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O Capital [Parte I], Para Smith, em sociedades primitivas o valor depende…
O Capital [Parte I]
Capítulo I
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Conceito transhistórico é aquele que está presente em todas as sociedades em todos os momentos da história.
O produto do trabalho é um conceito transhistórico, pois em qualquer sociedade as pessoas modificam a natureza para atender suas necessidades e garantir reprodução social.
O capitalismo gira em torno das mercadorias, e é nisso que Marx foca sua análise.
O capital, riqueza usada para gerar mais riqueza, existe somente no capitalismo.
No capitalismo, o que produzimos só tem valor se for socialmente aceitavel, ou seja, trocavel.
Mercadoria é aquilo que satisfaz nossos desejos, seja diretamente (sendo utilizada), ou indiretamente (sendo vendida).
No capitalismo, o valor útil (transhistórico) de um objeto leva ao valor de troca (histórico).
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Ao trocar, sacrificamos o valor utilidade para obter valor de troca.
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De acordo com a dupla natureza do trabalho, este pode ser observado de duas formas distintas.
Trabalho concreto são os métodos específicos da produção de cada bem, gerando valor util.
Trabalho abstrato é um valor contido em todas as mercadorias, permitindo assim que criem poder de compra e a determinação de seu valor de troca.
O valor de um bem vem do tempo de trabalho socialmente necessário, que é a média de tempo requerido para produzi-lo, levando produtividade e intensidade em consideração.
Conforme a tecnologia melhora, a produtividade aumenta e o valor dos bens diminui.
Intensidade indica o esforço necessário para produzir um bem, e aumentar a intensidade não diminui o valor de um bem.
Um bem só se torna mercadoria ao ser trocado, adquirindo assim valor.
Para um produtor, um bem só tem valor útil se for trocável.
Valor de troca é a expressão material de valor, ou seja, só pode ser expresso quando comparado com outro bem.
Ex: 1 calça = 4 sapatos = R$20, pois todos requerem o mesmo trabalho para produzir, ou seja, têm valor equivalente.
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Preço é a maneira monetária de se expressar valor, e ouro, sendo o bem mais amplamente aceito, se tornou dinheiro.
Capítulo III
Deve haver um padrão para se medir dinheiro, geralmente kg ou g.
Circulação/troca significa que mercadorias são trocadas por dinheiro e depois por outras mercadorias.
É possível vender sem imediatamente consumir, por conta da incerteza, o que é uma crítica a Say, já que pode levar a crises.
Preços não dependem da moeda, mas sim do trabalho das mercadorias.
O capitalismo é focado no lucro, não na produção. Dinheiro pode ser entesourado.
A promessa de dinheiro pode ser usada no comércio (crédito comercial) ou na busca por capital, por isso é chamado dinheiro crédito ao invés de dinheiro efetivo.
Crédito comercial é criado no breve momento em que venda e preço são separados, criando assim um sistema com credores e devedores.
Capítulo IV
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De acordo com a Lei do Valor (LV) bens são trocados de acordo com o trabalho necessário para sua produção.
Se ela não existisse, uma pessoa poderia lucrar ao comprar barato e vender caro, mas a sociedade continuaria com a mesma riqueza total.
Em uma sociedade onde a LV se aplica, excesso vem do fato que alguns controlam os meios de produção (MP) e outros a força de trabalho (FT).
FT é diferente de trabalho, já que é a soma das capacidades de um indivíduo, o potencial de trabalho, um conceito transhistórico que se torna mercadoria no capitalismo, adicionando valor à outras mercadorias e permitindo excesso.
Trabalhadores são livres para emprestar sua FT, que diferente do trabalho possui valor. No entanto, eles não controlam os meios de produção.
Os clássicos acreditvam que o valor da FT depende das necessidades de sobrevivência e reprodução do trabalhador. [Lei de Ferro]
Para Marx, também devemos considerar o que uma pessoa precisa para ser aceita na sociedade [Bens salário].
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Os salários nunca irão abaixo dos bens salário, mas também não irão muito acima, pois isso tira lucro do capitalista.
O capitalista busca obter lucro através da FT, pois diferente de outras mercadorias ela não perde o valor após ser usada.
Para Smith, em sociedades primitivas o valor depende do tempo de produção, enquanto que em sociedades desenvolvidas depende do trabalho comandado.
Para Ricardo, mesmo em sociedades desenvolvidas o tempo gasto ainda é importante.
Marx critica a noção Smithiana de que somos propensos por natureza à troca. Ao invés disso, Marx acredita que tal tendência vem da vida da necessidade de sobreviver na sociedade mercantil.
O modelo mercantilista de Marx é simplificado, com produtores independentes mas desconsiderando a grande variedade de mercados.
Smith acredita que o comércio leva à divisão do trabalho, enquanto que Marx diz que toda sociedade tem divisão de trabalho.
Algo pode ter preço mas nenhum valor, como terra, que não é produzida.
Bens salário dependem de cultura, desenvolvimento, etc.
Marx acreditava com o desenvolvimento da tecnologia, os salários iriam aumentar.
Mercadoria para Marx é todo bem ou serviço criado pelo trabalho humano oferecido para a venda no mercado.
Para Marx, o capitalismo mercantil foi a primeira fase do capitalismo.
Basicamente, mercadorias são bens que são trocados no intuito de satisfazer nossas necessidades, seja direta ou indiretamente.