Entre a 4a e a 6a semana de VIU inicia-se a hemocitopoese definitiva, com a migração, para o fígado fetal, de células originadas dos vasos em desenvolvimento, da porção alantoide da placenta em desenvolvimento e da porção anterior do eixo aorta-gônada-mesonefro. Assim, o fígado funciona temporariamente como órgão hemocitopoético. Essa fase, denominada hepática, é caracterizada pelo desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e monócitos; além disso, as primeiras células linfoides e os megacariócitos aparecem.
Em contrapartida, no 2o mês de VIU, a clavícula já passa a se ossificar, e começa a formação de medula óssea hematógena (vermelha) em seu interior, dando início à fase medular da hemocitopoese.
Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e plaquetas originam-se a partir de células-tronco da medula óssea vermelha. Conforme o tipo de glóbulo formado, o processo recebe os seguintes nomes: eritropoese, granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese.
Os órgãos nos quais o desenvolvimento linfoide ocorre são classificados como primários (medula óssea e timo) e secundários. Todas as células são derivadas primariamente da medula óssea; linfócitos B diferenciam-se na medula, enquanto linfócitos T provêm de células que migram da medula para o timo e ali se diferenciam.
Em órgãos linfoides secundários, como baço, linfonodos e agregados linfoides em diferentes órgãos, os linfócitos T e B proliferam-se intensamente, em geral estimulados por antígenos.