Meningites

Definição: Inflamação das meninges que pode acontecer de forma aguda ou crônica.

Causas

Infecciosas: Bacteriana, viral, fúgica, parasitária e microbacteriana.

Causas não infecciosas: Drogas (AINES, IVIG, BACTRIM), autoimunidade, neoplasias.

Meningite Bacteriana

Principais Bacterias: Neisseria Meningitdis, Streptococcus do grupo B, Listeria monocytogens e Hemohylius influenzae tipo b.

Classificação por idade:

Lactente jovem até 05 anos: Streptococcus pneumonia, Neisseria meningitidis

Adolescente: Neisseira

0-3 meses de idade: Escherichia coli, Estreptococcus do gruo B, Listeria monocytogene

Fatores de risco: Asplenia funcional ou anatômica, deficiência do complemento, implante coclear com perda de contiguidade, crianças abaixo de 5 anos.

Manifestações Clínicas:

RN e Lactentes Jovens: Inespecífico, febre, vômitos, baixa aceitação oral, irritabilidade, letargia e sonolência, ausência de rigidez nucal, convulsões, abaulamento de fontanela.

Crianças e Adolescente: Febre, cefaleia, rigizez nucal, letargia, irritabilidade, vômitos, náuseas, fotofobia, confusão, convulsões (menos comum), com ou sem sinas de choque, pode haver petéquias ou púrpura fulminans.

A ausência de rigidez nucal NÃO exclui diagnóstico de meningite.

Exames: Hemograma, provas inflamatórias, eletrólitos, Glicemia, Coagulograma, hemocultura.

Análise do liquido (LCR): Bioquímica/Citologia, pesquisa direta e cultura, testes moleculares. CONTRAINDICAÇÕES: Coagulopatias, instabilidade hemodinâmica ou respiratória, infecção cutânea ou próxima á inserção.

Exames de imagem: TC de crânio
Imagem antes do LCR se: Sinais focais, papiledema, imunodeficiência prévia, alteração conhecida no SNC

Tratamento

Cuidados Clínicos

Assistência respiratória

Antibiótico empírico se possivel, após LCR

Estabilização clínica

Se muito grave, HMC e TTO o quanto antes

Avaliação sistemática e conduta de emergência (PALS)

Monitor O2, acesso venoso

Antibióticoterapia Empírica

COMUNIDADE: Cefalosporina de 3° geração (Ceftriaxona) com ou sem vancomicina

HOSPITALAR: Vancomicina + Betalactâmico

NEO: Gentamicina + ampicilina

GRAM +: Penicilina G, vancomicina

Quimioprofilaxia

Meningococo: Rifampicna, Ciprofloxacino, Ceftriaxone ou Azitromicina

Pneumococo: Não está indicada a profiliaxia

Hemophilus Influenza B: Rifampicina

Imunização de rotina (SUS)

PCV10 (2+1) - 2 meses

Hib - Penta (3) - 2 meses

Menc (2+1) - 3 meses

MencACWY - 11, 12 anos

Principais vacinas protetoras: menACWY, Penta, BCG, Meningo B, Pneumo 10 e 13.
Penta: DTP (Difteria, Tétano, Coqueluche) + Hepatite B + VIP (Haemophilus influenza tipo b).

Diagnóstico Diferencial:

Sinal de Kerning: Resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco.
Sinal de Brudzinski: Flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente.

Encefalites: Inflamação do encéfalo + disfunção neurológica

Infecciosos: Encefalite viral é a causa mais comum.

Vias de acometimento do SNC: 1- Nervo Olfatório 2- Nervo vago 3- Hematogênica com invasão da barreira hematoencefálica

Manifestações Clínicas: Febre, convulsões, alterações focais, queda do nível de consciência

Etiologias:

Infecciosa: Vírus (+ comum), bactéria, micobactérias, fungos, protozoarios, prion.

Imunomediada: Idade média de 71 anos, ADEM, Anti-NMDRAr, Anti-MOG

Desconhecida

Exames: Hemograma, eletrólitos, glicemia, analise do liquor, bioquímica/citologia, pesquisa direta e cultura, testes moleculares

Exame de imagem

Triagem: TC de crânio

Exame de escolha: RNM

Eletroencefalograma

Tratamento:

Cuidados Clínicos:

Avaliação sistemática e conduta de emergência

Estabilização clínica

Monitor, O2, acesso venoso

Assistência respiratória

Exames complementares

Tratamento Impírico

Hemocultura

Tratamento empírico específico

Comunidade não neonatal

Cefalosporina de 3° geração + vancomicina

Neonatal

Cefalosporina de 3° geração + ampicilina

Antiviral contra HSV

Aciclovir EV- 14 a 21 dias

Prevenção:

Controle de vetores

Vacinação

Tratamento da herpes genital na gestante

Higiene das mãos

Crise convulsiva em vigência de febre: Crise convulsiva benigna em crianças acima de 1 mês de vida

Doenças desencadeantes:

Virais: IVAS, exantema súbito

Confusão Febril Simples

Bacterianas: Faringite estreptocócica, Otite média aguda

Duração de <15 minutos.

Período pós-ictal com sonolência
breve.

Sem déficit Focal

Crise tônico-clônica generalizada

Não tem concorrência, acontecendo no inicio da doença e não volta a ter novamente nessa infecção

Confusão Febril Complexa

Pós-ictal com sonolência prolongada ou com défictis focais

Duração >15 minutos.

Crise convulsiva focal.

Crises repetidas em 24h ou que
recorrem na mesma doença febril.

Tratemento

Não melhorou? Estado de Mal
epilético refratário.

Segunda linha: Fenitoína ataque EV, Fenobarbital ou Ac. Valproico.

Benzodiazepínico ate 3x Diazepam ou Midazolam

Tratar crise

Admitir via aérea, O2 em alto fluxo, monitorar, acesso EV,e Dextro

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO
REFRATÁRIO

Atividade epiléptica que persiste mesmo após uma dose apropriada de benzodiazepínicos e/ou uma medicação de 2a linha apropriada.

Atividade epiléptica que persiste
após: Dose apropriada de
benzodiazepínicos, Uma medicação de 2a linha
apropriada.

RISCO DE EPILEPSIA

Antecedente familiar positivo.

Atraso no Desenvolvimento
Neuropsicomotor (DNPM).

Distúrbio neurológico pré existente.