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CONCEITOS DO DIP - Coggle Diagram
CONCEITOS DO DIP
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
FONTES FORMAIS
:bookmark:
ARTIGO 38 - ESTATUTO DA CIJ
não é taxativo
Fontes primárias
Fontes convencionais (Tratados)
Fontes não convencionais
Princípios Gerais do Direito
pautas genéricas que
condicionam
e
orientam
a compreensão do ordenamento jurídico - função integradora - preenche lacuna;
avaliados conforme seu
peso
ou
importância
;
costume light
- critério menos demandantes de prática e
opinio juris
Princípios Gerais do Direito Interno podem ser aplicados :!?:
Sim, desde que
SUFICIENTEMENTE GERAIS
PGDs relativos ao DIP aceitos pela CIJ:
Proteção da dignidade da pessoa humana
Pacta sunt servanda
;
Princípio da boa-fé;
Princípio do devido processo legal;
Res judicata
: obrigação de reparação por parte de quem cause um dano após coisa julgada
Atos Unilaterais (
:warning: não está no artigo 38
)
Estado de maneira
autônoma
pode criar, modificar, extinguir direitos ou deveres a partir de uma vontade regularmente emitida por uma autoridade governamental
CASOS :pen:
CASO TESTES NUCLEARES - AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA :red_cross: FRANÇA (CIJ, 1974)
França testando armas acaba com ecossistema onde Nova Zelândia pescava. Chanceler da França diz - já temos capacidade de fazer testes subterrâneos - mas realiza novamente teste em águas
CIJ - Estado
unilateralmente
o impôs obrigação. Nova declaração da França confirmando - CIJ - Estado se obrigou - perda de objeto
Costumes Internacionais
São fontes
não escritas
, uma prática
geral
aceita como
direito
Elemento material + elemento subjetivo
ELEMENTO MATERIAL
prática
geral: uniforme e constante
quanto tempo :question: Depende.
generalidade
- pode ser universal, regional ou bilateral - pex.: asilo diplomático -
um costume latino-americano
- não existe :red_cross:
costume unilateral
ELEMENTO SUBJETIVO
convicção de juridicidade
:check: -
opinio juris sive necessitatis
- advém do fundamento voluntarista
sem isso seria apenas
uso
- pex.:
cerimonial, tapete vermelho etc
se deixar de ter a convicção de juridicidade
deixa de ser costume
Como não deixar formar um costume internacional :question:
OBJEÇÃO PERSISTENTE
apresentação de objeção
clara, originária e constante
ANTES :arrow_backward: da formação do costume
:warning:
não
oponível a norma de
jus cogens
OBJEÇÃO SUBSEQUENTE
deixa de reconhecer costume, cuja existência antes admitia
:bulb:
Doutrina do objetor persistente
- advém do contexto das descolonizações, países do Norte global reavivaram a doutrina - receio de ter que aceitar costumes dos países recém-independentes
Silêncio forma costume :question:
Nem sempre, silêncio como condição para formação de costume só é possível quando circunstâncias pedirem reação -
Estado com interesses afetados
- e esteja em condições de reagir -
conhecimento e prazo
.
CASO :pen:
1 more item...
Comissão de Direito Internacional Público (AGNU)
auxilia na
codificação
dos costumes
maior
segurança
e
previsibilidade
corpo
normativo
sistemático.
Decisões de OI's (
não está no artigo 38
)
Só será fonte se o tratado constitutivo tiver atribuído
competência normativa externa
ao órgão. Ex.: Decisões vinculativas do CSNU
Casos
:pen:
CASO LOCKERBIE - Líbia :red_cross: Reino Unido (CIJ, 1998)
avião sobrevoando Escócia explode :explode: - todos morrem - destroços ainda matam pessoas - grande suspeita de o atentado ter sido alimentado pela Líbia - CSNU obrigou Líbia a extraditar os suspeitos - Líbia Convenção de Montreal - diz que posso julgar pessoas aqui.
CIJ - resoluções do CSNU têm
PRIMAZIA
sobre tratados. Artigo 103 - ONU - Líbia deve cumprir a decisão;
:red_flag:
SOFT LAW
conjunto de resoluções de OI's que
NÃO
geram obrigação pros Estados, mas
podem ter um papel fundamental
para ajudar a
criar
normas jurídicas.
NÃO HÁ GRAU DE OBRIGATORIEDADE
não é mais ou menos obrigatória - apenas não é obrigatória
Pex.: Resolução da AGNU para facilitar identificação de costume já existente, acelera a criação de novas normas costumeiras, pode orientar a ação normativa futura -
de lege ferenda
- pela lei que está sendo elaborada.
Fontes secundárias (meios auxiliares)
:warning:
não
:red_cross:
criam direito
, apenas auxiliam na
interpretação
Doutrina, Jurisprudência
O PAPEL DO PRECEDENTE JUDICIAL (JURISPRUDÊNCIA) NO DIP
→ A corte tem necessidade de
coerência e coesão
jurisprudencial, porque deve se projetar como
previsível
para que os Estados aceitem a sua
jurisdição
→
DIP criado com base na
civil law
- não opera com base no
stare decisis
:red_cross:
common law
- jurisprudência obriga apenas as partes
FONTES MATERIAIS
eventos que auxiliam a construção do DIP
opinião pública,
consciência coletiva,
solidariedade,
sentido de interdependência social
:red_flag:
NÃO SÃO FONTES, SÃO MÉTODO DE TRABALHO
:red_flag:
ex aequo et bono
ignora-se o Direito e resolve-se o caso de acordo com o
sentimento de justiça
dos juízes. Apenas quando houver
lacuna
. Nunca foi usado e
não cria direito
, por isso :red_cross: não é
fonte
equidade
não
se ignora o Direito, mas dá atenção ao caso concreto e depende da
anuência
das partes envolvidas e não cria Direito, portanto :red_cross: não é
fonte
SOCIEDADES INTERNACIONAIS :red_cross: NACIONAIS
SOCIEDADES INTERNACIONAIS
integrada por
Estados, Organizações e indivíduos
é
universal, paritária e heterogênea
sistema
descentralizado
- :no_entry:
não
há verticalidade, há
horizontalidade
relações se dá no patamar da
coordenação
autotutela
ainda desempenha um papel no DIP
Estados são os
criadores, destinatários e garantidores
das normas de DIP
sistema
descentralizado
de sanções
não
há autoridade suprema - anarquia internacional
SOCIEDADES NACIONAIS
Sistema
centralizado
de sanções
Monopólio do uso coercitivo da força é do
Estado
- indivíduos :red_cross:
autotutelar-se
,devem buscar o
poder judiciário
situação de
hierarquia
entre Estado e indivíduos :small_red_triangle: - Estado exerce
legislativo, executivo e judiciário
indivíduos são
destinatários
das normas
estrutura institucional
complexa
CORRENTES SOBRE CONFLITO ENTRE DIP E DIREITO INTERNO
Como as normas nacionais e internacionais
se relacionam
:!?:
DUALISMO
Ordenamentos
distintos
e
independentes
entre si
DUALISMO RADICAL
incorporação por meio de
lei
DUALISMO MODERADO
incorporação por meio de
decreto
- + simples
MONISMO
Há apenas
um só
ordenamento jurídico
MONISMO NACIONALISTA
Valor absoluto da
SOBERANIA
Normas nacionais
conferem validade
às normas internacionais
MONISMO INTERNACIONALISTA
Primazia
do Direito Internacional
artigo 27 CVDT
- Direito interno
não é
escusa para descumprimento da norma internacional
Kelsen
BRASIL É MONISTA OU DUALISTA?
A
CF/88
não dispõe sobre o tema.
STF
por meio da
ADI 1480
- pacificou o tema - No :flag-br: há exigência de incorporação de tratados que acarretem encargos ou compromissos gravosos -
costume constitucional
:flag-br: adota, então, o
DUALISMO MODERADO
particularmente no que se refere a incorporação de tratados que
acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional
incorporação precisa:
:one: - decreto legislativo aprovando
:two: - manifestação definitiva no plano internacional pelo país
:three:- promulgação por decreto executivo
Porém,
acordos executivos,
costumes internacionais,
princípios gerais de direito,
resolução sobre terrorismo do CSNU [L. 13.810/2019]
demais fontes do DIP
NÃO
:no_entry:
precisam de incorporação
Então, podemos afirmar que o :flag-br: adota muito mais uma perspectiva
MONISTA MODERADA
do que dualista na prática.
O país é dualista moderado apenas para tratados supracitados e para algumas normativas do MERCOSUL que exigem incorporação.
FUNDAMENTOS DO DIP
QUAL A
ORIGEM
DA
OBRIGATORIEDADE
DO DIP :!?:
VOLUNTARISMO (POSITIVISMO)
ONDE NÃO HÁ VONTADE, NÃO HÁ LEI
Estado é
soberano
:fast_forward: só se vincula pelo que
livremente consentiu
- por vontade
expressa
(tratado) ou
tácita
(costume)
TEORIA DA AUTOLIMITAÇÃO DA VONTADE
Georg Jellinek
DIP é construído por Estados que
soberanamente
vinculam-se a normas que limitam sua soberania
CASOS
:pen:
CASO LOTUS (FRANÇA :red_cross: TURQUIA)
- 1927 CPJI
:ferry:
embarcação francesa afunda sem querer embarcação turca. Lotus (:flag-fr:) segue em frente. embarcadores condenados à prisão quando chegam à Turquia
:flag-fr:
argumenta - é
costume internacional
que apenas o país da nacionalidade da embarcação possa processar e julgar
CPJI
- não, pois essa prática não é revestida de
opinio iuris
- não é costume - o que não está proibido, está permitido -
voluntarismo
CASO WIMBLEDON (REINO UNIDO :red_cross: ALEMANHA)
- 1923 - CPJI
Tratado de Versalhes 1919
-
internacionalização do canal de Kiel
:flag-de:
assinou, mas cobrou impostos no canal. :flag-gb: descontente
CPJI
- DIP
decorre
da soberania dos Estados - :flag-de: assinou o tratado, foi soberanamente decidido. Mentalidade positivista/voluntarista
CRÍTICAS
:mega:
sujeição
excessiva
do DIP às
dinâmicas políticas
OBJETIVISMO (JUSNATURALISMO)
:angel::skin-tone-2:
EXISTEM NORMAS SUPERIORES A VONTADE DOS ESTADOS
Jusnaturalismo laicizado - decorre do
pensamento filosófico
Inconcebível que algumas normas deixem de existir -
normas peremptórias,
jus cogens
, Direito Congente
CRÍTICAS
:mega:
risco de
alienar
o Estado do DIP
DIREITO INTERNACIONAL GERAL
RELATÓRIO CDI
existem normas
peremptórias
, só podem ser modificadas por outra norma
jus cogens
, protegem valores da sociedade internacional
aplicáveis de maneira
universal
e
são
erga omnes
- obriga a todos
Normas
jus cogens
- lista
não exaustiva
proibição à tortura,
genocídio,
escravidão,
princípio da autodeterminação dos povos
[...]
RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS E DIREITO INTERNACIONAL GERAL
Relatório da CDI - artigos 40 e 41
todos os Estados
têm o dever de cooperar
para
pôr fim
àquela
violação
,
dever de
não prestar
auxílio ou assistência para a violação,
dever de
não reconhecer
como lícita a situação criada pela violação.
Doutrina Stimson
(Ex-secretário de Estado :flag-us: - 1920)
política de
não reconhecimento
de Estados
criados
por meio de
violações
ao Direito Internacional.
2GM - criação de Estado-fantoche pelo Japão, EUA não reconhecem.
CASOS
:pen:
PARECER CONSULTIVO CIJ
- Arquipélago de Chagos :red_cross: Reino Unido - 2019
Contexto de descolonização da Ilha, Reino Unido quebra colônia em duas não permitindo a independência do arquipélago de Chagos (importância geopolítica), apenas liberou as Ilhas Maurício
Ilhas Maurício provoca a CIJ
decisão:
autodeterminação dos povos é
jus cogens
-
erga omnes
.
descolonização das Ilhas Maurício
ainda está incompleta
-
todos
têm o dever de cooperar com a ONU para completá-la.
Reino Unido ignorou - mas sofre penalizações em espaços multilaterais (esse ano não consegui eleger juiz para a CIJ)
:warning:
não se pode
alegar soberania para
violar
o princípio da autodeterminação dos povos -
jus cogens
- mas o reconhecimento decorre do
ato de império
- posso não reconhecer um país
O QUE É :!?:
É o sistema de
normas jurídicas internacionais
que integram: os
costumes
internacionais,
princípios gerais de Direito
e normas de
jus cogens
Como são incorporadas ao Direito brasileiro :flag-br: :question:
CF/88 não menciona - em regra de forma
automática
DOUTRINA CRÍTICA - MARTTI KOSKENNIEMI
DIP
navega
entre positivismo e Jusnaturalismo
precisa das duas asas
normas que servem ao bem comum da humanidade →
jus cogens
-
normas que refletem os interesses e práticas estatais →
voluntarismo