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Vulvovaginites - Coggle Diagram
Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Epidemiologia - 17-39% dos casos de vulvovaginite
Etiologia - candida albicans (90% dos casos), candida glabrata, tropicalis e torulopsis glabrata (10% dos casos)
Fatores de risco - gravidez, DM, obesidade, imunossupressão, ACO, corticoesteróides, antibioterapia recente
Clínica - prurido, ardor, disúria, dispareunia, assintomático (20%), corrimento esbranquiçado espesso com aspeto de requeijão
Diagnóstico
pH vaginal normal
Teste de aminas negativo
Microscopia com pseudo-hifas e blastoporos
Cultura - + usado em mulheres assintomáticas
Testes de aglutinação em látex - para deteção de candida não albicans
Terapêutica
Candidíase não complicada
Indicações - mulheres sintomáticas, parceiro sexual sintomático, com balanite
Farmacológica - fluconazol oral 150 mg toma única, ou clotrimazol creme vaginal 1% 6 dias
Candidíase complicada
Severa - fluconazol oral 150 mg toma única nos dias 1 e 4
Recorrente - fluconazol 150/200 mg nos dias 1, 4 e 7 + manutenção com fluconazol 100-200 mg 1x/semana 6 meses
Classificação
Candidíase não complicada - episódios esporádicos, sintomas ligeiros/moderados, candida albicans provável, mulheres imunocompetentes
Candidíase complicada - episódios recorrentes (4ou+/ano), sintomas graves, infeção por candida não albicans, DM, imunossupressão
Vaginose bacteriana
Epidemiologia - 22-50% dos casos de vulvovaginite
Fisiopatologia - diminuição dos lactobacilos e aumentos de agentes anaeróbios facultativos (g. vaginallis, mycoplasma hominis, bacteroides, fusobacterium)
Clínica - aumento do corrimento (branco-acinzentado, homogéneo e aderente), irritação vulvar, assintomático
Diagnóstico
Critérios de Amsel - 3ou+ dos seguintes:
corrimento branco acinzentado
pH vaginal > 4,5
teste de aminas positivo (odor a peixe)
presença de clue cells na microscopia
Coloração Gram - gold-standard no diagnóstico
Terapêutica
Indicações - mulheres sintomáticas, mulheres assintomáticas que vão ser submetidas a cirurgia ginecológica
Farmacológica - metronidazol oral 500 mg 7 dias 2id ou óvulos vaginais 500mg 5 dias
Complicações - aumento do risco de DIP, infeções pós-op, contágio por HIV ou HSV
Tricomoníase
Etiologia - trichomonas vaginalis
Epidemiologia - 4-35% dos casos de vulvovaginite
Complicações - associado a DIP, endometrite, infertilidade, gravidez ectópica, parto prematuro, aumento do risco de transmissão de HIV, parto pré-termo, rotura prematura de membranas, baixo peso ao nascer
Clínica - prurido, ardor, disúria, dispareunia, odor fétido, eritema vulvar, corrimento amarelo-esverdeado, arejado, petéquias na mucosa vaginal e colo uterino
Diagnóstico
pH vaginal > 4,5
Teste de aminas positivo ou negativo
Microscopia com células epiteliais, aumento de leucócitos, thricomonas
Testes rápidos
Cultura
PCR
Teste de outras DST - se positivo para thricomonas
Terapêutica
Metronidazol ou tinidazol oral 2g toma única
Tx em grávidas sintomáticas ou assintomáticas > 37 semanas
Vaginite atrófica
Etiologia não infecciosa, muito associado à menopausa
Fisiopatologia
Diminuição dos estrogénios --> diminuição da produção de glicogénio --> diminuição da produção de ácido lático --> aumento do pH vaginal
Diminuição da elasticidade dos tecidos --> atrofia vaginal
Terapêutica - hidratação local + tx estrogénica local ou oral
Clínica - corrimento vaginal diminuído, secura vaginal, prurido, ardor, dispareunia, sintomas urinários
Vaginite inflamatória descamativa
Clínica - muito associado à perimenopausa e menopausa, corrimento vaginal purulento, ardor e eritema (exfoliação das células epiteliais)
Fisiopatologia - diminuição dos lactobacilos --> crescimento de coccus Gram+ (strepto) --> pH vaginal > 4,5