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Liderança - Coggle Diagram
Liderança
NÍVEIS DE LIDERANÇA
Com a evolução das técnicas de gestão empresarial, o foco do estudo sobre o comportamento dos dirigentes passou a ser voltado para as diferenças entre o líder de base e o de cúpula.
Foi então idealizado um padrão de organização baseado em três níveis funcionais, discriminando as características desejáveis para um líder nos três níveis, de acordo com suas habilidades
Tático
Estratégico
Operacional
foram estabelecidos três níveis de liderança que definem com precisão toda a abrangência da liderança, e será adotado ao longo desta Doutrina:
Liderança Direta
relacionamento face a face => mais presente nos escalões inferiores, quando o contato pessoal é constante
1ª linha de liderança, onde os subordinados estão acostumados a ver seus chefes frequentemente
Usam a Ética para pautar suas condutas
Eles empregam os atributos interpessoais de comunicação e supervisão para realizar o seu trabalho. Desenvolvem seus liderados por instruções e aconselhamento e os moldam em equipes coesas, treinando-os até a obtenção de um padrão.
São especialistas técnicos e os melhores mentores. Tanto seus chefes quanto seus subordinados esperam que eles conheçam bem sua equipe, os equipamentos e que sejam “expert” na área em que atuam.
Usam a competência para incrementar a disciplina entre os seus comandados. Usam o conhecimento dos equipamentos e da doutrina para treinar homens e levá-los a alcançar padrões elevados, bem como criam e sustentam equipes com habilidade, certeza e confiança no sucesso na paz e na guerra.
Exercem influência continuamente, buscando cumprir a missão, tendo por base os propósitos e orientações emanadas das decisões e do conceito da operação do chefe, adquirindo e aferindo resultados e motivando seus subordinados, principalmente pelo exemplo pessoal. Devido a sua liderança ser face a face, veem os resultados de suas ações quase imediatamente.
Trabalham focando as atividades de seus subordinados em direção aos objetivos da organização, bem como planejam, preparam, executam e controlam os resultados.
Os líderes diretos devem, ainda, estimular ao máximo o desenvolvimento de líderes subordinados, de forma a potencializar a sua influência até os níveis organizacionais mais baixos e obter melhores resultados.
Se aperfeiçoam ao assumirem os valores da instituição e ao estabelecerem um modelo de conduta para seus subordinados, colocando os interesses da instituição e do Grupo que lideram acima dos próprios. Com isto, eles desenvolvem equipes fortes e coesas em um ambiente de aprendizagem saudável e efetiva.
Liderança Organizacional
Desenvolve-se em organizações de maior envergadura, normalmente estruturadas como Estado-Maior
Composta por
Liderança Direta (menor escala)
voltada para os subordinados imediatos e por delegação de tarefas
Liderança Indireta (maior escala)
líderes expedem suas políticas e diretivas e incentivam seus liderados por meio de seu staff e comandantes subordinados.
Devido ao fato de não haver proximidade, os resultados de suas ações são frequentemente menos visíveis e mais demorados.
No entanto, a presença desses líderes em momentos e lugares críticos aumenta a confiança e a performance dos seus liderados.
líderes organizacionais conduzem operações pela força do exemplo, estimulando os subordinados e supervisionando-os apropriadamente.
Sempre que possível, o líder organizacional deve mostrar sua presença física junto aos escalões subordinados, seja por intermédio de visitas e mostras, seja por meio de reuniões funcionais com os comandantes subordinados.
Liderança Estratégica Militar
É aquela exercida nos níveis que definem a política e a estratégia da Força. É um processo empregado para conduzir a realização de uma visão de futuro desejável e bem delineada.
Líderes estratégicos exercem sua liderança no âmbito dos níveis mais elevados da instituição. Sua influência é ainda mais indireta e distante do que a dos líderes organizacionais.
Desse modo, eles devem desenvolver atributos adicionais de forma a eliminar ou reduzir esses inconvenientes.
Os líderes estratégicos trabalham para deixar, hoje, a instituição pronta para o amanhã, ou seja, para enfrentar os desafios do futuro, oscilando entre a consciência das necessidades nacionais correntes e na missão e objetivos de longo prazo.
a visão dos líderes estratégicos é crucial na identificação do que é importante com relação ao pessoal, material, logística e tecnologia, a fim de subsidiar decisões críticas que irão determinar a estrutura e a capacidade futura da organização.
Dentro da instituição, os líderes estratégicos constroem o suporte para facilitar a busca dos objetivos finais de sua visão.
Isto significa montar um staff que possa assessorá-los convenientemente a conduzir seus subordinados de maneira segura e flexível. Para obter o suporte necessário, os líderes estratégicos procuram obter o consenso não só no âmbito interno da organização, como também trabalhando junto a outros órgãos e instituições a que tenham acesso, em questões como orçamento, estrutura da Força e outras de interesse, bem como estabelecendo contatos com representações de outros países e Forças em assuntos de interesse mútuo.
A maneira como eles comunicam as suas políticas e diretivas aos militares e civis subordinados e apresentam aquelas de interesse aos demais cidadãos vai determinar o nível de compreensão alcançado e o possível apoio para as novas ideias.
Para se fazer entender por essas diversas audiências, os líderes estratégicos empregam múltiplas mídias, ajustando a mensagem ao público alvo, sempre reforçando os temas de real interesse da instituição.
Os líderes estratégicos estão decidindo hoje como transformar a Força para o futuro.
Eles devem trabalhar para criar e desenvolver a próxima geração de líderes estratégicos, montar a estrutura para o futuro e pesquisar os novos sistemas que contribuirão na obtenção do sucesso.
esses líderes transformam programas conceituais e políticos em iniciativas práticas e concretas.
Este processo envolve uma progressiva alavancagem tecnológica e uma modelagem cultural
Conhecendo a si mesmos e aos demais “atores” estratégicos, tendo um nítido domínio dos requisitos operacionais, da situação geopolítica e da sociedade, os líderes estratégicos conduzem adequadamente a Força e contribuem para o desenvolvimento e a segurança da Nação.
Tendo em vista que os conflitos nos dias de hoje podem ser desencadeados muito rapidamente, não permitindo um longo período de mobilização para a guerra – como se fazia no passado –, o sucesso de um líder estratégico significa deixar a Força pronta para vencer uma variedade de conflitos no presente e permanecer pronta para enfrentar as incertezas do futuro.
esses líderes preparam a instituição para o futuro por meio de sua liderança. Isto significa influenciar pessoas – integrantes da própria organização, membros de outros setores do governo, elites políticas – por meio de propósitos significativos, direções claras e motivação consistente.
Significa, também, acompanhar o desenrolar das missões atuais, sejam quais forem, e buscar aperfeiçoar a instituição – tendo a certeza que o pessoal está adestrado e de que seus equipamentos e estrutura estão prontos para os futuros desafios.
SELEÇÃO DE ESTILOS DE LIDERANÇA
A eficácia do emprego dos diferentes estilos de liderança está relacionada a algumas variáveis:
relevância da qualidade da tarefa ou decisão
importância da aceitação da decisão pelos subordinados para obtenção de seu envolvimento na implantação de determinada linha de ação
tempo disponível para realização da missão
riscos envolvidos
níveis de prioridade no que diz respeito à produtividade ou à satisfação do grupo
nível de maturidade psicológica e profissional dos subordinados.
Exemplos:
Baixo nível de maturidade (profissional e/ou emocional) no grupo de subordinados induz
mais foco na tarefa
incentivos no nível transacional (licença, rancho, conforto etc) tendem a ter mais valência para o grupo
à aplicação de estilos com maior centralização de poder,
Grupos mais maduros
respondem melhor a estilos menos centralizadores de poder
e a incentivos no nível da auto realização, como ocorre no estilo transformacional
TODAS as variáveis relevantes de cada situação devem ser consideradas pelo líder. Portanto, diferentes estilos de liderança podem ser adotados, de acordo com as circunstâncias.
Quando se abandona a ideia de que deve existir uma melhor forma de liderar, todas as teorias de liderança devem ser CONTINGENCIAIS/ SITUACIONAIS
isto é, devem definir as circunstâncias que afetam o comportamento e a eficácia dos líderes.
À luz da abordagem situacional, que prevalece na atualidade, na qual a liderança pode assumir diversos estilos, os PRINCIPAIS REQUISITOS DE LIDERANÇA passam a ser
a capacidade de diagnosticar as variáveis situacionais,
a flexibilidade
e a adaptabilidade às mudanças.
Os melhores líderes utilizam estilos diferentes, em distintas situações.
Assim, é necessário um esforço pessoal do líder no sentido de se adaptar, continuamente, às mudanças de estilo adequadas a cada contexto.
ATRIBUTOS DE UM LÍDER
A natureza e as especificidades da profissão militar, a destinação constitucional e a cultura organizacional das FFAA como um todo e, da Marinha, mais especificamente, fazem com que certos traços de personalidade tornem-se desejáveis e tendam a encontrar-se especialmente acentuados nos líderes militares.
Embora não existam fórmulas de liderança, é importante que os chefes procurem desenvolver esses traços em si e nos seus subordinados, porque em momentos críticos ou nas situações difíceis eles podem contribuir para um exercício mais eficaz da liderança no contexto militar.
Os atributos de um líder têm como componente comum a CAPACIDADE DE INFLUENCIAR
Um bom líder deve perseguir, manter, desenvolver, cultivar essa capacidade e, sobretudo, transmiti-la aos seus subordinados, formando assim, novos líderes que, por sua vez, devem agir da mesma forma, na tentativa de alcançar um
círculo virtuoso.
Os atributos de um líder devem estar em consonância com os preceitos da Ética Militar, segundo os fundamentos estabelecidos no E1
A ÉTICA é parâmetro fundamental para o exercício da liderança, notadamente no âmbito militar.
CHEFIA E LIDERANÇA
Conceito
O exercício da chefia/ comando/ direção é
conjunto de ações e decisões tomadas pelo mais antigo
com autoridade para tal, na sua esfera de competência
a fim de conduzir de forma integrada o setor que lhe é confiado
Os mais antigos desempenham 2 papéis funcionais
chefe
prevalece a autoridade advinda da responsabilidade atribuída à função, associada com aquela decorrente de seu posto/ graduação
condutor de homens
identifica-se um estreito relacionamento com o atributo de líder.
Assim, fica ressaltada a importância da capacidade individual dos mais antigos em influenciarem e inspirarem os seus subordinados.
Atributos do Comandante
chefe + líder
Comandar é exercer a chefia e liderança a fim de conduzir eficazmente a organização no cumprimento da missão.
Sendo o exercício do comando um processo abrangente, esta divisão (chefe e líder) será utilizada para melhor compreensão, pois chefia e liderança não são processos alternativos, e sim simultâneos e complementares.
Liderança
os melhores resultados ocorrem quando ela é desenvolvida, não sendo impositiva
processo dinâmico e progressivo de aprendizado desenvolvido nos cursos de carreira e no dia a dia das OM trará benefícios às organizações e contribuirá para o sucesso profissional individual de cada militar.
o contínuo desenvolvimento das qualidades dos militares da MB como líderes deverá ser objeto de atenta e permanente atenção, a ser trabalhada
conjuntamente pela instituição
prioritariamente por cada militar
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA
aspectos psicológicos
A liderança envolve a realização de objetivos com e através de pessoas. Assim, um líder precisa preocupar-se com
tarefas
e relações humanas
O líder influencia outros indivíduos, provocando basicamente mudanças psicológicas, o que inclui
mudanças de comportamentos, opiniões, atitudes, objetivos, necessidades, valores e todos os outros aspectos do campo psicológico do indivíduo.
Os processos grupais e a liderança são os
principais objetos de estudo da Psicologia Social,
Focos de estudo/ análise da psciologia
subjetividade humana
personalidade
mudanças psicológicas oriundas de processos de influenciação e aprendizagem
caminho para liderança passa
pelo conhecimento profissional
pelo autoconhecimento
e por conhecer bem seus subordinados
para estes 2 últimos requisitos, a Psicologia pode oferecer ferramentas úteis para o líder
Quociente emocional (QE)
principal diferencial de competência no trabalho, o que é especialmente pertinente em se tratando do desempenho em funções de liderança.
ou inteligência emocional
A psicologia é uma ciência que fornece firme embasamento teórico e prático para que o líder possa influenciar pessoas.
aspecto sociológico
A perspectiva sociológica envolve um processo que vai permitir examinar as coletividades além das fachadas das estruturas sociais, com o propósito de refletir, com profundidade, sobre a dinâmica de forças atuantes em dada coletividade.
a liderança envolve
líder
liderados
contexto (situação)
Constituindo fundamentalmente uma relação.
Constitui-se em um processo de interação social
portanto é evidente o quanto a sociologia tem para contribuir em termos de embasamento teórico no estudo e na construção do processo da liderança.
cultura e subcultura
Os militares, em função da peculiaridade de suas atividades profissionais, constituem uma subcultura dentro da sociedade brasileira.
assim como a Marinha constitui uma subcultura dentro das FFAS
A liderança pressupõe a atuação do líder sobre grupos humanos cujos membros são oriundos de diferentes subculturas
Estes indivíduos, ao ingressarem na Marinha, passarão a integrar-se a esta nova subcultura, após um período de adaptação
No âmbito da Marinha, pode-se distinguir subculturas correspondentes aos diferentes Corpos e Quadros, em função da missão atribuída a cada um deles.
Processos Sociais
interação repetitiva de padrões de comportamento comumente encontrados na vida social.
Cooperação
etimologicamente significa trabalhar em conjunto
Implica uma opção pelo coletivo em detrimento do individual
mas nada impede o desenvolvimento e o estímulo das habilidades de cada membro, em prol de um objetivo comum.
De um ponto de vista humanista, é a forma ideal de atuação de grupos.
Ocorre que nem sempre é possível, dentro de um grupo, manter, exclusivamente, o processo cooperativo.
Em função do contexto, das circunstâncias da própria tarefa a realizar, da natureza do grupo, ou das características do líder, outros processos se desenvolvem.
Competição
luta pela posse de recompensas cuja oferta é limitada
Tais recompensas incluem dinheiro, poder, status, amor e muitos outros.
OU processo competitivo o mostra como a tentativa de obter uma recompensa superando todos os rivais.
Tipos
pessoal
entre um número limitado de concorrentes que se conhecem entre si
impessoal
quando o número de rivais é tal, que se torna impossível o conhecimento entre eles
ex. vestibulares ou em concursos públicos.
aspectos
Positivo
tem o mérito inicial de estimular a atividade dos indivíduos e dos grupos, aumentando-lhes a produtividade
Negativo
desencorajar os esforços daqueles que se habituaram a fracassar. Vencedor há um só, todos os demais são perdedores.
forte possibilidade de desenvolvimento de hostilidades e desavenças no interior do grupo, contribuindo para sua desagregação
A instabilidade inerente ao processo competitivo faz com que este, com bastante frequência, se transforme em conflito.
Na liderança, a competição tem sempre que ser saudável e estimulante.
O líder, cuja matéria-prima é o grupo liderado, necessita identificar a existência de tais processos, estimulando-os ou não, em função das especificidades da situação corrente e da natureza da missão a ser levada a termo.
Conflito
aspectos
negativo
tende a destruir a unidade social e desagregar grupos menores,
pelo aumento de ressentimento,
pelo desvio dos objetivos mais elevados do grupo,
pela destruição dos canais normais de cooperação,
pela intensificação de tensões internas,
podendo chegar à violência.
positivo
doses regulares de conflito de posições, podem ter efeito integrador dentro do grupo, na medida em que
obrigam os grupos a se autocriticarem,
a reverem posições,
a forçarem a formulação de novas políticas e práticas,
e, em consequência, a uma revitalização dos valores autênticos próprios daquele grupo.
Uma vez instalado e manifesto o conflito no seio de um grupo, seu respectivo líder terá de buscar soluções e alternativas para manter o controle da situação
Não é fácil ou agradável para os líderes atuarem em situações de conflito, o que não justifica sua pura e simples negação.
É indispensável que o líder seja capaz de diagnosticar as situações de conflito, mesmo quando ainda latentes, de modo a buscar estratégias adequadas para gerenciá-las construtivamente.
aspectos filosóficos
A Filosofia tem como característica desenvolver o senso crítico favorecendo o processo de tomada de decisões
o requisito pensamento crítico está direta ou indiretamente associado a diversos atributos de liderança
Axiologia
também conhecida como a teoria dos valores
O processo de influenciação de um grupo (essência da liderança) está profundamente ligado aos valores éticos e morais que devem ser transmitidos e praticados pelo líder.
A prática dos fundamentos filosóficos da educação independente de suas crenças e culturas, constitui-se no elemento catalisador dos valores universais.
O ser humano precisa receber uma educação adequada para ser capaz de valorizar um objeto (vida, Pátria, família). Sem essa educação, perde-se a capacidade de perceber esses valores, especialmente quando se trata daqueles universais como honra, dignidade e honestidade.
A característica fundamental da Axiologia consiste na hierarquização desses valores que são transmitidos pela educação familiar, pela sociedade e pelo grupo
Essa hierarquização de valores varia de um país para outro, de uma sociedade organizada para outra, de um grupo social para outro (ex. islâmicos que se sacrificam em atentados, contrariando o instinto de preservação, valor primordial do ser humano.
valores como honra, dignidade, honestidade, lealdade e o amor à pátria, dentre outros, devem ser praticados e transmitidos permanentemente pelo líder aos seus liderados
A tarefa de doutrinamento visa transmitir a sua correta hierarquização, priorizando-os em relação aos valores materiais como dinheiro, poder e satisfação pessoal.
Este é o maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende exercer a liderança de um grupo.
MB define liderança como “processo que consiste em influenciar pessoas no sentido que ajam, voluntariamente, em prol do cumprimento da missão”.
assim, a liderança inclui capacidade de fazer um grupo realizar uma tarefa específica e executá-la de forma voluntária, atendendo ao desejo do líder como se fosse o próprio.
Nesta definição estão implícitos os seus agentes, ou seja, líder e os liderados, as relações entre eles e os princípios filosóficos, psicológicos e sociológicos que regem o comportamento humano.
FATORES DE LIDERANÇA
Os liderados
O conhecimento dos liderados é fator essencial para o exercício da liderança e depende
do entendimento claro da natureza humana
das suas necessidades
emoções e motivações
Isto é crucial para o salutar exercício de Delegação de Autoridade
A situação
Não existem normas nem fórmulas que mostrem com exatidão o que deve ser feito.
O líder precisa compreender:
a dinâmica do processo de liderança,
os fatores principais que a compõem,
as características de seus liderados
e aplicar estes conhecimentos como guia para cada situação em particular.
Fica, assim, bem clara a necessidade exaustiva da prática da liderança, para o sucesso do líder, levando sempre em conta a cultura e/ou a subcultura organizacional da instituição.
O líder
O líder deve conhecer a si mesmo, para saber de suas capacidades, características e limitações, evitando atribuir aos seus liderados falhas ou restrições.
Os bons líderes são também bons seguidores e cumpridores das orientações de seus superiores, passando esse exemplo a seus subordinados.
O líder, independentemente de sua vontade, atua como elemento modificador do comportamento de seus liderados subordinados.
A função militar está relacionada com a segurança e a responsabilidade pela vida de seres humanos.” Provavelmente, poucos profissionais são forçados a assumir tarefa tão grave ao liderar subordinados.
A comunicação
processo essencial à liderança
consiste
na troca de ordens
informações e ideias
só ocorrendo quando a mensagem é recebida e compreendida
É através desse processo que o líder coordena, supervisiona, avalia, ensina, treina e aconselha seus subordinados.
O que é comunicado e a forma como isto é feito aumentam ou diminuem o vínculo das relações pessoais, criam o respeito, a confiança mútua e a compreensão.
Os laços que se formam, com o passar do tempo, entre o líder e seus liderados, são a base da disciplina e da coesão em uma organização.
O líder deve ser claro e “escolher” cuidadosamente as palavras, de tal forma que signifiquem a mesma coisa para ele e para seus subordinados.
ESTILOS DE LIDERANÇA
quanto ao tipo de incentivo
Transacional
o líder trabalha com interesses e necessidades primárias dos seguidores, oferecendo recompensas de natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para alcançar os resultados organizacionais desejados
O liderado vai se motivar pela transação, ou seja, pela troca que o líder vai oferecer - oferece-se recompensa em troca.
Fatores
A recompensa é contingente, buscando-se uma sintonia entre o atendimento das necessidades dos subordinados e o alcance dos objetivos organizacionais;
caracteriza-se também pela administração por exceção, que implica num gerenciamento atuante somente no sentido de corrigir erros.
Neste estilo de liderança, o líder observa e procura desvios das regras e padrões, toma medidas corretivas.
Transformacional
Indicado para situações de pressão, crise e mudança que requerem elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados, sendo que uma ou mais pessoas engajam-se com outras de tal forma que líderes e seguidores elevam um ao outro a níveis mais altos de motivação e moral
O líder motiva o liderado a se transformar diante de uma crise; ele o encoraja para que consiga agir sob pressão.
Os subordinados, ao encontrarem significado e perspectivas de realização pessoal no trabalho, alcançam os mais elevados níveis de produtividade e criatividade, fazendo desaparecer a dicotomia trabalho e prazer.
A motivação vem pela transformação psicológica - o líder vai transformar o liderado - não se oferece nada em troca
Aspectos
Inspiração Motivadora
Capacidade de apresentar uma visão, dando sentido à missão a ser realizada, de instilar orgulho
Inclui também a capacidade de simplificar o entendimento sobre a importância dos objetivos a serem atingidos e, a possibilidade de criar símbolos, “slogans” ou imagens que sintetizam e comunicam metas e ideais, concentrando assim os esforços
Estimulação intelectual
Consiste em encorajar os subordinados a questionarem sua forma usual de fazer as coisas, além de incentivar a criatividade, o auto-desenvolvimento e a autonomia de pensamento, propiciando a formulação de críticas construtivas, em busca da melhoria contínua;
Carisma
associado com um grau elevado de poder de referência por parte do líder que é capaz de despertar respeito, confiança e admiração
Consideração Individualizada
Implica em considerar as necessidades diferenciadas dos subordinados, dedicando atenção pessoal, orientando tecnicamente e aconselhando individualmente e oferecendo também meios efetivos de desenvolvimento e auto-superação.
Quanto ao grau de centralização de poder
Participativa ou Democrática
Abre-se mão de parte da autoridade formal em prol da participação dos subordinados e aproveitamento de suas ideias.
Os componentes do grupo são incentivados a opinarem sobre as formas como uma tarefa poderá ser realizada, cabendo a decisão final ao líder (exemplo típico é o Estado-Maior).
O êxito desse estilo é condicionado
pelas características pessoais
pelo conhecimento técnico-profissional
pelo engajamento e motivação dos componentes do grupo como um todo
Em se obtendo sucesso, a satisfação pessoal e o sentimento de contribuição por parte dos subordinados são fatores que permitem uma realimentação positiva do processo.
Na ausência do líder, uma boa equipe terá condições de continuar agindo de acordo com o planejamento previamente estabelecido para cumprir a missão.
O líder deve
estabelecer um ambiente de respeito, confiança e entendimento recíprocos
devendo possuir, para tanto, ascendência técnico-profissional sobre seus subordinados
e conduta ética e moral compatíveis com o cargo que exerce.
Este líder encoraja a participação e delega com sabedoria, mas nunca perde de vista sua autoridade e responsabilidade.
Um chefe inseguro dificilmente conseguirá exercer uma liderança democrática, mas tenderá a submeter ao grupo todas as decisões. Isso poderá fazer com que o chefe acabe sendo conduzido pelo próprio grupo.
Autocrática
Baseada na autoridade formal, aceita como correta e legítima pela estrutura do grupo.
O líder baseia sua atuação
numa disciplina rígida
impondo obediência
mantendo-se afastado de relacionamentos menos formais
controla o grupo por meio de inspeções de verificação do cumprimento de normas e padrões de eficiência
exercendo pressão contínua
Liderança útil e recomendável, em situações especiais como em combate, quando o líder tem que tomar decisões rápidas e não é possível ouvir seus liderados
forma de liderança mais conhecida e de mais fácil adoção.
A principal restrição a esse tipo de liderança é o desinteresse pelos problemas e ideias, tolhendo a iniciativa, a participação e a criatividade dos subordinados.
O uso desse estilo de liderança pode gerar resistência passiva dentro da equipe e inibir a iniciativa do subordinado, além de não considerar os aspectos humanos, dentre eles, o relacionamento líder-liderados.
Delegativa
indicado para assuntos de natureza técnica, onde o líder atribui a assessores a tomada de decisões especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os problemas sem se deter especificamente a uma determinada área.
É eficaz quando exercido sobre pessoas altamente qualificadas e motivadas.
O sucesso neste tipo de liderança é saber delegar atribuições sem perder o controle da situação e, por essa razão, o líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado.
O controle das atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe as tarefas de orientar e motivar o grupo para atingir as metas estabelecidas.
Quanto ao foco do líder
Orientada para Relacionamento
O foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do próprio grupo.
O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos liderados, concentra-se nas relações interpessoais, no clima e no moral do grupo.
Está associado às medidas de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode ser útil em situações de tensão, frustração, insatisfação e desmotivação do grupo.
Orientada para Tarefa
A especialização em tarefas é uma das principais responsabilidades do líder, na medida em que possui a necessária qualificação profissional para o exercício da função.
O líder focaliza o desempenho de tarefas e a realização de objetivos, transmitindo orientações específicas, definindo maneiras de realizar o trabalho, o que espera de cada um e quais são os padrões organizacionais
O líder junto com os liderados vai direcionar suas energias para a execução de uma única tarefa - Encerrada a tarefa, encerra-se o estilo de liderança