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O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS - Coggle Diagram
O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS
3. O espaço da cidade
Em 1935, ao chegar em Lisboa, Reis se dirige a
qualquer hotel que fique perto do rio (Hotel Bragança)
Reis se perde em uma
capital labiríntica, soturna, onde chove muito
Adensa a
Atmosfera difusa, confusa e até sinistra de Lisboa
Como se fosse
um fantasma por onde outro(s) fantasma(s) deambula(m)
Leitor confere as
subidas, descidas e miradouros de Lisboa
, com abundantes referências históricas aos
anúncios comerciais e propagandísticos da época
Há outros
microespaços
na trama, como: Chiado, Alto de Santa Catarina, etc
Lisboa
é um
espaço físico e SOCIAL
Capital feita de
contrastes
- cafés da moda e teatros/pobreza dos bairros sociais; burguesismo confortável/miséria
Encontro com as marcas culturais e literárias
permitem a
rememoração de um passado eufórico e distinto do presente disfórico
4. Deambulação geográfica e viagem literária
Lisboa
é um
labirinto
do qual
Reis não consegue encontrar a saída
Reis
revisita espaços físicos reais impregnados de
simbolismo
, já que evocam
memórias felizes que contrastam com as presentes
Rio Tejo
- onde partiram as naus de Camões
Lisboa
como uma cidade
Soturna e chuvosa
, amplificada na
miséria social e cultural
Traz consigo o livro
"The God of the Labyrinth"
e deambula "como se estivesse num labirinto que o conduzisse sempre ao mesmo lugar"
A
deambulação
por espaços icônicos da cidade é feita para
encontrar marcas identitárias
Paisagem fica nublada
, chove constantemente e há uma
ausência de referências num país sob o domínio da ditadura
Diálogos literários e filosóficos com Pessoa
-
revisitação literária
a partir de monumentos observados, das ruas, do Tejo
Textos camonianos e pessoas
mais celebrados convivem com
citações bíblicas ou com referências intertextuais alteradas
As
duas viagens - a geográfica e a literária - se entrelaçam
A
deambulação
é ponto de partida para
reflexões literárias
- a língua e os escritores (Cesário e Camões)