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Síntese das informações coletadas nas entrevistas - Coggle Diagram
Síntese das informações coletadas nas entrevistas
Como você se sente em relação aos banheiros no seu centro?
Alunas
Todas já relataram falta de água, de papel higiênico, de portas (fechaduras quebradas) e/ou de caixinha com absorventes nos banheiros em algum momento, o que faz com que evitem utilizar esses espaços sempre que possível.
Nenhuma entrevistada achou o banheiro confortável durante o período menstrual.
Algumas sentiam dificuldade para utilizar produtos relacionados a menstruação nesses espaços.
Devido a falta de papel e remédio, é desconfortável nos primeiros dias do ciclo.
Boa parte das entrevistadas relatou que prefere faltar no dia mais intenso do ciclo, quando é possível (exemplo: quando não há alguma prova no dia)
Banheiros pequenos e apertados também dificultam a utilização de alguns produtos, como sabonetes específicos e coletores.
Professoras
Dado que o fluxo de pessoas no banheiro dos funcionários é menor (eles possuem a chave do banheiro), é mais difícil faltar itens básicos (como papel higiênico), mas ainda assim acontece. É mais fácil acontecer durante o período noturno.
Uma das professoras afirmou não possuir dificuldades no uso de produtos relacionados à menstruação, mas a outra falou que é complicado quando esquece de levar plástico protetor de vaso.
De que maneira sente(ou sentiria) empatia dos professores e coordenadores, em relação a problemas no período menstrual?
Alunas
Não sentem empatia por parte dos docentes da universidade.
Foi identificado que é comum o sentimento de que professores não levariam a sério/compreenderiam considerar faltas por questões menstruais. Há possibilidades de faltas pontuais, mas o período menstrual é mensal e dura em média 5 dias.
Flexibilidade maior com entregas de trabalhos.
Não é algo debatido com a turma, ficando mais restrito apenas a colegas mais próximos.
Consideram que essa empatia seria importante, já que nos primeiros dias é difícil lidar.
Professoras
Uma das entrevistadas afirmou ser flexível com justificativas de faltas, era só mandar um email ou avisar de alguma forma. Entretanto, a outra utilizou a legislação e política de limite de faltas como resposta à nossa pergunta, dizendo que era algo a ser analisado caso a caso ("Se for um aluno que seja participativo e esteja bem na disciplina, podemos analisar para flexibilizar em relação às faltas")
Uma das professoras é a única mulher lecionando na área, e disse que não sente acolhimento pelos colegas de trabalho: "eles sabem que é uma pauta importante e respeitam, mas acolher não - não parece ser uma preocupação genuína". Também afirmou que não há nenhum tipo de suporte no quesito menstruação.
Na sua universidade, existe algum lugar no qual você se sente mais confortável caso haja algum sintoma no ciclo menstrual?
Professoras
As salas pessoais/gabinetes são confortáveis,
mas não são lugares destinados
a isso e não há nada extraordinário neles
Por mais que o espaço exista, há falta de tudo:
não há farmácia de assistência ou algo que disponibilize itens necessários(como absorventes e remédios)
Alunas
Para a maioria, não existe um lugar confortável na universidade para ir durante o período. As 3 estudantes do CE entrevistadas costumam ir para o Espaço Literário (biblioteca destinada a crianças) quando precisam de um espaço mais acolhedor no período menstrual.
Já sentiram falta de um espaço que seja confortável durante o período menstrual.
O espaço seria um lugar para descanso, com caixinhas de absorventes, sofás, remédios.
No seu centro, você conhece/participa alguma iniciativa sobre educação/saúde menstrual? (Ou estágio)
Não conhecem ou não participam de discussões.
Acham que discussões seriam relevantes tanto para tratar sobre tabus acerca do assunto, uso de alguns produtos para menstruação, assim como outras pautas pouco faladas como acessibilidade para homens trans.