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Hiperplasia benigna prostática - Coggle Diagram
Hiperplasia benigna prostática
Caso Clínico
Homem 63 anos
História de 6 meses com dificuldade para urinar e sensação constante de bexiga cheia que nunca consegue esvaziá-la
Após urinar sente necessidade de urinar novamente
Nega corrimento uretral
HAS leve
Uso de hidroclorotiazida e ampicilina para infecções do trato urinário no ano anterior
PA 130/84 mmHg; 80 bpm; afebril
Exame cardiovascular e pulmonar sem alterações e abdome sem presença de massas
Apresentação
Condição clínica frequente a partir da sexta década de vida
Neoplasia mais comum no homem
Manifestações clínicas por crescimento benigno da próstata provocam aparecimento de sintomas urinários gerando impactos negativos na qualidade de vida
HBP é um processo relacionado ao envelhecimento masculino com prevalência histológica
A história natural da doença evidenciam que os sintomas urinários da HBP são oscilantes, com períodos de piora e de melhora espontânea
Etiologia
Multifatorial sob controle endócrino
Próstata se divide em anatômica e funcionalmente em 3 zonas, sendo elas: periférica, central e transição
Começa como proliferação do estroma fibromuscular e do epitélio glandular na região periuretral e na zona de transição
Sintomas da HBP resultam de 3 componentes
Mecânico: o aumento do volume da próstata provoca diminuição do calibre e aumenta a resistência uretral, com consequente dificuldade de esvaziamento vesical
Dinâmico: aumento da atividade alfa-adrenérgica em virtude da presença na cápsula, no estroma prostático e no colo vesical de altos níveis de receptores, causando elevação da resistência uretral
Vesical: decorrente das alterações secundárias à obstrução produzidas pela HBP na musculatura detrusora, hiperatividade como resposta ao esforço contínuo para esvaziar a bexiga
Fatores de risco não modificáveis
Raça
Suscetibilidade genética
Níveis hormonais
História familiar de câncer
Fatores de risco modificáveis
Obesidade e síndrome metabólica
Consumo de bebidas como café ou cafeína
Falta de atividade física
Consumo de álcool
Doenças cardíacas
Diabetes Mellitus
Quadro clínico
Sintomas de armazenamento ou irritativos
Frequência, urgência e nictúria
Sintomas de esvaziamento ou obstrutivos
Redução do calibre e da força do jato urinário, esforço ou demora em iniciar a micção, jato intermitente e esvaziamento incompleto
Esforço abdominal ao tentar aumentar a pressão intravesical
Gotejamento terminal
Polaciúria: + de 8 micções ao dia e com intervalo menor que 3 horas
Retenção urinária aguda
Diagnóstico
Questionário+ exame de urina tipo I, PSA e toque retal
Questionário avalia os sintomas relacionados ao trato urinário inferior
Toque retal avalia tamanho e consistência da próstata e existência de nódulos ou mesmo de tecido muito alterado, de consistência pétrea
Exame de urina tipo I: descartar infecção ou hematúria
Diferencial
Patologias vesicais (cistites; cálculo; câncer e bexiga; hiperatividade vesical)
Patologias prostáticas (prostatites; prostatodinia; CA de próstata; infarto prostático e cálculo prostático
Patologias uretrais (estenose uretral; uretrites; divertículo uretral; cálculo uretral e dissinergia esfincteriana
Tratamento
Avaliar as manifestações clínicas e corrigir as complicações relacionadas ao crescimento prostático
Clínico
Segmento: orientação sobre a doença e monitoração anual
Alfabloqueadores que vai relaxar a musculatura lisa prostática e do colo vesical, diminuindo a resistência ao fluxo urinário
Inibidores de 5-AR: age reduzindo o volume prostático
Terapia combinada: Inibidores da 5-AR + Alfabloqueadores = atua no componente estático e na obstrução dinâmica da HBP
Minimamente invasivo
Ressecção transuretral da próstata
Stents uretrais; Termoterapia transuretral por micro-ondas; ablação transuretral por agulha; ablação prostática por holmium laser
Cirúrgico
Indicações: retenção urinária persistente; infecções urinárias de repetição; ureteroidronefrose; insuficiência renal pós- renal e falha do tratamento medicamentoso
Incisão transuretral da próstata; Ressecção transuretral da próstata e Prostatectomia aberta
Referências: De Lima, Hudson., Lorenzetti, Fabio. Urologia Fundamental. São Paulo (2010) Capítulo 22