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Infeção do trato urinário - Coggle Diagram
Infeção do trato urinário
Epidemiologia
Mais comum no sexo masculino nos primeiros 3-6 meses
Mais comum no sexo feminino (3x >) a partir dos 12 meses
Mais comum na raça caucasiana
Clínica
Idade < 3 meses - febre, vómitos, letargia, irritabilidade, recusa alimentar, ausência de progressão ponderal, dor abd/suprapúbica, icterícia, hematúria, urina fétida ou turva
Idade > 3 meses:
fase pré-verbal - febre, dor abd/suprapúbica, dor lombar, vómitos, recusa alimentar, letargia, irritabilidade, hematúria, urina fétida/turva, atraso na progressão ponderal
fase verbal - polaquiúria, disúria, alt da continência de esfincteres, dor abd/suprapúbica, dor lombar, febre, mal-estar geral, vómitos, hematúria, urina fétida/turva
Diagnóstico
Análises
Tira-teste de urina - sugestivo se nitritos e esterase leucocitária positivos
Urina II - nitritos positivos, leucocitúria (8ou+ leuc/campo), deteção microscópica de bactérias
Urocultura:
jato médio, saco coletor (positivos se >ou= 10^5)
punção vesical, algaliação (positivos se >ou= 10^3)
PCR, procalcitonina, leucocitose, hemocultura, cintigrama renal
Terapêutica
Critérios de internamento e/ou tx EV
idade < 2 meses
alt do estado geral - aspeto tóxico, hipotensão arterial, desidratação, alt eletrolíticas
via oral inviável
doente imunocomprometido
problema sociofamiliar que dificulte cumprimento da tx
suspeita de malformação urológica ou uropatia grave já conhecida (ponderar)
falência de resposta à tx oral
AB
RN - ampicilina EV 7-10 dias 6-6h + gentamicina EV toma única
1-3 meses - cefuroxima EV 8-8h 7-10 dias (oral se apirético)
Idade > 3 meses - cefuroxima-axetil oral 12-12h 7-10 dias
Duração da tx:
7-10 dias se pielonefrite aguda
3-5 dias se criança imunocompetente com ITU não febril
Idade < 2 anos - tx = a pielonefrite aguda
Idade > 2 anos - amoxiclav oral 8-8h 5 dias
Etiologia
Via de infeção - ascendente, hematogénea, fístulas
Fatores de virulência do microrganismo - capacidade de adesão, resistência ao sistema imunitário e antimicrobianos, proteases, invasinas e toxinas
Fatores do hospedeiro - fatores imunitários, anatómicos, disfunção vesical, obstipação, relações sexuais
Agente patogénico
Bactérias - E. coli, proteus mirabilis, klebsiella, enterobacter, citrobacter, pseudomonas aeruginosa, staphylococcus saprophyticus, enterococcus, strepto agalactiae, s. aureus, epidermidis, strepto spp
Vírus - adenovírus, polyomavírus
Fungos - candida albicans
Parasitas - schistosoma hematobium
Prevenção
Indicações - refluxo vesicoureteral intenso (>ou= grau III), ITU recorrente, anomalias urológicas e risco de pielonefrite aguda até à cirurgia
Fármacos - trimetoprim, cotrimoxazol, cefadroxil, cefatrizina ou nitrofurantoína oral 1id à noite 1/3 da dose terapêutica
Follow-up
Ecografia renal
1ª linha após ITU, mostra dilatação das vias urinárias ou alt da localização, assimetria renal, alt vesicais
Indicações - < 2 anos com episódio de pielonefrite aguda, qualquer idade se ITU febril recorrente, ITU e AF de doença renal ou urológica, má progressão ponderal ou HTA, falência de resposta à tx
Cintigrafia renal com DMSA
Gold-standard na identificação de lesão renal aguda associada a pielonefrite e cicatrizes renais, é anormal se diferença de função entre os rins > 5%, DMSA alterado na fase aguda indica refluxo vesicoureteral significativo
Cistografia direta
Bom para identificar refluxo vesicoureteral, estudo anatómico da bexiga e uretra