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Laringotraqueobronquite - Coggle Diagram
Laringotraqueobronquite
Epidemiologia
Mais freq entre 6 meses-3 anos (laringite), < 6 anos (traqueobronquite)
Mais freq no outono e inverno
Clínica
Complicações da laringite - insuf respiratória aguda, edema pulmonar, pneumotórax, pneumomediastino, infeção bacteriana secundária (traqueíte, broncopneumonia, pneumonia)
Laringite - tosse intensa estridente/tipo latido, rouquidão/afonia, estridor inspiratório, dificuldade respiratória que agrava à noite, com a agitação/choro/decúbito
Traqueobronquite - infeção viral + estridor, dispneia, tosse, febre alta, alt do estado geral, quadro fulminante (dificuldade respiratória aguda, ar tóxico, febre, leucocitose)
Complicações da traqueobronquite - hipotensão, paragem cardiorrespiratória com encefalopatia hipóxico-isquémica, SDR agudo, convulsões, pneumotórax, edema pulmonar, pneumonia, estenose subglótica, bacteriémia e síndrome do choque tóxico
Diagnóstico
Clínico
Avaliação da gravidade da laringite
(Teste de Westley)
Estridor inspiratório - ausente, audível com esteto ou sem esteto (0-2)
tiragem - ausente, ligeira, moderada ou grave (0 a 3)
ventilação - normal, hipoventilação ligeira ou moderada-grave (0 a 2)
cianose - ausente, com agitação ou presente em repouso (0, 4 ou 5)
nível de consciência - normal ou diminuído (0 ou 5)
ligeira - <ou= 3 pts
moderada - 4-5 pts
grave - >ou= 6 pts
Rx pescoço perfil ou AP - sinal do campanário (estreitamento da traqueia subglótica), irregularidades da mucosa, sombras correspondentes a pseudomembranas
Laringoscopia - visualização direta da traqueia inflamada com secreções purulentas (colheita de exsudado para estudo microbiológico)
Cultura de aspirado nasofaríngeo ou expetoração espontânea - na traqueíte ligeira, por não ser necessária laringoscopia
Terapêutica
Critérios de internamento
laringite aguda grave
laringite moderada que não melhora 4h após corticóide ou 2h após adrenalina
necessidade de O2 suplementar
desidratação grave ou intolerância oral
ar tóxico sugestivo de infeção bacteriana secundária
vigilância inadequada em ambulatório ou má acessibilidade a cuidados de saúde
idade < 6 meses (considerar)
fatores de risco (considerar) - internamento anterior por laringite, intubação anterior, estenose/malformação laringotraqueal, obstrução da via aérea associada, hipertrofia amigdalina/adenoideia, macroglossia, retrognatia, doença neuromuscular
Critérios de alta
ausência de estridor em repouso
spO2 > 92% aa
boa ventilação pulmonar
boa tolerância oral
cuidadores competentes e seguimento médico assegurado
Medidas gerais:
ingesta de líquidos
antipiréticos (ibuprofeno)
elevação da cabeceira
ambiente calmo para evicção de choro
exposição a ar frio
O2 suplementar se hipoxémia ou SDR marcados
Farmacológica:
adrenalina nebulizada 0,5 ml/kg 1:1000
dexametasona oral, EV ou IM 0,15-0,6 mg/kg dose única (repetição às 24h se necessário)
budesonido inalado 2mg
AB largo espetro 10 dias EV --> oral (traqueobronquite) - ceftriaxona 50-100 mg/kg/dia 1id + vanco se suspeita de MRSA
Medidas de suporte:
monitorização contínua da FC, FR, spO2, PA - na laringite grave
O2 suplementar - na laringite grave
intubação endotraqueal + internamento em UCI - na laringite grave e refratária às outras medidas
aspiração de secreções (traqueobronquite)
fluidotx se hipovolémia, má perfusão ou diminuição da PA
Fatores de risco
Causas funcionais/anatómicas de estenose da via aérea superior (congénitas/adquiridas)
Alt do sistema imunitário
Predisposição para atopia
Etiologia
Laringite - parainfluenza (1,2 e 3), VSR, adenovírus, coronavírus humano NL 63, sarampo, influenza A e B, rinovírus, enterovírus, herpes simplex, metapneumovírus, mycoplasma pneumoniae
Traqueobronquite - s. aureus, strepto pneumoniae, strepto pyogenes, strepto alfa-hemolítico, moraxella catarrhalis, haemophilus influenzae
Diagnóstico diferencial
Laringite aguda
Croup espasmódico
Epiglotite
Traqueobronquite bacteriana
Prognóstico
Autolimitado na maioria dos casos (48-72h)
Internamento em 8-15%, intubação em < 1%