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RAKUSHISHA
Adriana Lisboa
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Vários prêmios.
Prêmio José Saramago, em 2003, pelo romance Sinfonia em Branco.
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Também escreveu contos, poesias e livros infantis e juvenis.
TÓPICO 1
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TÓPICO 5
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TÓPICO 3
Celina
Brasileira, descendente de nordestinos, bordadeira que cria e vende bolsas artesanais.
Quando a conhecemos, vemos que ela carrega uma carga emocional densa, mas ainda não sabemos do porquê disso.
"Estive reaprendendo a andar. Estou reaprendendo a andar. Depois da tempestade, da era glacial, da grande seca, a gente pode usar a imagem que quiser, ninguém vai se importar muito, afinal quem somos nós, se não menos do que anônimos aqui"
A personagem lida com essa situação como um reaprender a andar. No entanto, é um ato pensado e organizado, diferentemente do da infância. Ela usa isso como uma tentativa de vencer o luto da filha e se reconectar ao mundo.
Depois da morte da filha, o confiar dos pés passa a ser o caminho de Celina suportar a dor sem ajuda dos medicamentos. É o movimento inicial que a tira do estado de torpor. Leva-a, também, a caminhar perdidamente, afastada de seu país, pela cidade de Kyoto no Japão.
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A relação de Celina com o seu corpo acaba sendo muito perceptível. No entanto, a diferença entre o movimento corporal existente na vida de Celina, antes e depois da morte de Alice é visível: a movimentação natural passa a um movimento ordenado e criador de barreiras.
Depois, descobrimos que a causa disso é a morte de sua filha, ALICE, de 7 anos, em um acidente de carro.
Alice é constantemente associada ao movimento, Ex: quando descobre-se que a menina tinha paixão pela velocidade, logo quando é apresenta.Sua relação com o espaço também era íntima, gostava de pisar no chão com os pés descalços.
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Tem voz própria por meio das páginas de seu diário, pelo qual temos acesso direto a seus sentimentos e os estados emocionais.
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Haruki
A viagem causa medo para o personagem. Em sua visão, a visita ao Japão é uma ideia estranha e excessivamente aventureira. Ele se sente desconfortável pela falta de intimidade com o país.
O movimento, antes melancólico e fugido, faz com que Haruki passe a desenvolver contato com a cultura nupônica. Isso cria uma possibilidade de nova identificação. Faz com que a personagem refaça a própria relação com o pai já falecido. Ele tem grande contato com as memórias do passado.
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Sobrenome: Ishikawa - dois ideogramas que significam rio e pedra, o rio corrente sobre pedras silenciosas.
dualidades ou situações conflitantes: o descendente de japoneses que não se identifica com o Japão, o filho que só se conecta com o pai depois da morte deste, o amante que gostaria de ocupar o lugar de marido.
Sujeito que viaja é fragmentado - Relação na pós modernidade de Haruki com Yokito é fragmentada. A viagem é uma solução para a falta de sentido que a personagem fragmentária experimenta.
As dualidades aparecem também no seu trabalho - quando pensa em ilustrar algo tipicamente japonês, mas não se sente capacitado - ou quando se vê apaixonado por Yukiko que, ao contrário dele, segue os estereótipos japoneses.
Assim como Celina, usa da viagem para resolver o seu luto. Se abre para a cultura japonesa, que o aproxima do seu falecido pai.
O movimento - diferente do que acontece com Celina: para ele o caminhar é rotineiro e a rotina é segurança.
"Acabavam-se as perguntas e a necessidade delas. Acabava-se a pressa, o ter aonde ir, o vir de algum lugar. Simplesmente as solas dos sapatos batiam na calçada úmida e pronto, o mundo prescindia de outros significados.
Um pé depois do outro"
Artista cuja relação com o mundo e seus sentimentos são mediados pela relação com a arte que produz. Ex: quando ele descreve a neve ou desenha incansavelmente Yukiko.
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Curiosidades
Os dois personagens, Haruki que busca suas raízes culturais e Celina sua essência, refletem a época em que a autora morou em Quioto, que, segundo ela, foi uma experiencia necessária para escrever o livro.
Durante a narrativa, Adriana joga com palavras do mesmo campo semântico, como ''água'' que pode se referir a natureza e a lágrimas.
A Cabana dos caquis caídos pode realmente existir. Segundo uma lenda, Kyorai tinha árvores de caqui e na véspera dia que teria que entregá-los, uma forte tempestade aconteceu e não sobrou um. Assim, a cabana passou a se chamar do que conhecemos agora, portanto, talvez seja mais que uma lenda e ela realmente exista.
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