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Capítulo 1 - O que é um fato social?, Capítulo 2 - Regras relativas a…
Capítulo 1 - O que é um fato social?
Necessidade do discernimento da Sociologia como ciência, em seu cerne, divergindo da Psicologia, Filosofia e Economia.
Delimitação de um objeto de estudo autêntico, com rigor metodológico e "anatomia" própria, desvinculando-se em primeiro momento da subjetividade caraterística das ciências anteriormente citadas.
Conjunto material e/ou imaterial de práticas, costumes, comportamentos e condições que condicionam os indivíduos a determinadas interações dentro de suas estruturas sociais comuns.
Caracterização científica e condicionantes
Exterior
Manifesta-se para além dos condicionamentos individuais de um sujeito, estando posto previamente a sua aceitação, consenso ou julgamento moral.
Coercitivo
É capaz de reproduzir-se externamente através da coerção, estando cristalizado nas práticas caraterísticas da consciência coletiva de um grupo, e sendo adotado em sua expressão reprodutiva secular pelos mecanismos vigentes de autoridade e autogestão das estruturas sociais.
Geral
Pois não encontra-se em contato com a maioria dos indivíduos por manifestar-se a partir de conjunto de individualidades, mas contribui para a formação destas individualidades antes mesmo dos indivíduos, por muitas vezes, às adquirirem conscientemente de maneira autônoma.
Desenvolvimento progressivo
Através de seus mecanismos de expressão coercitiva e exterior ao indivíduo, tendo se alçado na maioria das vezes imaterialmente na constituição coletiva de uma determinada estrutura social, os fatos sociais se tornam sucessórios uns dos outros, pois aos poucos, durante o desenvolvimento do processo histórico humano, superam suas contradições através da expressão dialética das práticas individuais adotadas pelos sujeitos atingidos por aquele fato.
Capítulo 2 - Regras relativas a observação dos fatos sociais
Objetividade
Observação dos Fatos Sociais como objeto, e não como consequência da massificação de valores ou práticas individuais.
Descolamento das concepções de interação social metafísicas propostas pela filosofia, e da subjetividade, característica da psicologia.
Agrupamento dos fatos por suas peculiaridades exteriores ao indivíduo.
Distanciamento da análise sob influência ideológica.
Descolamento da concepção sofistica e idealista da atribuição dos fatos como manifestação de viés de confirmação teórica, mas sim proposição do desenvolvimento da análise factual por si própria, como inclusive geradora de novas concepções teóricas originárias das análises baseadas na observação da realidade.
Análise associativa da estrutura conceitual "bruta" dos fatos sociais, com as vicissitudes da prática autêntica e caraterística a cada realidade em seu contexto histórico.
Manutenção da compreensão objetiva dos fatos, descoladas de suas perspectivas práticas individuais, com atenção voltada apenas a sua manifestação geral e coercitiva.
Síntese analítica das características factuais pelo próprio fato, e não por um viés de afirmação teórica na qual o fato possa ser usado como prova ou argumento favorável.
Organização dos conhecimentos e conceitos rudimentares previamente estabelecidos com vistas a acurar e acelerar o processo de análise, sem ignorar o filtro criterioso proposto pelo método.