[INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS]

Não desejáveis

Interações com vasoconstritores

Betabloqueadores

Classificação das interações

São modificações na intensidade e na duração da resposta de um fármaco.

Farmacocinéticas: Interações que ocorrem durante a Absorção, Distribuição, Metabolização ou Excreção dos fármacos.

Farmacodinâmicas: Interações se dão nos locais de ação dos fármacos envolvidos.

Antagonismo: Diminui a resposta clínica do fármaco quando o 2° fármaco é administrado.

Potencialização: Combinação de 2 fármacos (sem atividade farmacológica comum) resulta em uma resposta maior.

Inesperada: Reação não observada em ambos os fármacos administrados isoladamente.

Somação: Fármacos com ações e efeitos similares administrados em conjunto resulta em uma resposta aumentada.

Sinergismo: Resposta exagerada, maior que a conseguida com ambos os fármacos administrados individualmente na máxima dose efetiva.

Efeito anti-hipertensivo, antiarrítmico e antianginoso, enxaquecas e tremores voluntários ✅

Epinefrina, Norepinefrina, Corbadrina ou
Fenilefrina

Soluções anestésicas administradas em grandes volumes (número excessivo de tubetes ou com alta concentração de vasoconstritor) ou injetadas acidentalmente no interior dos vasos sanguíneos.

  1. Não seletivos: Bloqueiam os receptores adrenérgicos β1 (miocárdio) e β2 (pulmão, M. liso, vasos sanguíneos). Ex: Nadolol, Propanolol, Timolol e o Pindolol.
  1. Cardiosseletivos: Bloqueia apenas o β1. Ex: Atenolol e metaprolol
  1. De ação vasodilatadora: Antagonismo ao receptor alfa-1 (carvedilol) ou produção de óxido nítrico (nebivolol)

Epinefrina: Ações no SCV: constrição dos vasos arteriais em muitos órgãos (estimulação dos receptores alfa-adrenérgicos) e vasodilatação das arteríolas nos M. esqueléticos por meio da estimulação β-adrenérgica.

Epinefrina + Betabloqueadores não seletivos

Elevação da PA pela ação nos alfa-receptores

Bradicardia reflexa (compensação)

Antidepressivos

  1. Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina, seletivos (fluoxetina, sertralina) ou não seletivos (Antidepressivos tricíclicos)

Antidepressivos tricíclicos + AL com vasoconstritor Injeção intravascular ou grande n° de tubetes

Potencializar o efeito do vasoconstritor

Aumento da PA

Anfetaminas e Derivados

> liberação de catecolaminas nas terminações nervosas adrenérgicas, promovendo efeitos similares a cocaína.

Interação com Epinefrina: Palpitações (taquicardia) e Aumento da PA

Cocaína

Agente simpatomimético, estimula a liberação de Norepinefrina e inibe sua recaptação nas terminações nervosas.

Risco para complicação cardiovascular 💥

Parece induzir uma produção maior do fator de von Willebrand, contribuindo para a formação de coágulos.

Efeito ativo da cocaína + vasoconstritor adrenérgico

Aumento brusco da PA + Taquicardia

Fibrilação ventricular e IM

Parada cardíaca e óbito

Fenotiazínicos

Grupo de psicotrópicos

Tratamento de doenças psicóticas de maior gravidade

Substância padrão: Clorpromazina

Injeção IV de solução anestésica com epinefrina

Potencialização da hipotensão arterial

Interações com Analgésicos

Interações com Ansiolíticos

Depressores do SNC

Hipnóticos, Hipnoanalgésicos (Analgésicos de ação central), Neurolépticos e Anticonvulsivantes

BZD podem potencializar o efeito depressor do SNC

Benzodiazepínicos: Midazolam
Alprazolam

Risco de depressão respiratória

Álcool etilíco

❌ Álcool é proibido 24h antes e 24h após o uso de BZD.

Interação: Depressão pronunciada do SNC

Paracetamol

Não associá-lo com fármacos hepatotóxicos

Estolato de Eritomicina

Clavulonato de Potássio

Nimesulida

Potencial hepatotóxico

Paracetamol + Varfarina

Aumento do efeito anticoagulante da varfarina

Risco de hemorragias

Dipirona + Álcool etilíco

Pode potencializar o efeito do álcool

Dipirona + Ciclosporina

Reduzir o efeito da ciclosporina (Imunossupressor)

Dipirona + Clorpromazina

Potencializar as reações adversas da clorpromazina, como a hipotermia

Interações com AINES

Anticoagulantes

Anti-agregantes plaquetários

Anti-hipertensivos

Utilizados na profilaxia das tromboembolias associadas ao IM, AVE e distúrbios das valvas cardíacas protéticas

Prevenção e tratamento das tromboses venosas profundas. Ex. Varfarina

Possuem alto grau de ligação as proteínas do plasma.

AINE competem com a varfarina pela ligação as proteínas, deslocando-a e potencializando seus efeitos (hemorragias)

AINEs são inibidores reversíveis da síntese de tromboxanas das plaquetas, diminuindo a agregação plaquetária.

Aspirina e Clopidogrel

Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): Captopril, lisinopril

Diuréticos: Furosemida e hidroclorotiazida

Betabloqueadores: Propanolol, metoprolol

Mecanismo de ação: Depende da síntese de prostaglandinas renais (prostaciclina)

Modulam a vasodilatação, filtração glomerular, secreção tubular de sódio e água e o sistema angiotensina-aldosterona

AINEs reduzem a produção de prostaciclinas

Interferem negativamente na homeostasia renal e provocam aumento da PA

Hipoglicemiantes oral

AINEs possuem alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas

Deslocam as sulfonilureias de seus sítios de ligação à albumina, podendo ocorrer um episódio de hipoglicemia.

Clorpropamida e Glibenclamida

Interações com antibióticos

Álcool etilíco

Contraceptivos orais

  • Estimula as membranas do aparelho digestório, promovendo maior produção de ácido clorídrico
  • Acarreta passagem mais rápida e menor absorção dos fármacos pelo estômago e duodeno
  • Aumento dos movimentos peristálticos, podendo provocar diarreia e vômitos.

Interfere negativamente na absorção do antibiótico

  • Sua ação não ocorre diretamente sobre as moléculas do antibiótico

❎ Substâncias levemente ácidas ou alcalinas e com comportamento apolar dissolvem-se bem nos fluidos corporais (forma não ionizada), podendo se converter à forma ionizada (pouco absorvida) pelas condições de acidez do meio.

Efeito dissulfiram

Acúmulo de acetaldeído, provocando reações desagradáveis, "sensação de morte eminente", palpitações, queda da PA, dor no peito, dificuldade respiratória, vermelhidão da face e pescoço, nauseas, vômitos e transpiração excessiva.

  • Efeito antabuse/anti-etanol
  • Fármaco utilizado para combater o abuso de álcool etílico.

Podem reagir com o acetaldeído, diminuindo a concentração do antibiótico livre no sangue.

Aumento da diurese

O álcool promove um efeito diurético, inibe a liberação de vasopressina da hipófise posterior.

Aumento na excreção de substâncias (antibiótico)

1. Indução de enzimas microssomais
hepáticas

2. Interferência no ciclo entero-hepático

4. Aumento na excreção dos CO

3. Diminuição da absorção dos CO no TGI

Rifampicina estimula a P450 do fígado, que acelera o metabolismo dos CO e diminui sua eficácia.

Fígado/Bile/TGI

Os antibióticos destroem as bactérias da microbiota intestinal, responsáveis pela hidrólise dos conjugados estrogênicos.

O ciclo entero-hepático fica prejudicado, com diminuição dos níveis plasmáticos de estrógenos ativos.

Carbonato de Lítio

Tratamento de transtornos bipolares

0,6 - 1,2 mEq (níveis plasmáticos terapêuticos) para manutenção da terapia

Metronidazol: Relatos que induziu a um aumento na concentração de lítio com sinais de toxicidade

Varfarina

Antagonista da vitamina K

Aumento dos efeitos da varfarina com o uso simultâneo de metronidazol, eritromicina e claritromicina

Digoxina

Uso concomitante com macrolídeos (claritromicina) ou eritromicina pode diminuir a microbiota intestinal e elevar os níveis sanguíneos de Digoxina e causar toxicidade.

Controle de doenças cardíacas (arritmias e doença cardíaca congestiva)

1:Betabloqueadores
2: Antidepressivos
3: Anfetaminas e derivados;
4:Cocaína;
5: Fenotiazínicos.

1: Depressores do SNC;
2: Álcool etílico

  1. Etanol (Efeito dissulfiram, Hepatotoxicidade, Aumento da diurese),
  2. Contraceptivos orais;
  3. Carbonato de lítio;
  4. Varfarina
    1. Digoxina.

1: Anticoagulantes
2: Antiagregantes plaquetários;
3: Anti-hipertensivos
4: Hipoglicemiantes orais

Acúmulo de Norepinefrina - Pode provocar crise hipertensiva

Inibidores seletivos (fluoxetina, sertralina, paroxetina e citalopram) inibem enzimas hepáticas (metabolizam a lidocaína) - risco de toxicidade

Metronidazol, Ampicilina, Cefalosporinas (cefalexina, cefadroxila e cefradina)

  • São capazes de promoverem o efeito dissulfiram
  • Possuem um grupo de nitrogênio que inativa a enzima que metaboliza o acetaldeído.