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ETAPAS E GESTÃO DO SERVIÇO - Coggle Diagram
ETAPAS E GESTÃO DO SERVIÇO
1 - Acolhimento, anamnese e plano de cuidado
Anamnese: procedimento de coleta de dados sobre o paciente, realizado pelo farmacêutico, por meio de entrevista
Necessidades vacinais: devem seguir os calendários estabelecidos por PNI ou SBIm
Identificação das necessidades e problemas de saúde
O farmacêutico deve coletar e registrar: idade, sexo, condição atual de saúde, presença de doença, medicamentos em uso, exposição a doenças no trabalho, planos de viagens para regiões endêmicas, estado vacinal prévio
Identificar situações especiais e precauções
Alergias, eventos adversos prévios, prazo da ultima vacina administrada, gravidez, planejamento da gravidez, medicamentos em uso.
Considerar precauções em caso de desmaios ou ataque de pânico associado a injeções: o paciente fique sentado ou deitado no local por 30 minutos ou mais.
distúrbios da coagulação: utilizar a via subcutânea quando permitido pelo fabricante da vacina
Síndrome de Guillain-Barré após dose anterior: a aplicação da vacina da gripe deve ser avaliada com o médico
Medicamentos com AAS devem ter uso suspensos após vacina contra varicela
antiinflamatórios, analgésicos e
antitérmicos não são recomendados para profilaxia de febre após-vacinação.
Observe as contraindicações específicas de cada vacina
pacientes com câncer, em quimioterapia, radioterapia ou com imunodeficiência devem receber vacinas atenuadas de 3 a 4 sem. antes do início do tratamento. Contactantes desses pacientes também devem ser imunizados. A VOP que é atenuada, deverá ser substituída pela inativada.
O intervalo mínimo entre doses de uma mesma vacina deve ser respeitado. Caso haja atraso na administração de uma dose da vacina, não é necessário reiniciar o esquema vacinal.
intervalo mínimo de 28 dias entre a aplicação de duas vacinas de vírus atenuado.
Consultar: referências técnicas dos fabricantes, manual dos CRIEs e calendário para pacientes especiais da SBIm
Plano de cuidado: levando-se em consideração as recomendações vacinais existentes nos calendários, as informações obtidas na anamnese, a análise da prescrição e a avaliação do cartão de vacinação. Etapas:
Preencher o cartão de vacinação e as DSFs
Registrar a vacina e doses
Descartar os resíduos gerados
Informar o paciente sobre reações adversas
administrar as vacinas
Monitorar o paciente por 30' após a vacinação
Higienizar as mãos
Agendar as datas das próximas vacinas.
Selecionar as vacinas e insumos necessários
Identificar, investigar e notificar as reações adversas, os erros de medicação e a inefetividade vacinal.
Acolhimento: identificação da demanda
2 - Preparo, cuidados e aplicação de vacinas
EPI's
NR 32: EPI's suficientes, com garantia de imediata reposição ou fornecimento.
Luvas: não substitui a higienização das mãos, não devem ser usadas indiscriminadamente, não são indicadas para a administração de medicamentos injetáveis e vacinas pelas vias IM, SC e intradérmica. São indicadas quando: a pele do paciente ou a pele do profissional não está integra e quando existe o risco de entrar em contato com o sangue do paciente ou outro fluido biológico, potencialmente contaminante.
Preparo da dose
Tipos de embalagem primária: Seringa preenchida ou pré-carregada (maior segurança pois têm a dose pronta para ser administrada), ampola e frasco-ampola.
Cuidados no uso do frasco-ampola: utilizar agulha nova, nunca manter agulha transfixada na borracha do frasco, seguir as orientações do fabricante na reconstituição da vacina.
no caso de suspensões: fazer a ressuspensão, seja em frasco-ampola ou seringa preenchida
verificar as características organolépticas da vacina. Suspeita de desvio de qualidade, abrir queixa técnica no NOTIVISA
A associação de diferentes injetáveis na mesma seringa não é indicada
vacinas orais: bisnagas com conta-gotas, podem ser unidose ou multidoses
Vias de administração
intradérmica
Aplicação na derme. BCG e a antirrábica (em alguns casos).
BCG: inserção inferior do deltóide, na face externa do braço direito (padrão universal). formação de uma pápula imediatamente após a injeção.
subcutânea
Aplicação no tecido subcutâneo (regiões mais indicadas -Face posterior dos braços e Face ântero lateral externa na região das coxas) observar a espessura da camada subcutânea e o comprimento da agulha. Absorção lenta e contínua, indicada para vacinas atenuadas.
Regra geral, fazer prega subcutânea com dois dedos em formato de pinça.
Oral
absorção na mucosa e ação no trato gastrointestinal. Se a criança cuspir ou regurgitar: VOP - repetir a dose; Rotavírus: não é indicado refazer
intramuscular
Aplicação no tecido muscular profundo. Deltóide e o vasto lateral são os mais indicados para a aplicação de vacinas.
Deltóide: pessoas a partir de 24 meses, fácil acesso e segurança para pequenos volumes. contraindicação: Indivíduos com parestesias, paresias dos braços, mastectomia ou esvaziamento cervical.
Delimitação do local de aplicação - fazer a injeção no ponto de interseção entre duas linhas: uma vertical delimitada a partir do centro do acrômio a outra, horizontal, deve seguir da extremidade anterior da axila até a sua extremidade posterior
Vasto lateral: área extensa e segura, livre de vasos de grande calibre ou nervos importantes, pode ser usado mesmo em recém nascidos. É o local indicado para a aplicação de vacinas em crianças com menos de 24 meses.
Delimitação do local de aplicação - dividir a área que vai do joelho até o grande trocanter (cabeça do fêmur) em 3 partes. O local indicado corresponde ao terço médio do músculo vasto lateral.
Higiene das mãos
higienização antisséptica: agentes antissépticos (clorexidina degermante 2%, polvidine degermante 10%, alcool gel 70%).
fricção antisséptica: uso de preparação alcoólica
Higiene Simples das mãos: água e sabonete comum
Estrutura e insumos
verificar a validade e a integridade do produto - Atenção para frascos multidoses (registrar data e hora de abertura no frasco).
Evitar tocar a agulha e o bico da seringa.
higienizar as mãos antes e após a aplicação da vacina
Checar o espaço nos coletores de resíduos
Dispor do material necessário na bancada
Abrir a embalagem na presença do paciente
Especificações de seringas
Capacidades e escalas diversas- devem atender ao volume a ser aplicado.
Seringas com bico em rosca são as mais indicadas para medicamentos pela via IM
dispositivo de segurança reduz o risco de acidente percutâneo
Especificações de agulhas
medidas em mm: Calibre x comprimento
código de cores do canhão da agulha, identifica o calibre
A escolha deve considerar: via, local de administração e espessura de tecido.
Aplicação IM: comprimento de 25 mm ( deltoide e o vasto lateral) e de 20 mm (crianças), Região dos glúteos e em obesos, agulhas de 30 mm. (canhão roxo, azul, preto e verde - calibres que vão de 0,55 a 0,80 mm).
Aplicação SC agulhas mais curtas reduzem o risco de injeção IM. Agulhas com 13 mm de comprimento e calibres de 0,38 ou 0,45 mm (canhão cinza claro e marrom) e prega subcutânea e usar ângulo de 45 graus são estratégias indicadas.
Aplicação Intradérmica: agulhas de 13 mm são as mais indicadas (canhão cinza claro).
Técnicas de administração
para vacinas IM: Usar técnica em Z; Agulhas com 25 mm de comprimento são indicadas para a maioria dos pacientes; Aplicar com ângulo de 90°; fazer a elevação do músculo (prega muscular) quando necessário
Sobre o uso de álcool: não é consenso; ao se optar por fazê-lo, usar uma compressa ou algodão embebido em álcool a 70°, iniciando a limpeza do local, partindo do centro para fora num movimento circular, como uma espiral. Não passar duas vezes o algodão no mesmo local. É importante deixar a pele secar completamente antes de inserir a agulha no tecido.
para vacinas SC: Usar prega subcutânea, Usar agulhas curtas em ângulo de 45°
Sobre a aspiração antes da injeção: em vacinação não é necessário aspirar
Procedimentos fundamentais: deixar o paciente calmo e seguro; informar o paciente ou cuidador; preparar a dose na presença do paciente; Planejar a contenção da criança para evitar acidentes; Identificar o local exato para fazer a injeção Injetar o medicamento de modo lento e constante (1 mL a cada 10 segundos)
cuidados pós aplicação: recomendar compressa fria, não há indicação de compressa quente
cuidados na aplicação de vacinas: optar por superfície cutânea integra, evitar locais com prótese de silicone (glúteos), áreas com tatuagem, pintas, verrugas, proeminências ósseas, nódulos, endurecimentos ou amolecimentos
Posição para a administração de qualquer vacina:Manter o músculo relaxado (conforto e melhor delimitação); Sentada e em decúbito reduz o risco de danos no indivíduo, em caso de síncope
4 - Gestão e comunicação aplicadas a vacinação.
Comunicação Verbal:
escrita
fala
comunicação não verbal:
expressões corporais (cinésica)
distancia entre pessoas (proméxica)
uso do toque (háptica)
Visula (uso de símbolos e ícones)
Contato visual (oculésia)
uso de objetos (objetics)
É um meio para a construção de uma relação terapêutica de cuidado centrada no paciente
Anamnese e coleta de dados
Avaliação
Acolhimento
Compartilhamento do plano de cuidado
Gestão de serviços farmacêuticos
Clinic-Canvas, ferramenta de desing de seriços farmacêuticos gratuita e on-line
Passos do planejamento e gestão do serviço e do estabelecimento
Qual profissional o executa
Mapear a legislação seguida
Como o serviço ocorre
custos e muito mais
Localização
Cultura organizacional
Plano de implementação de serviços farmacêuticos: bases do serviço ou projeto inicial
Mix de produtos, serviços e insumos
Enxergar para além do nosso local de trabalho
Considerar possíveis concorrentes, nossos custos fixos e variáveis
Gestão de pessoas
equipe capacitada
sistemas eficazes de registros de serviços
plano de marketing assertivo
Acompanhar os indicadores de performance
Aprimorar o conhecimento continuamente
Check list de projetos e operações
Recomendações importantes:
Convide-os para conhecer o serviço que você possui
Gere encaminhamentos
Estruture um programa de visitas para demostrar o que você faz
Proponha ações em conjunto
Métricas de encaminhamento ou indicadores (PROF. TODD SORENSEN [Minessota, EUA])
Métricas de eficiência
Métricas de qualidade
Métricas de consistência
Métricas de sustentabilidade
Métricas de estrutura
Metas de treinamento
"Aprendemos, de fato, o que lemos, ouvimos e vemos, mas, principalmente, o que falamos e fazemos" (Edgar Dale)
3 - Documentação do processo de cuidado e registro das doses de vacinas administradas
Registro: relato técnico detalhado de tudo que aconteceu durante o atendimento; É feito em ordem cronológica; Proteção para o profissional e para o paciente; O registro é confidencial (Lei nº 13.709/2018 Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD). É obrigatório
RDC - Anvisa nº 63/2011 obriga: registrar as informações referentes as vacinas aplicadas; manter o prontuário do paciente atualizado e acessível aos respectivos usuários e órgãos de fiscalização; notificar a ocorrência de reações adversas pós vacinação e de erros de vacinação.
No cartão de vacinação deverão constar: dados do vacinado, nome da vacina, dose aplicada, data da vacinação, número do lote, nome do fabricante, identificação do estabelecimento e do vacinador, data da próxima dose.
Outras legislações que obrigam o registro: Resolução CFF nº 585/2013; Resolução CFF nº 654/2018; RDC - Anvisa nº 44/2009
Modelo Soap: dados subjetivos; dados objetivos; avaliação; plano
Armazenamento dos dados: Físico e digital
Prescrição farmacêutica: comunicação direta entre o profissional e o paciente
Receita: escrita em português, por extenso de forma legível, nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, componentes previstos no Art. 9º da Resolução/CFF Nº 586/2013.
É o registro dos atendimentos, incluindo as condutas selecionadas.
Documentos
Serviços de Saúde: prontuário do paciente.
Órgãos públicos: prontuários e documentos de notificação de reações adversas e de doses administradas.
Profissionais da Saúde: encaminhamentos
Encaminhamento: comunicação com outros profissionais de saúde
Cartão de vacinação: registro das vacinas aplicadas; preferencialmente, faça o registro no cartão do paciente, se não for possível, forneça um novo cartão, anote à lápis a data da próxima dose
Como registrar a vacinação:
Rotina em UBS: Sistema E-SUS
Campanhas / rotinas do SUS fora das UBS: Sistema SI-PNI
Estabelecimentos públicos e privados: Sistemas próprios
Acesse rnds.saude.gov.br: para informações sobre integração de sistemas próprios
Portaria/MS nº 1.434/2020: Conecte-SUS; Rede Nacional de Dados em Saúde - RNDS
Portaria/MS nº 69/2021: obrigatoriedade do envio de dados individualizados do vacinado - restrita às vacinas contra a Covid-19. Registros diários e de forma individualizada. sistemas de informação próprios ou de terceiros, requer a transferência dos dados para o SUS.
Lei nº 13.021/ 2014: Avanço para a prestação de serviços nas farmácias
As atualizações estão disponíveis em: www.saude.gov.br e www.conasems.org.br