Pneumotórax

T5 - Grupo 3
Professora: Marina
Alunos: Isadora, Julia, Lailla, Míriam, Rebecca

Definição

Epidemiologia

PEP (pneumotórax espontâneo primário): 14 a 22 casos em homens e 2 a 7 casos em mulheres a cada 100 mil hab/ano

Presença de ar no espaço pleural, resultante da ruptura de uma ou ambas pleuras, ou ainda, proveniente da formação de gases na cavidade pleural devido à fermentação pútrida de empiema

Homens mais altos e magros com idade entre 20 e 40 anos são os mais acometidos

Quase sempre é unilateral

PES (Pneumotórax espontâneo secundário) é mais frequente em pacientes acima de 60 anos

Etiologia

Tipos

Espontâneo

Traumático

Primário: ocorre sem doença pulmonar ou outro fator precipitante aparente; está relacionado à presença de bolhas ou lesões subpleurais, principalmente nos ápices; tabagismo associado; risco maior em história familiar de pneumotórax, sindrome de Marfan, hemocistinúria e endometriose torácica.

Secundário: relacionado à doença pulmonar previamente conhecida; associada comumente à DPOC; doenças infecciosas; doenças intersticiais; doenças do tecido conjuntivo e outras como a endometriose e o pneumotórax neonatal.

Iatrogênico: ligados à procedimentos médicos. Ex: punção venosa central, ventilação mecânica, biópsia transbrônquica ou pleural, toracocentese, bloqueios intercostais, drenagem torácica inadequada.

Não iatrogênicos: relacionados a traumatismos propriamente dito como trauma torácico fechado, trauma torácico penetrante e fratura de costelas.

Fisiopatologia

Em condições normais os pulmões não colapsam devido à ação das pressões atmosférica e pleural. A pressão pleural é negativa em relação à pressão atmosférica

O pneumotórax ocorre quando há alteração no gradiente de pressão, como no caso de comunicação do meio externo com a cavidade pleural.

A penetração do ar torna a pressão na cavidade pleural positiva causando um colapso no tecido pulmonar

O pneumotórax reduz os volumes pulmonares, a complacência e a capacidade de difusão.

Em caso de colapso de 50% ou mais do parênquima pulmonar ocorre hipoxemia arterial com área de shunt.

No pneumotórax hipertensivo há desvio do mediastino para o lado contralateral, pinçamento das veias cavas com obstrução do retorno venoso ao coração.

O tipo espontâneo geralmente ocorre com o paciente em repouso.

Sintomas e sinais

Dor torácica aguda ipsilateral e dispneia

Diminuição ou abolição do murmúrio vesicular e do frêmito tóraco-vocal

Expansibilidade torácica diminuída

Timpanismo à percussão

Diagnóstico

Exame físico

História

Exames de Imagem

RX: presença de faixa de ar sem marcas vasculares entre a parede torácica e/ou diafragma e a pleura

TC de tórax: presença do pneumotórax; com ou sem bolhas apicais subpleurais

US: linha hiperecogênica que se movimenta conforme a mudança de decúbito

Medir a distância do ápice do pulmão ao ápice do estreito superior da cavidade pleural. Se a distância for maior que 3cm considera-se pneum. de grande volume com indicação de drenagem

Tratamento

observação: Qdo menor que 3cm. Pode utilizar oxigenoterapia

Punção aspirativa simples: em pacientes estáveis

Descompressão do tórax: em pneum. hipertensivo. Dreno no 2 espaço intercostal ; Descompressão torácica no 5 espaço intercostal

Drenagem com válvula de Heimlich: pneumotórax que necessite de drenagem

Drenagem torácica fechada em selo d'água: quando não resolve com aspiração simples; paciente instável

Pleurodese

Videotoracoscopia: indicada para tratamento fístula broncopleural, ressecção de bolhas e/ou pleurodese

Toracotomia aberta: bolhas subpleurais sem acesso à videotoracoscopia. Pleurectomia em caso extremo.