Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
CINETOSE OU ENJOO DO MOVIMENTO - Coggle Diagram
CINETOSE OU ENJOO DO MOVIMENTO
Definição
Intolerância ao movimento, real x aparente
Resultante de um conflito sensorial entre os sistemas vestibular, visual e proprioceptivo
Maioria das vezes: resulta de uma resposta fisiológica relacionada a estímulos de movim. não familiares
Pode ser desencadeada ou agravada: distúrbios vestibulares periféricos ou centrais
Pode ocorrer
locomoção passiva em veículos
simuladores de voo
ambientes de realidade virtual
parques de
diversões
esteira ou bicicleta ergométrica
Pode incluir sintomas
GI
SNC
Autonômicos
Epidemiologia
Acomete pessoas de todas as idades
Mais propensas: crianças 2-12 anos id.
Predomínio sexo feminino em todas as faixas etárias (1,7:1)
Incidência aumentada: gestação + período menstrual
Paciente com enxaqueca: 50-70% histórico de cinetose; comparados com 8-24% da pop.normal
Parece haver predisposição genética
Fatores de risco
Sexo: mulheres + suscetíveis
Idade: crianças até 12 anos; id. < 2 anos são resistentes; incidência máx. 9 anos; diminuindo ao longo da idade adulta; incidência invulgar após 50 anos
Fatores emocionais
Apreensão ou ansiedade acerca da viagem
Enxaqueca: padecer de enxaqueca aumenta a propensão
Vestibulopatia
Labiritinte
Vertigens
Doneça de Meniére
Fatores hormonais
Grávidas
Ciclo menstrual
Uso de contraceptivos orais
Fisiopatologia
Cérebro estima o movimento e a orientação espacial da cabeça com base na associação de numerosos aportes de dados
Principais sinais sensoriais que contribuem para este processo
Aportados pelos receptores vestibulares (labirinto)
Informação visual
Sinais somatossensoriais
Transmitidos pelos receptores propriocetivos
Cinetose é atribuída
Ocorrência de um conflito sensorial aparente
Quando o cérebro entende como incongruentes, ou discrepantes, os dados que lhe são transmitidos pelos diferentes órgãos sensoriais em resultado de um movimento real ou virtual
Esta informação não coincidente é julgada relativamente ao padrão expectável de associações formadas sob condições normais ou prévias, armazenado no cérebro, originando a cascada de sintomas
Pode desenvolver-se
Durante viagens aéres
Marítmas
Terrestres
Rodoviárias x comboio
Ao andar em diversões de parques infantis ou parques de atrações
Elevadores
Ao viajar em animais: cavalos
Viagens espaciais
Mov. virtual em simulador: jogar videojogos, usar capacetes de realidade virtual, ver filmes 3D esteroscópicos
Diagnóstico
Clínico
Não existe teste laboratorial c/ sensibilidade e especificidade suficiente para a detecção da susceptibilidade individual
Exames complementares: afastar outras entidades nosológicas que possam comprometer sistemas relacionados ao equilíbrio corporal ou detectar possíveis fatores agravantes
Sintomas
Após exposição a evento desencadeante: isidioso
Náuseas e vômitos
Sensação de enfartamento e desconforto no epigastro
Mal-estar, sonolência, letargia, apatia, fadiga
Irritabilidade
Bocejos, eructação, hipersalivação
Outros sintomas
Calor
Suores frios
Palidez
Cefaleias, tonturas
Diaforese
Hiperventilação
Dificuldade de concentração
Rubor
Gravidade + duração depende
Grau de discrepância
Capacidade de adaptação do indiví. ao ambiente anormal
Maioria: sintomas ligeiros a moderados e autolimitados
Após vômito: frequente o alívio temporário, apesar dos sintomas poderem voltar a surgir
Alguns: agravamento dos sintomas
Vômitos graves ou prolongados
Ânsia de vomitar
Risco de desidratação, alterações eletrolíticas, hipotensão, fraqueza, depressão, dificuldade em andar, instabilidade postural, esforço intratável para vomitar e rotura esofágica
Em viagens de longa duração: sintomas remitem após 36-72h de exposição contínua
Viagens de barco: sintomas reaparece, quando o indiví. desembarca
Tratamento
Medidas não farmacológicas
Alterações comportamentas
Escolher lugares estáveis (mov. seja menor) + direcionados no sentido da marcha
Viagens: viajar no lugar da frente ou conduzir o veículo > pq as informações visual é consistente com a detecção vestibular de movimento
Viagens de barco: ocupar um lugar no centro do navio e perto da linha de água; é preferível viajar num local exterior > ver o horizonte ou massas de terra é melhor do que ver a parede da cabine
Viagens de avião: recomendados lugares localizados por
cima das asas
Evitar ler ou olhar para ecrãs em veículos em movimento
O olhar deve estar dirigido para a direção do movimento, focando o horizonte ou um objeto distante e imóvel e não o interior do veículo
Devem ser evitados: lugares fechados sem horizonte definido; preferíveis lugares à janela ou ar livre
Usar óculos de sol pode ser benéfico, por reduzir o aporte visual
Proporciona alívio: fechar os olhos, deitar-se e dormir
Reduzir os movimentos de cabeça> apior e reclinar cerca de 30°
Evitar exposição a odores desagradáveis: hidrocarbonetos
Fumantes: abster-se de fumar; evitar bebidas alcoólicas e cafeína
Ingerir refeições ligeiras ricas em hidratos de carbono e pobres
em gorduras; evitando a ingestão de muito líq.
Viagens curtas: evitar ingestão de líq. e alimentos
Respirar de modo controlado e regular
Ocupar a mente: conversar x ouvir músicas
Habituação é uma das estratégias profiláticas mais efetivas, sendo conseguida pela exposição repetida ao mesmo estímulo
Medidas farmacológicas
Útil na prevenção, mas pouco eficaz no tratamento; cinetose
induz estase gástrica que interfere com a absorção dos
medicamentos adm. VO
eficazes quando associados a modificações comportamentais ou ambientais
Seleção do tratamento considerar
duração da exposição
tolerância aos efeitos adversos
idade
comorbilidades
medicação concomitante
Anti-histamínicos H1
entre os medicamentos de 1ª escolha p/ preven.
1º geração: dimenidrinato, meclozina, difenidramina, ciclizina
Efetividade é devido aos seus efeitos centrais
2ª geração: não parecem ser efetivos
dimenidrinato: 1ª dose deve ser tomada 30-
60 minutos antes do início da viagem
Efeitos adversos: sonolência
Anticolinérgicos
Efeitos anticolinérgicos: visão turva, boca seca, obstipação, palpitações, confusão, retenção urinária, hipotensão arterial, agitação e nervosismo
Podem ser problemáticos em pessoas mais velhas
Não devem ser usados quando a diminuição do estado de
alerta possa ser prejudicial
Crianças: pode ocorrer uma estimulação paradoxal, com insónias e nervosismo
Cinarizina
Crianças 6-12 anos: 12,5 mg
Adultos e crianças > 12 anos: 25 mg
Escopolamina
Menos sedativa que os anti-histamínicos
Adm. VO, nasal e transdérmica (+ frequente)
Transdérmica: zona posterior da orelha 4h antes do efeito pretendido
Boa opção p/ viagens longas > eficáz por período 72h
Outros
Prometazina > + sedativos que os anti-histamínicos; pode causar efeitos adversos anticolinérgicos e extrapiramidais; tomada concomitante de cafeína : aumenta a eficácia ou reduz efeitos adversos
Benzodiazepínicos: diazepam, previne a cinetose de modo menos eficaz
Rizatriptano: eficaz em pessoas com enxaqueca
Psedoefedrina ou efedrina: em populações especiais; precisam executar certas tarefas/pilotar, uma vez que as terapêuticas são potencialm. sedativas; são estimulantes
Terapias complementares e alternativas
Gengibre:efeito na motilidade gástrica; efeito central nos recept. de SE
Acupressão: aplicação de pressão sobre o ponto de acupressão P6 do pulso anterior, por pressão manual, por intermédio de um pulseira ou por outros métodos