolar.
Definição
A síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), também conhecido como Doença da Membrana Hialina (DMH) e uma doença que frequentemente acomete recém-nascidos pre-termo, principalmentecom menos de 28 semanas.
Epidemiologia
Mais comum em RN abaixo de 30 semanas
Baixo peso, menor que 2500g
No mundo, a cada dez nascimentos, três ou mais são prematuros e, aproximadamente, 2% apresentam baixo peso, menor que 2500g.
Fatores de Risco
Prematuridade
Diabetes materna
Sexo masculino
Historia de SDR em irmaos
Malformacoes torácicas que causam hipoplasia pulmonar (hernia diafragmatica)
Cesarea eletiva
Anoxia/asfixia neonatal
Diagnostico
Manifestações clinicas + historia materna + radiologia sugestivel
Clinica:
Sinais de insuficiência respiratoria nas primeiras 72 horas, como taquipneia ou bradpenia, gemencia, cianose em ar ambiente, batimento de aletas nasais, tiragem intercostal e retração esternal e crises de apneia.
Radiologico:
Na radiografia de tórax veremos a presença de broncogramas aéreos e aumento de liquido pulmonar, alem da presença de infiltrado retículo-granular difuso de interinidade variada, classificada em graus:
Grau 1 - leve: broncograms aéreos minimos, com visualização completa da área cardíaca;
Grau 2 - moderado: broncogramas aéreos se estendem para fora do mediastino, mantendo a visualização completa da área cardíaca
Grau 3 - grave: broncogramas aéreos se estendem para fora do mediastino e alcançam a periferia. Nesse grau a área cardíaca torna-se pouco perceptível;
Grau 4 - opacidade total: opacificação total dos campos pulmonares, sem visualização da área cardíaca
Diagnosticos diferenciais principais:
Taquipneia transitoria do RN ou sindrome do pullman umido
Pneumonias
Persistencia da circulação fetal (PCF)
Sindorme da aspiração meconial (SAM)
Cardiopatias congentias
Manejo
Medidas de suporte ao paciente afim de garantir a oxigenação adequada (PaO2 >50mmHg), ventilação adequada (paCO2 <50mmHg), com administração de surfactante exógeno, manutenção termica, calórica e hídrica.
Manutenção termica: ambiente neutro como incubadoras ou berço com calor radiante e monitores acoplados são fundamentais para reduzir o consumo de oxigênio e produção de CO2.
Oferta hídrica: afim de prevenir hipovolemia, hipotensão - determinação da pressão arterial também e fundamental, e/ou choque também faz-se necessário afim de evitar vasoconstrição do leito capilar, acidose metabólica e oligúria.
1 dia de vida: 80 a 90 ml/kg/dia de soro glicosado
2 dia de vida: 100 ml/kg/dia de soro glicosado
3 dia de vida em diante: 110 ml/kg/dia de soro glicosado, aumentando gradualmente ate chegar em 150 ml/kg/dia. A reposição dos eletrólitos sódio e potássio faz-se necessária acrescentar ao soro de manutenção a partir do 3 dia de vida - sódio: 3 mEq/kg/dia; potássio: 2,5 mEq/kg/dia.
Hipocalcemia: Gluconato de calcio a 10% EV em doses de 20 a 60 mg/kg/dia ou 2 a 6 ml/kg/dia, mesmo que a deficiência de cálcio seja assintomática.
Oxigenoterapia: a hipoxemia e causada principalente pela hipoventilacao, bloqueio na difusão dos gases e curto-circuito circulatório. Muitas as vezes e necessário o uso de oxigênio na sala de parto para estabilização desses pacientes, devendo ser controlado por Blender, em concentração inicial a 30% para RN com menos de 28n semanas e 21 a 30 % em RN entre 28. 31 semanas. Em casos de o RN não responder a ventilação, deve-se considerar a intubação traqueal, com necessidade de administração de surfactante exógeno.
Surfactante exógeno: mais frequente usado em RN co hipótese de SDR e que necessitam de um FiO2 maior que 30%, intubação traqueal, em UTI neonatal ou nos que o CPAP falha.
A dose inicial recomendad e de 200 mg/kg. Pode-se avaliar uma segunda dose ou terceira dose se insuficiência respiratória progressiva com requerimento de maiores concentrações de oxigênio e/ou necessidade de manutenção de intubação em ventilação mecânica - nesses casos a dose recomendada e de 100 mg/kg com intervalo de 8 horas entre as doses, sendo no máximo 3 doses ate 48 horas após a primeira dose.
A via de administração e intraqueal, em dose única, de maneira continua, evitando ocorrência de refluxo pela cânula ou pela boca, e a obstrução da cânula. Recomenda-se utilizar cânula traqueal com injetor lateral ou cânula com dispositivo para adaptação de seringa. Evitar aspirar da cânula na primeira hora após o tratamento.
Complicações da SDR:
Dsiplasias broncopulmonar
Pneumotorax
Pneumomediastino
Retinopatia da prematuridade
PCA
Hemorragia cerebral intraventricular
Referencias:
https://www.sanarmed.com/sindrome-do-desconforto-respiratorio-sdr-do-recem-nascido-colunistas
https://www.cpcrjournal.org/article/5da73af70e8825925fba68e1