Potencial de ação: De início, naturalmente o interior das células é negativo, enquanto o lado externo é postivo. Além disso, naturalmente existem mais K+ do lado de dentro e mais Na+ do lado de fora. Porém, um certo estímulo elétrico, faz com que canais de Na+ são abertos, fazendo com que o lado interno ganhe Na+ do lado externo fazendo com que aconteça a despolarização gradual. Essa despolarização gradual (de -90mV tendendo a zero), no meio do caminho atinge um ponto limiar de voltagem, a qual desencadeará uma múltipla abertura dos canais de Na+ voltagem dependentes, o que desencadeará uma inversão de polaridade. A grande entrada de Na+ fez com que o meio intracelular se tornasse positivo, concretizando a despolarização. Essa despolarização acarretará a transmissão do impulso. Continuando, ao meio despolarizado, deve ser repolarizado... mas como? No ápice da despolarização (+35mV), canais potássio dependentes são abertos, fazendo que a alta concentração de cargas positivas internas expulsem o potássio para fora da célula, repolarizando-a. Mas a proporção inicial desses cátions (K+ dentro> K+fora e Na+ fora> Na+ dentro) deve ser retomada. Isso se dará por meio da bomba de sódio e potássio, que consumirá ATP.
Sinapses químicas e elétricas: A sinapses químicas são mediadas por neurotransmissores e são a maioria das sinápses. Ocorrem entre os axônios e dendritos nas fendas sinápticas. Elas acontecem da seguinte forma: A despolarização, abre canais de cálcio voltagem dependentes, o que faz com que esses cátions, em maiores quantidades no meio extracelular, migrem para o interior do botão sináptico. Consequentemente a essa entrada, as vesículas de neurotransmissores ,migram para a parede do botão sináptico onde se fundem, e por exocitose, liberam os neurotransmissores na fenda sináptica. Estes irão para os receptores pós sinápticos, onde gerarão resposta elétrica. Já as elétricas, são a minoria, e geralmente são encontradas no cérebro. Acontecem por meio de junções comunicantes ou GAP. Nesse caso, a energia se propaga de forma bidirecional além de ser mais rápidas.
Referências: SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana, 5º Ed. Artmed, Porto Alegre, 2010;