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T1M24 - Gabriela Pellisari, João, 70 anos - Coggle Diagram
T1M24 - Gabriela Pellisari
João, 70 anos
Diabético,hipertenso, obeso, ex tabagista (40anos/maço)
Queixa-se de mau estar inespecífico no peito principalmente aos esforços e estresse
Procura cardiologista e realiza exames
Quadro característico de Angina - Doença Isquêmica do Miocárdio
Etiopatogenia
Obstrução coronariana
Aterosclerose
, doença caracterizada pelo desenvolvimento de placas de ateroma (agregados de macrófagos modificados, colesterol oxidado e colágeno/fibrose) que surgem na camada intima das artérias
As placas tendem a um crescimento progressivo, reduzindo o lúmen arterial, sendo diretamente ligados a algumas síndromes como a angina pectoris
A
ruptura
de placa aterosclerótica se deve à inflamação ocasionada por fatores não infecciosos (p.ex., lipídios oxidados) e, possivelmente, por estímulos infecciosos. O efeito final é uma expansão e desestabilização da placa, levando à ruptura ou erosão e trombogênese. Macrófagos ativados e linfócitos T localizados nas bordas das placas resultam na maior expressão de metalo-proteinases, o que leva a um adelgaçamento da placa, facilitando a ruptura e trombose.
O ateroma causa disfunção endotelial, resultando possivelmente em hipercontratilidade local.O espasmo recorrente pode lesar a íntima, conduzindo à
formação de mais ateroma.
Obstrução mecânica progressiv
a: estreitamento progressivo, sem espasmo ou trombo ex: reestenose apos angioplastia
Obstrução dinâmica
, que pode ser iniciada por um espasmo focal intenso de um vaso epicárdico (angina de Prinzmetal).
Ausência de obstrução
Geralmente, são doenças que causam isquemia miocárdica por aumentar o consumo ou por diminuir a oferta de oxigênio para o miocárdio
Exs: hipertermia, hipertireoidismo, toxicidade simpaticomimetica, taquicardia sustentada, anemia, hipoxemia por dç pulmonar
CLASSIFICAÇÕES
Doença isquêmica do miocárdio
: termo amplo, utilizado para representar o desequilíbrio entre demanda e oferta de O2 ao miocárdio.
Doença arterial coronariana
: uma causa de doença isquemica, que é a aterosclerose e sua manifestação se divide em:
-1. Síndrome coronariana Crônica (SCC) → causa angina estável
-2. Síndrome coronariana Aguda sem supra de ST → por obstrução parcial - causa angina instável ou IAM sem supra st
-3. Síndrome coronariana Aguda com supra de ST → obstrução completa - causa IAM com supra st
Principais características
Angina estável: breve isquemia, angina tipica de 2 a 15 min que alivia com repousou e/ou nitrato. ECG e marcadores de necrose são normais.
Angina instável: isquemia prolongada sem necrose, angina tipica durando >20min, ECG normal ou com algumas alterações, não altera marcadores.
IAM sem supra: necrose subendocárdica, semelhante a angina instável, porem aumenta marcadores.
IAM com supra: necrose transmural, clinica igual angina instavel e IAM sem supra, ECG com supra ST e elevação de marcadores. Em casos graves pode haver choque cardiogênico ou edema agudo de pulmão.
Fatores de Risco
Níveis sanguíneos elevados de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
Níveis sanguíneos elevados de lipoproteína a
Níveis sanguíneos baixos de lipoproteína de alta densidade (HDL)
Diabetes mellitus (particularmente o tipo 2)
Tabagismo
Obesidade
Sedentarismo
Nivel elevado de apoproteina B
Diagnósticos diferenciais:
DIssecção aorta, embolia, pneumotorax, HAP, esofagite, colica biliar, colangite, ulcera peptica, pancreatite, costocondrite, fratura costela, herpes zoster, ataque panico
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
refere-se a uma diversidade de sintomas clínicos que são compatíveis com isquemia aguda do miocárdio, englobando, por isso, angina instável e infarto agudo do miocárdio (IAM).
Achados clínicos
Historia da doença:
Com sintomas isquêmicos iniciados em repouso, usualmente com duração de mais de 10 a 20 minutos.
Com novo início de angina muito sintomática nos últimos 2 meses. Geralmente, classe III ou IV da classificação canadense
Com angina dita “em crescendo”, que tem piorado na intensidade da dor, na duração (angina de maior duração) e/ou na frequência
Quadro agudo:
dor ou desconforto torácico em aperto, peso ou pressão
dor que se irradia para pescoço, mandíbula, ombro, dorso ou braços
desconforto torácico associado a indigestão, azia, náusea, vômitos
dispneia persistente, com ou sem desconforto torácico
início agudo de fraqueza intensa, tontura, sensação de desmaio ou perda da consciência
Classificação funcional da angina:
I - Atividade habitual nao desencadeiam angina
II - Leve limitação - angina a moderado esf
III - Marcada limitação - angina a pequeno esf
IV - Angina em repouso
Seguimento
Todo paciente em suspeita de SCA deve relizar um ECG em ate 10 min, observando se exise uma supra de ST e outros achados diferenciais.
Imediato
: IAMSST consistem na presença de onda T apiculada, em segundos ou minutos após o início do quadro
30 min:
ocorre o supradesnivelamento do segmento ST, com a elevação do ponto J, evidenciando oclusão arterial total.
6 horas:
o segmento ST começa a cair, junto
com o aparecimento da onda Q patológica, revelando uma área eletricamente inativa
24 horas:
o segmento ST continua caindo, cursando com
inversão de onda T
após uma semana:
observa-se a permanência da
onda Q, a qual não irá desaparecer, configurando uma “cicatriz eletrocardiográfica”
deve-se realizar um acesso venoso calibroso para coleta de exames e medicamento
Marcadores de necrose miocardica: troponina (acima do percentil 99), mioglobina, CK total, CKMB
A troponina se eleva apos 3 h do inicio da dor, com pico entre 18-24h e persiste por 10 dias. Pessoas no niveis duvidosos ou que chegaram a menos de 3 h do inicio do sintoma devem ser realizadas dosagens seriadas
Exames complementares: Hemograma, eletrólitos, glicemia, função renal e testes de coagulação, raiox de torax, perfil lipidico, ecocardiograma
Diagnóstico na angina típica:
ECG com supra ST -> IAMSST
ECG sem supra ST, presença de infra ST ou inversao de T -> dosar troponina
Se elevada ou em crescente: IAMSSST
Se em platô: buscar outras causas
Se normal: angina instável
Risco
IAMSST - paciente urgente - terapia de reperfusao
IAMSSST ou Angina instável - estratificar riscos
Escore de TIMI
Idade > 65 anos
≥ 3 fatores de risco
Lesão coronariana ≥ 50%
Uso de AAS < 7 dias
2 crises de angina < 24 horas
Desvio de ST ≥ 0,5 mm
aumento marcador de necrose
risco baixo (0 a 2 pontos), intermediário (3 a 4 pontos) e alto (5 a 7)
Tratamento precoce
Medidas gerais: repouso, monitorização contínua, oxigênio se sato2 < 90% e acesso venoso
Terapia anti isquemica: nitratos e beta bloqueadores
Terapia antiplaquetaria: AAs, Clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor ou Inibidores do receptor IIb-IIIa
Terapia anticoagulante: enoxaparina ,heparina não fracionada, Bivalirudina (inibidor da trombina) ,fondaparinux
IECA e BRA
Estatinas
Tratamento do IAMSST
usar cateterismo ou fibrinoliticos, escolher conforme o tempo porta-balão
Hospital com hemodinamica tempo porta-balao <90 min - realizar angioplastia primaria
Transferencia para hemodinamica e tempo porta balao <120min realizar angioplastia
Se nao estiver nesse intervalo de tempo realizar a fibrinólise com Alteplase e tenecteplase
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Tratamento do IAMSSST
Cateterismo:
Em até 2h: de alto risco
Entre 12 e 24h: de risco intermediário
Em até 72h: baixo risco
Dupla antiagregação plaquetária:
AAS e inib de P2Y12 ((clopidogrel ou ticagrelor)
Anticoagulantes: HNF,
enoxaparina
ou fondaparinux