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Afecções ginecológicas da infância - Parte 2 - Coggle Diagram
Afecções ginecológicas da infância - Parte 2
Melina Dias Pereira 2022 UIT
Vulvovaginites na fase pré-puberal
As queixas ginecológicas mais frequentes nessa idade
relacionadas ao hipoestrogenismo
Fatores predisponentes
Ausência de pelos pubianos
Epitélio atrófico e ph alcalino
Proximidade ânus-vagina
Higiene inadequada
Obesidade -> aumento de temperatura local e sudorese
Alergia respiratória ou cutânea
75% são inespecíficas por coliformes fecais, estrepto e estafilo
Sintomas
Corrimento acastanhado e esverdeado
Odor não habitual
Prurido
Disúria ou polaciúria
Diagnóstico
Coleta de amostra da secreção vaginal se for recorrente
Com cotonete e SF ou com sonda uretral ou cateter de butterfly (principalmente suspeita de abuso)
Tratamento
Medidas de higiene e cuidados com roupas e cosméticos
Usar roupas intimas brancas sem estampas, de algodão, lavar com sabão de coco, sem amaciante. Usar sabonete líquido neutro pra lavar a genitália.
Tópicos: metronidazol/ secnidazol ou clindamicina creme 7d (aplicação perivaginal ao invés de intra).
Recorrência considerar sistêmico
Amoxacilina e Cefalosporina oral 10 dias, ou metronidazol ou secnidazol dose única
Suspeita de abuso - um agente Proveniente de IST pode ser um fator de comprovação para uma acusação.
Vulvovagintes na adolescência
Fatores predisponentes
Atividade sexual
uso de roupas apertadas, tecidos sintéticos, biquínis molhados
Obesidade
Duchas higiênicas após relação sexual
Leucorreia fisiológica
secreção clara (clara de ovo) próxima de período menstrual
Etiologia
Cândida Albicans, Trichomonas vaginalis, Gardnerella vaginalis, neisseria gonorrhea
Sintomas
Candidíase
Ardor, Prurido, edema, eritema e escoriações, corrimento em grumos brancos.
Tricomoníase
Corrimento esverdeado bolhoso, disúria e polaciúria
Gardnerella
Corrimento acinzentado com odor de peixe.
DIP
Corrimento purulento, disúria, Dor pélvica, febre.
Diagnóstico
coleta de material -> cultura ou exame a fresco
Tratamento
Cuidados com vestimenta
Cândida
tópicos ou orais à base de imidazólicos deve ser aplicado dentro da cavidade vaginal. Geralmente a aplicação é de 3 a 5 dias.
Tricomonas
Metronidazol 2gr dose única ou tinidazol ou secnidazol 2g. Tratar parceiro. Se necessário associar a aplicação do creme vaginal a noite.
Gardnerella
Metronidazol, tinidazol ou secnidazol, orais, ou creme vaginal de metronidazol por 10 dias e abstenção sexual
Líquen esclero-atrófico
Etiologia auto-imune
Quadro clínico
Area hipocrômica na vulva
Prurido pode causar escoriações
Menarca pode reduzir a lesão
DD
Vitiligo
Histórico familiar e com outras áreas. Não tem prurido
Tratamento
Emolientes na região
óleo de girassol
Afastar irritantes a pele
Corticoides tópicos
dexametasona 0,05% por 8 a 10 dias seguida de hidrocortisona a 1%),
Laserterapia
fissuras e sangramentos frequentes; feita para cicatrização
Sinéquias de pequenos lábios
Coalescência dos pequenos lábios
podem fechar o orifício vaginal
Acumulo de sujeira que permite que as células epiteliais migrem de um lado para o outro
epitélio por cima do orifício vaginal
3m a 7 anos
a partir de 8 anos o estrógeno promove abertura do orifício
Complicação
vulvovaginites e ITUS
Tratamento
Pomada de estrogênio (estriol) 10 dias (Promestriene) - passar com cotonete na rafe mediana, uma vez ao dia por 10 dias
não usar por mais de 10 dias
Se não abrir com estrogênio, usar hialuronidase com corticoide (Postec®) na rafe mediana, 1x ao dia à noite por até 2 meses . > de 1 ano
se não melhorar encaminhar para cirurgia pediátrica
Após abertura, orientar higienização correta e passar óleo mineral ou de girassol nas bordas para impedir novo fechamento.
Na hora do banho tracionar levemente.
Sangramentos genitais
Pode derivar de
Vulvovagintes
Corpo estranho
Liquen esclero-atrófico
Prolapso da uretra
Menarca precoce
Sarcoma botrioide
Traumas
Abuso sexual
Sarcoma botrióide
Rabdomiossarcoma da submucosa vaginal
Pico aos 2 anos
Saída de vesículas da cavidade vaginal
Corrimento, odor, sangramento e eliminação de vesículas
Tratamento com cirurgia, quimio e radio
Prolapso uretral
Imaturidade da mucosa que leva a eversão parcial ou total da mucosa uretral
frequente em meninas devido ao hipoestrogenismos e mais comum em escolares.
A mucosa não tem queratina o contato com roupas provoca escoriações e sangramentos
Mais comum de 5 a 8 anos e em negras
Além de sangramento, há dor e disúria, massa avermelhada no meato uretral (flor)
Tratamento
banho de assento
benzidamina
Pomada de estrogênio 2x ao dia por 14 dias
pesquisar ITUs
Trauma genital
quedas a cavaleiro e abuso sexual
tem que fazer exame pélvico
Pode haver a necessidade de sedação e vaginoscopia (ou histeroscopia) para avaliar melhor lesão de mucosa ou de fundo de saco vaginal, presença de hematomas pulsáteis.
Menarca precoce
Isolada
produção ovariana derivado de tumor ovariano ou ingestão acidental de estrogênios
Associada a caracteres sexuais secundários
propedêutica para puberdade precoce
Telarca precoce
Antes dos 6 anos
entre 6 e 8 nos nem sempre é patológico
Isolada
estrogênio aumentado
RN
Sensibilidade aumentada
Outros caracteres
Puberdade precoce
Investigação
Idade óssea adequada
Epitélio vaginal não estrogênico
Níveis de estradiol basal e pós GnRh adequados
US pélvico sem anormalidades
Telarca tardia
após 14 anos ou não desenvolvem
Amastia unilateral
Poland
malformação peitoral, com ausência de musculatura e glândula
Iatrogenia
cuidadores apertam a mama, lesionando e impedindo seu crescimento
Amastia bilateral
sinal de puberdade tardia
Síndromes genéticas como a de Turner e hermafroditismo
Mastalgia
Dor da mama madura
Diferente da dor mamária de crescimento
Cíclica
Acompanha o ciclo menstrual
Analgésicos comuns, sutiãs adequados (que seguram bem a mama), vitamina E e piridoxina pode ajudar.
Acíclicas
Pode ser por cistos e mastites
US
Hipertrofia mamária
sensibilidade aumentada ao estrogênio,
crescimento acentuado da mama
repercussão ortopédica
A intervenção só é indicada por estética ou devido a reflexos ortopédicos
mamoplastia redutora.
Galactorreia
Gravidez, prolactinoma, hipotireodismo, fármacos e manipulação de mama
Pode ser necessária Tc de hipófise
Nódulos mamários
Fibroadenomas
1º hipótese
Nódulos benignos
Acompanhar clinicamente com US as lesões císticas as sólidas fazer biópsia
Os de crescimento rápido devem ser retirados e alguns serviços recomendam retirada ao atingir 3 a 4 cm.
Tumores malignos são raros em adolescentes
Dismenorreia
Primária
Cólica benigna
2 anos após a menarca
Dor quem cólica por até 48h, por elevada a produção de PG
AINES e ACOS
Secundária
primeiro ano de menstruação
Patológica
Secundária a anomalias obstrutivas e endometrioses
Resistente aos AINES
As vezes seguidas de náuseas, vômitos, sensação de tenesmo.
Necessário encaminhar para ginecologista.
Hemorragia disfuncional
Menstruação com fluxo aumentado
mais de 7 dias com presença de coágulos e redução de HB< 10
1º CAUSA
Ciclos anovulatórios
2º CAUSA
Coagulopatias
Doença de Von Willebrand
3º CAUSA
Gestação e outras como abortamento, gestação tubária rota
Tratamento
estrogênios (anticoncepcional) de 6/6 h por 48 h até cessar o sangramento e depois progestagênio 10 mg/dia por 12 dias
Se mesmo assim o sangramento manter pensar em distúrbio de coagulação