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Sobrevivendo no Inferno, Dia 2 de outubro de 1992, ocorreu uma operação…

- - - - Mas a aquisição de cola não constituía crime e rapidamente os dois foram liberados pela polícia. Ambos voltaram para a Candelária e, ao encontrarem o policial, foram irônicos.
        
        O PM Marcus Vinicius reagiu e foi apedrejado pelos meninos. O vidro da viatura policial foi quebrado e um estilhaço machucou seu rosto. Ele foi embora prometendo vingança.
        
        Relatou o sucedido ao irmão, também policial militar, e ao amigo Maurício da Conceição, ex-PM, conhecido como Sexta-feira 13 (era pretensamente chefe de um grupo de extermínio). Com a liderança de Sexta-feira, foi formado um grupo para o “ajuste de contas”.
        
        O grupo chegou a Igreja, onde cerca de 50 meninos e meninas dormiam, chamando por Ruço (o "líder"), que havia protagonizado o conflito com o PM Marcus. Ao não obterem resposta, abriram fogo contra o grupo.
        
        Atualmente, quatro pessoas foram julgadas pela chacina, dois condenados (um deles foi liberto em 2010, outro está foragido), um morreu durante as investigações e um está em liberdade condicional.
    - - Outros, feridos e sobreviveram, como: Elizabeth Maia, assassinada em setembro de 2000; Thiago Veríssimo, morreu atingido por uma bala perdida em 2013; Gina, morreu em 2014 após passar um período presa em um manicômio judiciário; Wagner Santos (principal testemunha de acusação), foi vítima de outro atentado, cometido por um dos integrantes da chacina, depois foi morar na Suíça onde vive até hoje.
- - - - O massacre teve como motivação às mortes de 4 policiais, atribuídas a traficantes, em uma praça conhecida como "Catolé Da Rocha", que ocorreu no dia anterior
        
        Os policiais envolvidos na chacina eram conhevidos pelos moradores como "cavalos Corredores", pois entravam na favela correndo, atirando e aterrorizando os moradores do local.
        
        Alguns meses após o crime, uma parte dos policiais foram expulsos da corporação sem mesmo serem julgados pela justiça.
        Desde o acontecimento da chacina, apenas 6 dos 52 policiais foram condenados.
        
        Um novo processo foi feito, contudo as fitas não puderam ser utilizadas nesse novo processo, assim como havia "falta de provas", foi pedido absolvição dos acusados.
- - - - É, em sua totalidade, uma denúncia sobre o descaso e a violência policial nas cadeias, ruas. É uma crítica à marginalização das favelas e aos indivíduos sujeitos.
    - - Para trazer esse relato cruel sobre as dificuldades da vida das pessoas marginalizadas, o grupo se aproxima do seu público e os trata como iguais, criando um senso de coletividade que ajuda as pessoas a se reconhecerem nas canções.