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Salmo 15 Integridade de vida - Coggle Diagram
Salmo 15
Integridade de vida
1. Estrutura do Salmo
Introdução em forma de pergunta (v. 1)
Praticando a justiça (v. 2a)
Amando o próximo (v. 3b)
Desprezando o réprobo (v. 4a)
Honrando os que teme a Deus (v. 4b)
Guardando-se da ganância (v. 5)
Falando a verdade no coração (v. 2)
Usando a língua com sabedoria (v. 3a)
2. Introdução em
forma de pergunta (v. 1)
O salmista faz uma pergunta e a responde em forma de princípios.
A resposta mais completa já fora dada pelo Senhor na sua Lei.
A resposta em forma de preceitos positivos e negativos é um modo didático de destacar aspectos da Lei.
Neste Salmo temos uma descrição de nossa impossibilidade de cumprir as exigências divinas e, ao mesmo tempo, de nossa responsabilidade como filhos da aliança.
O padrão Bíblico estabelece os critérios para um viver em todas as esferas da sociedade.
O culto a Deus, fundamentado na palavra, direciona o nosso crer e viver.
Davi usa a figura da tenda, símbolo da presença de Deus.
Como Deus é o Senhor da terra, faz todo o sentido que ele estabeleça os princípios para o nosso pertencimento(Lv 25.23).
O tabernáculo ou tenda, antes da construção do templo, era o símbolo da aliança e da presença de Deus.
Deus é santo, o monte de sua habitação é santo, portanto, “o salmo descreve o desafio moral que a presença de Deus em seu meio trazia aos habitantes de Jerusalém”.
Devemos, portanto, viver como filhos da aliança, que habitam na casa de Deus.
3. Uma chamada a integridade (v. 2a)
A grande condição que vai reger todas as outras está relacionada ao ser.
A integridade se trata de um comportamento coerente com a nossa nova natureza.
A integridade deve ser entendida sempre perante Deus.
Qual é a ideia da palavra
traduzida por integridade (Tamiym)?
Perfeição (Sl 18.30)
Instrução de Deus ao povo de Israel (Dt. 18:13)
O desafio de Josué é servir com Integridade (Js 24.14)
Davi relata o seu sincero projeto de reinado: obediência a Deus (Sl 101.2)
Podemos ser íntegros para com aquilo que não tem integridade (Ex. Saulo, 1Co 15:9)
O caminho de Deus é perfeito (Sl. 18:30)
Retidão (Sl 101.6)
Irrepreensível (Sl 119.1,80)
Inculpável (2Sm 22.24)
O Caminho de Deus é íntegro (Sl 18.30)
A Lei do Senhor é íntegra (Sl 19.7; Sl 119.80; Sl 119.1; Sl 128.1; Sl 84.11; Pv 11.20; Sl 5.12; Sl 143.8)
Homens íntegros da Bíblia
Noé
Noé tinha profunda comunhão com o Senhor (Gn 6.9)
Abraão
Deus deseja que Abrão ande com Ele em integridade, com um coração não dividido (Gn 17.1)
Jó
Jó procurava seguir com integridade a Deus (Jó 12.4)
4. Integridade no Viver
I. Introdução
O nosso comportamento, biblicamente correto, acompanhado de motivações justas, revela a nossa integridade.
Integridade requer compromisso com o que cremos.
Deus requer a nossa integridade quanto ao ser e também quanto ao fazer.
Isto não significa que as nossas obras sejam boas, mas que sejam as melhores que podemos fazer naquelas condições.
II. Praticando a justiça (tzedâkâh)
A justiça é inerente ao conceito de Deus no Antigo Testamento.
Deus é justo em si mesmo; é absolutamente justo e, por isso mesmo, em suas relações.
A justiça é a manifestação do caráter essencialmente santo de Deus.
O conceito bíblico de justiça, é o de proceder conforme um padrão, uma lei, neste caso, o padrão é o próprio Deus. (Dt 32.4, Sl 145).
A nossa motivação primeira para a prática da justiça jaz em Deus. (Sl 11.7; Sl 33.5)
O salmista ora neste sentido: “Guia-me pelas veredas da justiça (tsedeq) por amor do seu nome” (Sl 23.3).
Praticar a justiça é, em última instância, servir a Deus. (Ml 3.18)
Parece-me, biblicamente, que ser justo é dar a cada um o que lhe é devido (Rm 13.7).
Ter fome e sede de justiça é o desejo de ser santo, conforme o padrão absoluto que temos em Jesus Cristo (Sl 42.1-2).
III. Amando o próximo
A Palavra nos propõe uma vida condizente e harmoniosa entre o crer e o viver.
Os mandamentos de Deus são para serem cridos e obedecidos.
Deus estabelece um princípio bastante prático para o nosso viver cotidiano reflexo da integridade proposta: “....não faz mal (ra`) ao próximo” (Sl 15.3; Sl 34.16).
Nossos pecados são maus aos olhos de Deus.
O culto destituído de obediência é mal perante deus.
Devemos detestar e fugir do mal (Sl 97.10).
Não devemos maquinar o mal contra o nosso próximo explorando a sua confiança (Pv 3.29).
Devemos nos empenhar pela prática do bem (Sl 34.14)
A nossa luta tem duas frentes: fugir do mal e buscar o bem.
A Escritura nos ensina que amar o bem envolve um comprometimento com o que é justo.
Deus se agrada de nossos atos de bondade
IV. Desprezando o Réprobo (ma’as)
a. Definição
Aponta para aquele que é rejeitado pelo Senhor.
Desapegar (Sl 36.4)
Rejeitar (Sl 53.5; 78.67; 89.38; Jr 7.29)
Desaparecer (Sl 58.7)
Aborrecer (Sl 78.59)
Refugar (Jr 6.30)
A ideia básica da palavra é a de não querer ter nenhum tipo de relação.
b. Os réprobos rejeitam a aliança de Deus (2Rs 17.15)
c. Os réprobos desprezam a Deus (1Sm 8.7 / 1Sm 10.19)
d. Rejeitam o ungido do Senhor (Sl 118.22)
e. O ímpio não se desapega do mal (Sl 36.1; Sl 36.2)
O sentido da palavra desprezível é o de atribuir pouco valor a alguém ou a alguma coisa, subestimar.
A palavra não é negativa em si mesma, no sentido de estar pecando quem se porta desta forma.
V. Honrando (kabed) os que temem a Deus
a. Definição
A raiz do verbo hebraico honrar é “ser pesado” (2Sm 13.25; 2Cr 10.4,10,11, 14; Jó 6.3; 33.7; Sl 32.4; 38.5 [duas vezes]; Is 24.20).
O termo pode ser usado de modo positivo e negativo, conforme o contexto.
“Ser importante” e, por extensão, honrar (Ex 20.12; Pv 3.9; 13.18; 27.18)
Duramente, no sentido de pesadamente (1Sm 5.11/Sl 32.4)
Carregada, no sentido de abundância (Pv 8.24)
Ser honrado (Jó 14.21)
Fama (Ez 27.25)
Agravar (Gn 18.20; 1Sm 31.3)
b. Honrar é o oposto de desprezar.
c. O salmista diz que aqueles que habitam no monte do Senhor desprezam o réprobo, mas dignificam, honram, reconhecem o valor daquele que teme ao Senhor.
d. Há um comportamento coerente: tais pessoas merecem ser respeitadas.
e. Aquilo que respeitamos e reverenciamos revela os nossos critérios, valores e princípios.
f. O nosso coração se ocupa com o que nos parece relevante.
VI. Guardando-se da ganância e do suborno
Ganância (neshek)
a. Definiçao
Aqui o que se tem em vista, é a cobrança extorsiva sobre o bem emprestado.
Cobrar juros do que não deveria ser cobrado.
Princípios teológicos
b. O princípio estabelecido na Lei não obrigava o cidadão a emprestar seu dinheiro
a. O empréstimo dentro do princípio teológico bíblico envolvia também uma perspectiva social: aliviar a pobreza.
c. O princípio não se restringia ao dinheiro.
Suborno (shahad)
a. Definição
O suborno consiste na doação de algum bem material ou não com vistas à obtenção de um julgamento oposto ao que é justo à luz da lei.
b. O suborno envolve
cinco elementos
1) O doador
2) o receptor
3) a doação
4) o propósito da doação
5) a causa a ser julgada
c. Suborno e o AT
No AT. aquele que é justo e reto não é subornável. (Dt 10.17-18)
O suborno perverte a própria essência da prática da justiça, fazendo com o que o subornado, avance ainda mais, elaborando discursos para justificar os seus atos (Ex 23.8).
Notemos que sempre os prejudicados são os “justos”, o “inocente”, o “órfão” e as “viúvas”, símbolos de pobreza e desamparo. (Dt 16.19)
Não há suborno para o que é justo ou para desfavorecer o favorecido.