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ICTERÍCIA - Coggle Diagram
ICTERÍCIA
Incidência e importância
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Em revisão sistemática
Detectou-se em média, 99 casos por 100.000 nascidos vivos (NV)
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Em países desenvolvidos ocorre um caso de kernicterus para cada 40.000 a 150.000 NV, sendo a incidência mais elevada em países de baixa e média rendas
Embora, as doenças hemolíticas por incompatibilidade Rh e ABO sejam as principais condições associadas à encefalopatia bilirrubínica, nos últimos 20 anos muitos casos tem sido relatado em RN que recebem alta hospitalar antes de 48h de vida sem acompanhamento adequado do estabelecimento da lactação e AL materno, contribuindo para readmissõesem leitos de hospitais pediátricos com elevados custos em saúde
Brasil
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(MS)
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Para cada RN que evolui a óbito, vários sobrevivem com deficiência auditiva e sequelas neurológicas irreversíveis, tornando-se um ônus para a família e o Estado
Apesar da hiperbilirrubinemia ocorrer em praticamente todo RN pré-termo, a encefalopatia bilirrubínica aguda não exibe um padrão clínico característico, o que dificulta o seu diagnóstico
RN <32 semanas de IG não desenvolvem sinais clássicos de encefalopatia bilirrubínica aguda devido à provável mielinização incompleta dos neurônios
Há relatos de aumento de episódios de apneia com bradicardia e maior necessidade de suporte respiratório e do uso de xantinas nas duas primeiras semanas de vida
Icterícia fisiológica
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Hiperbilirrubina indireta é detectada na grande maioria dos RN ≤ 34 semanas, sendo mais intensa e prolongada quando comparadaà do RN termo, com concentrações de BT entre10 e 12 mg/dL no quinto dia de vida
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Seguimento ambulatorial
Como a recomendação da alta hospitalar dos RN com idade gestacional ≥35 semanas no Brasil ocorre antes do pico da icterícia no termo (3º e 4º dias de vida) e no pré-termo tardio (5º e 6º dias de vida), o acompanhamento ambulatorial da evolução da icterícia se faz necessário
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É necessário até que se tenha segurança do declínio da BT e do estabelecimento da amamentação com ganho de peso adequado
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Conduta terapêutica
Fototerapia
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Mecanismo de ação
Consiste na degradação da bilirrubina ao utilizar
a energia luminosa absorvida pela epiderme e pelo tecido subcutâneo do RN
Sob ação da luz
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Bilirrubina sofre reação fotoquímica com a formação
de fotoisômeros configuracionais e estruturais, além de elementos foto-oxidantes, que são eliminados pela urina ou bile sem modificações metabólicas
Eficácia
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Para obtenção do efeito terapêutico, a luz da
fototerapia precisa ter um comprimento de onda adequado para penetrar na pele, ser absorvida pela bilirrubina e produzir os fotoderivados
O pico de absorção da energia pela bilirrubina
acontece na luz azul com comprimento na faixa
de 460 nm
Para a maior produção dos fotoderivados da bilirrubina é preciso maximizar a exposição da bilirrubina sérica aos fótons de luz capazes de transformá-la
Assim, a área de superfície corpórea exposta à luz está diretamente relacionada à velocidade de declínio da bilirrubinemia
Uma maneira de maximizar a área da
pele exposta à luz é utilizar fontes adicionais de fototerapia, iluminando, por exemplo, a superfície planar anterior e dorsal do RN ao mesmo tempo (fototerapia dupla).
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Quanto menor a distância entre o equipamento e
o RN, maior é a irradiância que chega na sua pele.
Irradiância espectral (μW/cm2/nm), ou seja, a irradiância da luz em um determinado intervalo de comprimento de onda
Assim, é possível melhorar a eficácia da fototerapia aumentando a energia luminosa que atinge a pele ao posicionar a fonte luminosa o mais próximo possível do RN, respeitando-se a distância mínima segura entre o equipamento e o RN
Essa estratégia, no entanto, deve ser aplicada com cautela ao usar lâmpadas que geram calor, pois há o risco de queimadura ou hipertermia no RN > é preciso respeitar uma distância mínima referida pelo fabricante
O equipamento de fototerapia padrão deve emitir uma irradiância com distribuição homogênea de 8 a 10 μW/cm2/nm e o de fototerapia intensiva, de 30 μW/cm2/nm ou mais na maior superfície corporal possíveL
A dose de irradiância deve ser verificada periodicamente com o uso de radiômetro: sempre antes de iniciar o uso da fototerapia no RN e, no mínimo, uma vez ao dia
Quando a irradiância é inferior a 8 μW/cm2/nm, as lâmpadas dever ser substituídas
Os equipamentos de fototerapia apresentam distribuição heterogênea da irradiância no campo de iluminação; centro a irradiância pode ser mais que o dobro dos valores da periferia > importante realizar a medida em vários ponros da área iluminada
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Tempo de fototerapia
Em média RN ≥35 semanas sem doença hemolítica permanece em fototerapia em torno de 24 a 36h, com irradiação ao redor de 8-12 microwatts/cm2/nm
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RN <1000g, com mediana em torno de 74 h
O uso de fototerapia intensiva não deve ser indicado para RN <1000g devido ao aumento do estresse oxidativo e possibilidade de óbito, quando em instabilidade clínica
Efeitos adversos
Interferência emocional e física da vinculação mãe-bebê
também > é citada como um efeito da fototerapia
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Estresse oxidativo, dano na membrana eritrocitária, dano no DNA em linfócitos periféricos, dentre outros
Possibilidade de os RN expostos à fototerapia evoluírem com doenças crônicas em longo prazo, tais como, doenças alérgicas e diabetes tipo 1
Outro tópico preocupante, principalmente relacionado ao uso da luz azul na fototerapia, concentra-se na associação do desenvolvimento de melanoma e/ou câncer de pele e/ou câncer pediátrico, principalmente leucemia e retinoblastoma
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