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COESÃO, pro-formas pronominais, numeral e adverbial, OBSERVAÇÕES :!!: -…
COESÃO
REFERENCIAL
REITERAÇÃO
A reiteração é a repetição de expressões no texto. (os elementos repetidos tem a mesma referência)
SINONÍMIA (sinônimo)
Ex: A criança caiu e chorou. Também a criança não para quieto
HIPERÔNIMOS E HIPÔNIMOS
Quando o primeiro elemento mantém com o segundo uma relação todo-parte, classe-elemento temos um hiperônimo.
E quando o primeiro mantem com o segundo uma relação parte-todo, elemento-classe, tem-se o hipônimo.
EX: Gosto muito dos doces. Cocada, então, adoro - hiperônimo.
Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardavam o momento de se lançarem sobre os animais mortos - hipônimo
EXPRESSÕES NOMINAIS DEFINIDAS
Quando há retomadas (repetições) do mesmo fenômeno por formas diversas, esse tipo de reiteração baseia-se no nosso conhecimento do mundo e não num conhecimento somente linguístico.
EX: O cantor Sting tem lutado pela preservação da Amazônia. O ex-líder da banda Police chegou ontem no Brasil. O vocalista chegou acompanhado com o cacique Raoni, com quem escreveu um livro.
REPETIÇÃO DO MESMO ITEM LEXICAL
EX: O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara nada.
SUBSTITUIÇÃO
se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma
pro-forma
(elemento gramatical representante de uma categoria como: pronomes verbais, adverbias, numerais.
NOMES GENÉRICO
S
Nomes gerais como "gente", "pessoa", "coisa", "negócio", "lugar", "ideia" funcionam como item de referência anafórica e também na relação anafórica.
EX: "Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas suas ondas COISA nova, desconhecida, forma disforme que flutuava e todos vieram à praia na espera...E ali ficaram, até que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa: e depositou na areia surpresa triste, um homem morto".
RECORRENCIAL
Recorrência tem por função assinalar que a informação progride. Constitui um meio de articular a informação nova com aquela que foi dita.
RECORRÊNCIA DE TERMOS : :
reconhece na recorrência de termos, dentre outras, as funções de ênfase,
intensificação. é um meio de deixar o texto fluir.
Ex: Irene preta Irene boa. Irene sempre de bom humor.
PARALELISMO
Ocorre paralelismo quando as estruturas são reutilizadas, mas com conteúdos diferentes.
EX: Eia! Eia! Eia!
Eia eletricidade, nervos doentes da matéria
Eia telegrafia sem fios, simpatia metálica do inconsciente.
PARÁFRASE
A paráfrase é uma atividade efetiva de reformulação.
Tem-se o mesmo conteúdo semântico apresentado sob formas estruturais diferentes
.
SEQUENCIAL
"Os mecanismos de coesão sequencial
Stricto Sensu
(porque toda coesão é, num certo sentido, sequencial) são os que têm por função, da mesma forma que os de recorrência, fazer progredir o texto, fazer caminhar o fluxo informacional. Diferem dos de recorrência, por não haver neles retomada de itens, sentenças e estruturas"
SEQUENCIAÇÃO POR CONEXÃO
Num texto, tudo está relacionado; um enunciado está subordinado a outros na medida em que não só se compreende por si mesmo, mas ajuda na compreensão dos demais. Essa interdependência semântica e/ou pragmática é expressa por *
operadores do tipo lógico
e
operadores discursivos
*
OPERADORES DO TIPO LÓGICO
Têm por função o tipo de relação lógica que o escritor/locutor estabelece entre duas proposições. Podendo ser estabelecidos relação de
disjunção, condicionalidade, causalidade,causalidade,mediação,complementação, restrição ou delimitação
MEDIAÇÃO
As relações de mediação, do mesmo modo que as de causalidade, também fazem parte da
Condicionalidade
mas destaco por razões didáticas. As relações de mediação são expressas por DUAS PROPOSIÇÕES uma das quais exprime o meio para se atingir um determinado fim:
Ex: Fugiu para que não o vissem
Saiu cedo para chegar a tempo na reunião.
CAUSALIDADE
A relação de causalidade está inserida no tipo
Factual ou Real
da condicionalidade . Há relação de causalidade sempre que se verifica entre duas proposições A e B uma relação de causa e consequência.
A relação de causalidade é expressa pelas construções que a gramática chama de CAUSAIS, CONCLUSIVAS e CONSECUTIVAS
Ex: Se Paulo é homem então é mortal
DISJUNÇÕES
combina proposições por meio do conector OU que pode ser inclusivo, correspondente ao uso do E (adição) significando um ou outros, possivelmente ambos; essa relação só é verdadeira se uma das proposições forem verdadeiras ou ambas forem verdadeiras.
Ex: Quer sorvete ou chocolate?
Há vagas para moças e rapazes.
CONDICIONALIDADE
Conecta proposições que mantém entre si uma relação de dependência entre a antecedente e a consequente: afirma-se não que ambas são verdadeiras, mas que consequente será verdadeira se a antecedente o for
Factual ou Real
Ex: Se soltar esse copo de vidro desta altura, ele vai quebrar
Não Factual ou Hipotética
Ex: Se chover, não iremos na festa
Se chovesse não iríamos à festa
Contrafactual ou Irreal
Ex: Se tivesse asas, voaria até o sol
Se tivesse dinheiro, compraria uma fazenda
COMPLEMENTAÇÃO
expressa-se por
Duas Proposições
, uma das quais complementa o sentido de um termo da
Outra
Ex: Necessito de um livro
Mariana deu um presente a Luís
Levantou a hipótese de que os primeiros habitantes do lugar foram asiáticos
RESTRIÇÃO OU DELIMITAÇÃO
Expressa-se por duas proposições em que uma restringe, limita a extensão de um termo da outra.
Ex: Vi a menina que toca piano
(restringido - a menina)
Ladrão que rouba de ladrão tem cem anos de perdão.
(restringido: ladrão)
OPERADORES DE DISCURSO
Os operadores de discurso podem ser, por exemplo, de Conjunção, Disjunção, Contra Junção, Explicação, Conclusão, Comparação. Examinarei aqui sucintamente, alguns desses tipos.
Disjunção
Trata-se da disjunção de enunciados que têm orientações discursivas diferentes, e não da disjunção lógica já examinada em "Operadores Lógicos".
Ex: Estude bastante para os exames. Ou você já se esqueceu do que lhe aconteceu no ano passado?
Conjunção
Designa o tipo de conexão cujos conteúdos se adicionam: baseia-se na relação
Semântica
de compatibilidade
Ex: Chove e faz frio
O Mas ocorre sempre em enunciados factuais e não satisfação de condições para que uma situação ocorra frustra uma expectativa que se cria no leitor.
Contra junção
Designa o tipo de conexão que articula sequencialmente frases cujos conteúdos se opõem.
Ex: Todas as frutas se conservaram, mas o morango azedou.
Fez o que quis mas levou na cabeça
Jogou muito bem
porém
(podendo ainda ser
contudo, todavia, entretanto, no entanto
)
Foi à festa embora estivesse doente
Sairemos ainda que chova
Insiste em fazer o curso, apesar de não se ter saído bem nas provas.
Explicação ou Justificação
Introduz-se uma explicação de um ato anteriormente realizado.
Ex:Deve ter havido um acidente,
pois
uma ambulância parou na esquina.
OBSERVAÇÃO
Não se trata de uma relação de Causa e Consequência isto é não se trata de relação de causalidade, mas de Explicação, Justificação.
OBSERVAÇÃO
Uma diferença fundamental entre os segmentos introduzidos por
Mas
e os introduzidos por
Embora
,
Mesmo que
,
Apesar de
etc, é que com o primeiro só é possível a ordem
P
, mas que e nunca mas
Q
,
P
, e com os segundos é possível
A
, embora
B
e embora
B
,
A
neste último enuncia-se, com antecedência, que o argumento se manterá.
SEQUENCIAÇÃO TEMPORAL
embora todo texto coeso tenha uma sequenciação temporal (já que a coesão é linear) uso o termo em sentido estrito: para indicar o tempo do "mundo real".
Ordenação linear dos elementos
é o que torna possível dizer:: Levantou cedo, tomou banho e saiu
Expressões que assinalam a ordenação ou continuação das sequências temporais:
EX: Primeiro vi a moto, depois o ônibus.
Os capítulo anteriores tratam da eletrostática; agora falaremos da eletrodinâmica deixando os problemas do electromagnetismo para os próximos.
Partículas temporais
Ex: Não deixe de vir amanhã
Irei ao teatro logo à noite
Correlação dos tempos verbais
(
conseccutio temporum
)
Ex Ordenei que deixassem a casa em ordem
Ordeno que deixem a casa em ordem
Paulo não chegou ainda embora tivesse saído cedo
pro-formas pronominais, numeral e adverbial
EXEMPLOS:
1 - Tenho um automóvel. Ele é verde.
ELE= pro-forma pronominal
2 - Mariana e luis paulo são irmãos. Ambos estudam inglês e francês.
AMBOS=pro-forma numeral
3 - Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio.
LA= pro-forma adverbial
OBSERVAÇÕES :!!:
Não é possível a substituição por pro-formas pronominal, no caso de entidades negadas, por não ser processável cognitivamente
.
E
X: Não tenho um automóvel. Ele é azul.
Em relação aos PRONOMES PESSOAIS somente os de terceira pessoa podem ser considerados propriamente por-formas, isto é, substitutos textuais.
EX: Pedro é órfão. Ele amava os pais.
"ELE"
Existem duas regras no que se refere ao uso de ARTIGOS como substituição.
1- Numa sequência um referente indefinido só pode ser retomado por um artigo definido.
EX: Eduardo comprou um carro. O carro era vermelho. O= retomada pelo artigo definido.
2 - Para se manter a identidade referencial, um artigo definido só pode ser retomado por outro artigo definido.
As pro-formas
VERBAIS
limitam-se aos verbos
SER e FAZER
EX: Lúcia corre todos os dias no parque. Patricia faz o mesmo.
Vou emprestar-lhe o dinheiro, mas quero que saiba que se a faço é porque confio em você
.
A ELIPSE pode aparecer substituindo qualquer elemento linguístico embora costume limitar-se aos que podem ser substituídos por por-formas.
**EX: - Aonde você foi ontem?
- À casa de Paulo. - Sozinha?**