Movimento harmônico simples

O movimento harmônico simples (MHS) é um movimento periódico que acontece exclusivamente em sistemas conservativos – aqueles em que não há ação de forças dissipativas.

Todo MHS acontece quando uma força impele um corpo em movimento a voltar para uma posição de equilíbrio. Alguns exemplos de MHS são o pêndulo simples e o oscilador massa-mola. Em movimento harmônico simples, a energia mecânica do corpo é sempre mantida constante, mas suas energia cinética e potencial intercambiam-se: quando a energia cinética é máxima, a energia potencial é mínima e vice-versa.

Grandezas do MHS

Amplitude (A)

Frequência (f)

Período (T)

Frequência angular (ω)

Mede a maior distância que o corpo em oscilação é capaz de chegar em relação à posição de equilíbrio. A unidade de medida da amplitude é o metro (m).

Mede a quantidade de oscilações que o corpo realiza a cada segundo. A unidade de medida da frequência é o hertz (Hz)

Mede a rapidez em que o ângulo de fase é percorrido. O ângulo de fase corresponde à posição do corpo em oscilação. Ao final de uma oscilação, o corpo terá varrido um ângulo de 360º ou 2π radianos.

Tempo necessário para que o corpo realize uma oscilação completa. A unidade de medida do período é o segundo (s)

Equações do MHS

Equação da posição no MHS
Esta equação é usada para calcular a posição do corpo que desenvolve um movimento harmônico simples:

X (t) = Acos + (ωt + φ)

x(t) – posição em função do tempo (m)

A – amplitude (m)

ω – frequência angular ou velocidade angular (rad/s)

t – tempo (s)

φ0 – fase inicial (rad)

Equação da velocidade no MHS
A equação da velocidade do MHS deriva da equação horária da posição e é dada pela expressão a seguir:

V (t) = -ω.A.sen (θo + ω.t)

Equação da aceleração no MHS
A equação da aceleração é bastante parecida com a equação da posição:

A (t) = -ω2.A.cos(θo + ω.t)

OU

α = -ω2 .x

Além das equações mostradas ao lado, que são gerais, existem algumas equações específicas, utilizadas para calcular a frequência ou o período dos osciladores massa-mola e também do pêndulo simples. A seguir, cada uma dessas fórmulas.

Oscilador massa-mola

No oscilador massa-mola, um corpo de massa m é preso a uma mola ideal de constante elástica k. Quando retirado da posição de equilíbrio, a força elástica exercida pela mola faz com que o corpo passe a oscilar em torno dessa posição. A frequência e o período de oscilação podem ser calculados por meio das fórmulas a seguir:

Fase inicial (θo): é a medida da fase em que o movimento do oscilador harmônico encontra-se no instante de tempo inicial.

F = 1/2π √K/m


T = 2π √m/k

k – constante elástica da mola (N/m)


m – massa do corpo

Analisando a fórmula abaixo, é possível notar que a frequência de oscilação é proporcional à constante elástica da mola, ou seja, quanto mais “dura” for a mola, mais rápido será o movimento de oscilação do sistema massa-mola.

Pêndulo simples

O pêndulo simples consiste em um corpo de massa m, preso a um fio ideal e inextensível, colocado para oscilar em ângulos pequenos, na presença de um campo gravitacional. As fórmulas utilizadas para calcular a frequência e o período desse movimento são as seguintes:


F = 1/2π √g/L
T = 2π √L/g

g – aceleração da gravidade (m/s²)


L – comprimento do fio (m)

A partir das equações acima, percebe-se que o período do movimento de um pêndulo depende apenas do módulo da gravidade local e também do comprimento desse pêndulo.

Energia mecânica no MHS

O movimento harmônico simples só é possível graças à conservação da energia mecânica. A energia mecânica é a medida da soma da energia cinética e da energia potencial de um corpo. No MHS, a todo momento, tem-se a mesma energia mecânica, entretanto, ela se expressa periodicamente na forma de energia cinética e energia potencial.

EM = EC + EP


EMi = EMf → ECi + EPi = ECf + EPf

EM – energia mecânica (J)

EC – energia cinética (J)

EP – energia potencial (J)

A fórmula mostrada acima expressa o sentido matemático da conservação da energia mecânica. Em um MHS, em quaisquer instantes, final e inicial, por exemplo, a soma das energias cinética e potencial é equivalente. Esse princípio pode ser visualizado no caso do pêndulo simples, que apresenta energia potencial gravitacional máxima, quando o corpo se encontra nas posições extremas, e energia cinética máxima, quando o corpo se encontra no ponto mais baixo da oscilação.